Abril 26, 2025
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A brasileira, Lucimara Malaquias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, assumirá a presidência da Juventude da UNI Global Union.

Para Lucimara, o novo cargo dará mais visibilidade para o Brasil, a América e para os bancários, que mais uma vez terão uma representação em uma entidade que atua em nível mundial.

“Neste momento crítico para a economia e para a política do país, todos os espaços são imprescindíveis para denunciar a retirada de direitos e o retrocesso no Brasil e construir ações conjuntas, visando impulsionar as demandas dos trabalhadores”, disse.

“Me sinto honrada em assumir mais esta responsabilidade, representando agora, para além da categoria bancária e do Brasil, os interesses dos jovens trabalhadores do mundo”, acrescentou a dirigente.

A UNI Global Union é um sindicato mundial que representa mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em todo o mundo.

Fonte: Contraf-CUT

Os diretores da Fundação dos Economiários Federais (Funcef) eleitos pelo movimento ‘Juntos – A Funcef é dos Participantes’, revelam que a representatividade dos participantes da Fundação está sendo alvo de ataques sistemáticos, de forma a reduzir o poder dos legítimos donos do patrimônio, o que pode afetar direitos que os empregados conquistaram ao longo de décadas de luta.

Atualmente, as decisões são tomadas por três diretores indicados pelo governo e dois eleitos pelos empregados, restringindo a representatividade dos participantes e impondo a vontade do governo.

Segundo os representantes dos participantes, é possível aos indicados a utilização da vantagem temporária, superveniente do Estatuto, como método desequilibrado para o tratamento de questões sensíveis, sem considerar o ponto dos participantes.

De acordo com o diretor de Benefícios, Jair Pedro Ferreira, entre as ameaças colocadas está a retirada de atribuições e áreas dos participantes na gestão da Fundação. “Isso se dá através da modificação das estruturas organizacionais e de cláusulas previdenciárias para retê-las sob controle único e centralizado, podendo torná-las prejudiciais aos participantes e favorável à agenda da patrocinadora”, explicou.

Para o movimento, é evidente o uso da prática antidemocrática para esconder temas sensíveis, em votações que já se sabe o resultado, sem chance de desempate e nas quais não tem sido necessário nem a utilização do “voto de qualidade” que desgastaria os indicados.

Em face destes acontecimentos, os representantes dos participantes reiteram a defesa da democracia e dos participantes e estão estudando, no interesse coletivo, respostas firmes que possam restituir o debate democrático e garantir a defesa dos direitos.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT

A delegação com mais de 30 representantes da UNI Global Union, da Progressive International e da Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), que ficou no Brasil de quinta-feira (27) a domingo (30) para acompanhar as eleições para a Presidência da República, levarão para seus países experiências luta e resistência dos trabalhadores contra cortes de seus direitos trabalhistas e sociais decorrentes de políticas neoliberais executadas por um governo de inspiração fascista, mas também de organização e solidariedade com a população mais empobrecida. Esta é opinião da secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, que também é presidenta da UNI Finanças Mundial.

“Foi uma experiência extremamente rica porque eles puderam ver qual é o resultado da falta de prioridade às políticas públicas, com congelamento e corte de recursos para as áreas da saúde, educação e habitação, por exemplo, tudo em nome de uma ideologia que prega o estado mínimo e não há qualquer compromisso com a classe trabalhadora e a população mais pobre”, avaliou a dirigente da Contraf-CUT. “Muitos deles já tinham vindo ao Brasil, mas agora eles puderam ver que aumentou muito a quantidade de pessoas morando nas ruas, sem emprego e nem o que comer”, completou.

Exemplos de luta, resistência e solidariedade

Mas, para Rita, além de ver de perto os estragos causados na sociedade brasileira pelo governo Bolsonaro, as reuniões com movimentos populares, visitas às comunidades, acampamentos e escolas de formação possibilitaram que eles pudessem, também ver que é possível se contrapor a estas políticas quando existe organização, resistência e solidariedade entre os trabalhadores.

“Propiciamos a eles o contato com a organização e o trabalho realizado por grandes entidades do movimento sindical e social no Brasil que podem ajudar na reflexão e ampliação da organização para a luta internacional dos trabalhadores contra a expansão do pensamento fascista no mundo”, disse Rita. “Precisamos denunciar para o mundo os estragos causados pela política neoliberal e fascista e também as experiências de luta e organização contra este tipo de política. Mostrar que, como aconteceu no Brasil, é preciso vencê-la, mesmo diante das notícias falsas que eles espalham até que muita gente acredite nas mentiras espalhadas”, completou.

Para a secretária de Políticas Sociais da CSA, Jordania Ureña, as eleições no Brasil são extremamente importantes porque é preciso barrar o crescimento acelerado do fascismo em todo o mundo. “Muitas coisas dependem das eleições brasileiras, como a solidariedade internacional entre os movimentos sociais e sindicais”, disse. “Além disso, percebemos que o povo brasileiro está sedento por democracia, que é o que povo precisa. Vimos constantes violações das estruturas e golpes à própria democracia, que demorou tanto para que muitos de nossos povos a construíssem e, em um piscar de olhos, podemos perdê-la”, disse.

Ela defende que toda a classe trabalhadora se una em prol desse processo histórico que o Brasil vive. “Esta vitória do Lula representa um elo importante no andamento dessa luta contra o ódio, contra o fascismo, contra a misoginia, contra a violência, que são promovidos pelos governos fascistas. Viemos ao Brasil porque acreditamos na unidade dos povos”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

Os trabalhadores que não conseguiram compensar as horas negativas até esta segunda-feira (31), terão o banco de horas anistiado completamente. A conquista foi negociada entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco, em reunião realizada na última sexta-feira (28).

O acordo de banco de horas negativas foi negociado para garantir os direitos dos trabalhadores que foram afastados ou colocados em regime de rodízio nas agências, por conta da pandemia de coronavírus.

O acordo de compensação das horas negativas, assinado em fevereiro de 2021, previa que os bancários teriam um período de 18 meses, a partir do mês de março seguinte, com o limite de duas horas por dia, para compensar as horas que faltavam. Este acordo seria revisado a cada três meses, podendo ser prorrogado em mais seis meses, caso os trabalhadores não conseguissem zerar a dívida de horas.

Para Jair Alves, coordenador da COE, foi um ótimo caminho para solucionar um problema tão grande e inesperado. “Este encerramento mostra como este acordo decisivo foi acertado, ao ser negociado num momento muito difícil para a classe trabalhadora e para todo o mundo.”

Todos os membros do COE salientaram como a boa relação que construíram com o departamento do banco foi positiva para os trabalhadores. “Ainda temos muitos pontos pela frente para negociar, como o parcelamento de dívidas, PCR e teletrabalho”, concluiu Jair.

Fonte: Contraf-CUT

Economistas avaliam que trabalhadores formais, informais e todos os beneficiários da Previdência Social podem ser impactados negativamente, caso o reajuste do salário mínimo seja desvinculado da inflação. O ministro do governo de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, pretende apresentar essa proposta ao Congresso Nacional, se o presidente for reeleito.

Desde os governos Lula, é obrigatório que o reajuste seja, no mínimo, com base na variação da inflação do ano anterior. A regra tem o objetivo de garantir que o salário mínimo permita condições dignas à população. O que o ministro de Bolsonaro propõe é que o reajuste deixe de ser vinculado à inflação e passe a ser vinculado às metas de inflação.

Um estudo do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo (USP), demonstrou que, caso a proposta de Guedes estivesse em vigor desde 2002, o salário mínimo, que hoje é de R$ 1212, seria de apenas R$ 502.


Made USP / BCB e Ipeadata

Entenda

Anualmente, é feita uma projeção de inflação para os próximos dois anos. Porém, a inflação tem ficado acima das metas estipuladas. Dessa forma, a proposta de Guedes permite que o aumento salarial seja menor que a inflação real.

“Sabendo que a tendência é que a inflação sempre fique acima da meta, o ministro quer vincular o reajuste do salário mínimo à própria meta, reduzindo o esforço fiscal que o governo terá que desempenhar para garantir a regra de reajuste”, explica Weslley Cantelmo, doutorando do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais.

Para defender a proposta, Paulo Guedes argumentou que a desvinculação pode proporcionar um aumento maior que a variação da inflação. Weslley acredita que isso é muito difícil de acontecer.

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“Ele usa um artifício retórico que pode até ser chamado de malandragem. Porque ele pressupõe que a inflação será controlada abaixo da meta. Mas, se pegarmos a série histórica das metas de inflação e da inflação efetiva, isso quase nunca aconteceu”, explica o economista, que também é do Instituto Economias e Planejamento (IEP).

Milhões de impactados

Na avaliação de Valquíria Assis, presidenta do Sindicato dos Economistas de Minas Gerais (Sindecon), se adotada, a medida diminuirá o poder de compra da população mais pobre e intensificará as desigualdades no país.

“Quando o salário é reajustado abaixo da taxa de inflação, as famílias de baixa renda são as mais afetadas com perda de poder de compra. Consequentemente, cresce também a desigualdade” afirma Valquíria.

Entre os principais afetados estão os aposentados, que tem a sua regra de reajuste do benefício vinculado ao salário mínimo, e as pessoas que têm carteira de trabalho assinada, cujo reajuste salarial também acontece de acordo com a variação do salário mínimo.

Porém, na avaliação de Weslley, indiretamente, até mesmo os trabalhadores informais serão prejudicados. “Impacta todo mundo porque a regra do salário mínimo acaba orientando a valorização dos contratos laborais e, mesmo para quem presta serviço sem carteira assinada, ela é uma das principais referências de precificação do valor do trabalho”, conclui.

Situação já foi melhor

Durante os governos de Lula (PT), além de considerar a inflação do ano anterior, o salário mínimo recebia um incremento da variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.

Por exemplo, se a inflação foi de 10% e a média da variação do PIB foi de 2%, o aumento do salário mínimo do ano seguinte seria de 12%, com crescimento real.

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“Desde o golpe, essa regra de incremento caiu. Durante o governo Bolsonaro, ficou indexado somente à inflação do ano anterior”, enfatiza Weslley.

Enquanto Lula ampliou o poder de compra da população brasileira, durante o governo Bolsonaro, quase não houve crescimento real do salário mínimo e, desde janeiro de 2019, a valorização é de 0,06%.

Para 2023, o presidente manteve a previsão de aumento do salário mínimo de R$ 1.212 para R$ 1.294, abaixo da inflação e com perda de 0,35% do poder de compra.

Disputando a Presidência com Bolsonaro, Lula afirmou que, se eleito, retomará a política de valorização do salário mínimo.

“No nosso governo, o salário mínimo vai ser aumentado todo ano, de acordo com a economia. Se a economia crescer 10%, nós vamos aumentar 10%. Se aumentar 2%, nós vamos aumentar dois. Não basta o PIB crescer se ele não for distribuído. Na medida em que a economia cresce, o salário das pessoas também vai crescer”, disse, em live transmitida nas redes sociais.

Fonte: BdF Minas Gerais

Uma delegação com mais de 30 representantes da UNI Global Union, da Progressive International e da Central Sindical das Américas (CSA) chegou ao Brasil nesta quinta-feira (27) e fica no país até domingo (30) para acompanhar as eleições para a Presidência da República. Uma das preocupações é com o aumento do assédio eleitoral e com os riscos ao regime democrático. Além dos sindicalistas, representantes do parlamento britânico também fazem parte da comitiva.

Na tarde desta quinta-feira, a delegação internacional se reuniu com representantes da Central Única dos Trabalhadores e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na sede da CUT, em São Paulo. “É uma honra receber uma delegação internacional tão importante, que foi fundamental para a libertação do Lula, que permitiu que ele disputasse a eleição deste ano”, disse o presidente da CUT, Sérgio Nobre.

Assédio eleitoral

Um balanço do Ministério Público do Trabalho (MPT) aponta que houve um aumento de 670,3% das denúncias de assédio eleitoral no Brasil na comparação entre as eleições de 2018 (212 denúncias) com a deste ano (1.633 denúncias). Na região Sudeste do país foi registrada o maior número de denúncias (684). O estado onde houve mais denúncias foi Minas Gerais (449). No Sul do país foram registradas 457 denúncias, sendo o Paraná o estado com o maior registro (184) – veja tabela completa por estado e região.

“É um absurdo o que estamos vendo em nosso país em pleno século 21. Empresários pressionando seus empregados a votarem em determinado candidato”, disse indignada a brasileira, secretária de Relações internacionais da Contraf-CUT e presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, que recepciona a delegação internacional. “Coagir, ameaçar ou prometer benefícios para que os funcionários votem em determinado candidato é assédio eleitoral. Esta prática se configura como crime e põe em risco o regime democrático”, completou.

Riscos para o Brasil e o mundo

A parlamentar britânica Zarah Sultana (Partido Trabalhista) reforçou a posição da dirigente da Contraf-CUT. “Tudo o que estamos ouvindo sobre os riscos à democracia e a destruição ambiental no Brasil nos deixa muito preocupados”, disse.

Laura Tonis, coordenadora do Projeto Justiça e Paz, uma instituição de caridade da Inglaterra, disse que “é importante mostrarmos o que está aconteceu com Lula e o que está acontecendo no Brasil, após um golpe de lawfare (emprego de manobras jurídico-legais como substituto de força armada) para impedir que isso se repita em outras partes do mundo”.

A secretária-geral da UNI Global Union, Christy Hoffman, observou que o que acontece no Brasil já foi visto nos Estados Unidos, com Donald Trump. “Ele perdeu as eleições, mas convenceu muita gente que ele ganhou. Temos que tomar cuidado para que isso não se repita aqui no Brasil”, disse. “Mas, todo o mundo está vendo o que está acontecendo aqui e sabe que o Lula é um herói”, completou.

A secretária de Políticas Sociais da Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), Jordania Ureña, reforçou a posição de Christy. “A vitória do Lula será uma vitória dos trabalhadores do mundo todo”, disse. “E esta nossa visita aqui é um exercício que fazemos hoje para o fortalecimento do movimento sindical mundial”, completou.

Depois das eleições

O presidente da CUT lembrou que é preciso pensar no pós-eleição. “Está sendo um desafio vencer a eleições em uma disputa contra a máquina pública, que liberou bilhões de reais no meio do processo eleitoral. Mas, a vitória precisa ir além para vencermos este pensamento fascista que desrespeita as mulheres, os negros, os trabalhadores e discrimina tantos outros grupos sociais”, disse. “Para isso, é importante que o governo Lula, logo no início, tome medidas para mudar o grave quadro de crise social e econômica que o país vive”, completou.

O deputado britânico Jeremy Corbyn lembrou, também, que é preciso ampliar o movimento sindical. “Em visitas que fizemos a outros países da América Latina, vimos que muitos jovens trabalhadores não sabem sequer onde ficam as sedes das empresas para as quais trabalham e estão totalmente alheios das pautas sindicais e das lutas por seus direitos. Precisamos incluí-los na organização sindical para termos mais força. Além disso, eles são o sindicalismo do futuro”, disse.

Continuidade

A delegação internacional permanece no Brasil até domingo. Entre outras atividades, nesta sexta-feira (28) haverá uma visita à cozinha solidária do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, em Santo André-SP, e no sábado a delegação viaja até Guararema, no interior Paulista, onde visita a Escola Nacional de Formação do Movimento dos Sem Terra. No domingo eles acompanham as eleições, até a divulgação do resultado das urnas.

UNI Global Union
Entidade sindical mundial que representa mais de 20 milhões de trabalhadores do setor serviços em 150 países. https://uniglobalunion.org/

Internacional Progressista
Organização que reúne entidades e grupos de ativistas progressistas de todo o mundo. https://progressive.international/

Confederação Sindical das Américas (CSA)
A Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) congrega 48 organizações nacionais de 21 países, que representam a 55 milhões de trabalhadores. É a organização regional da Confederação Sindical Internacional (CSI). https://csa-csi.org/.

Fonte: Contraf-CUT

O banco Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 11,21 bilhões, nos nove primeiros meses deste ano, valor que representa queda de 10,1% em relação ao mesmo período de 2021 e de 23,5% no trimestre. A rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado –ROE) ficou em 19%, com decréscimo de 2,5 pontos percentuais (p.p.) em doze meses. No terceiro trimestre, o lucro líquido da instituição no país alcançou R$ 3,12 bilhões, o que representa 27,7% do lucro global da instituição, que foi de € 7,316 bilhões, alta de 14,7% em doze meses e de 3% no trimestre.

Nos três primeiros trimestres deste ano, o índice de inadimplência total superior a 90 dias, incluindo pessoa física e jurídica, ficou em 3%, com alta de 0,6 p.p. em comparação ao mesmo período de 2021. Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) aumentaram 52,2% e somaram R$ 17,4 bilhões.

A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias, relata que “em teleconferência, o banco afirmou que o aumento da inadimplência é devido ao varejo e a empresas pequenas”. No entanto, ela completa que, “muito provavelmente, essa deterioração ocorre devido à atual crise econômica e social que estamos vivendo e que reduziu a renda da população nos últimos anos”.

As receitas com prestação de serviços e tarifas caiu 1% em doze meses, somando R$ 14,2 bilhões. Ainda assim, esse montante foi 191,74% superior aos R$ 7,4 bilhões de despesas com pessoal mais a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que aumentaram 10% no período. Assim, apenas as receitas secundárias cobriram quase duas vezes a folha de pagamento do banco.

Lucimara observa ainda que “embora o balanço apresente uma redução em juros e tarifas, esse movimento é irrisório frente ao volume arrecadado, principalmente porque boa parte do mercado já não cobra tarifas pela cesta de serviços básicos. Mas, o Santander insiste em cobrar, inclusive de funcionários. Essa é mais uma contradição de um banco que vende redução de direitos como ‘inovação’, quando a inovação é tornar os trabalhadores sócios dos riscos, enquanto a inadimplência e a PDD vão para as nuvens e o lucro continua sendo remetido à Espanha e a acionistas”.

Emprego bancário

holding encerrou o terceiro trimestre de 2022 com 51.214 empregados, com abertura de 1.609 vagas em doze meses. No trimestre, no entanto, foram fechados 835 postos de trabalho. Em relação a setembro de 2021, foram fechadas 307 agências e 104 PABs.

Para a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, “há pontos de alerta neste resultado, como a redução do lucro e o fechamento de agências e PABs. Apesar do número positivo de contratações, precisamos avaliar à luz dos fatos, pois a empresa vem intensificando a terceirização desde de 2020, e estima-se que ao menos 9 mil bancários já foram transferidos para outras categorias, o que é assustador, pois o Santander pretende ser um banco sem bancários”.

Confira análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados relatório apresentado pelo banco.

Fonte: Contraf-CUT

O Jornal Nacional, da TV Globo, veiculou, na terça-feira (25), uma reportagem sobre o relatório da corregedoria da Caixa Econômica Federal sobre as acusações contra Pedro Guimarães, ex-presidente do banco, e informa que existem fortes indícios de que houve realmente assédio moral e sexual. A reportagem informa que o relatório tem 500 páginas e divulgou trechos documento.

Em um dos trechos divulgados pela TV Globo, a corregedoria da Caixa diz que “dos fatos relatados pelos entrevistados e depoentes, corroborados pelos demais elementos de prova, é possível afirmar que há indícios de práticas irregulares de índole sexual. E ao que tudo aponta, teriam sido praticadas de forma reiterada e se utilizando das mais variadas formas de expressão (física, gestual ou verbal) e valendo-se, inclusive, e em especial, da condição de presidente da empresa”.

Em outro trecho, a corregedoria da Caixa diz que “os relatos expõem uma gestão pautada na cultura de medo, comunicação violenta, insegurança, manipulação, intransigência e permissão ao assédio.”

Para o empregado da Caixa e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro, o resultado já era esperado. “Pelo que vemos no dia das empregadas e empregados da Caixa e denúncias que recebemos, somado ao que já foi divulgado pela imprensa, já tínhamos noção do que haveria neste relatório. O problema é que, mais uma vez, tenha sido a imprensa que tenha divulgado a informação e não o próprio banco”, lamentou.

Uso eleitoral da Caixa

Para a também empregada da Caixa e diretora da Contraf-CUT, Eliana Brasil, o fato de o banco não divulgar o resultado da apuração feita pela corregedoria gera suspeitas sobre sua gestão. “É possível perceber que estão acobertando os crimes de assédio praticados pelo Pedro Guimarães na tentativa de se evitar prejuízos à imagem do candidato à reeleição do atual presidente da República, que tinha no ex-presidente da Caixa seu braço direito”, disse a diretora da Contraf-CUT, ao lembrar que Pedro Guimarães chegou a ser cogitado para ser o candidato à vice-presidência da República na chapa do atual presidente. “E é bom lembrar, que, dias atrás, Bolsonaro disse não ter visto nada contundente nas acusações contra Pedro Guimarães”, completou.

A Contraf-CUT e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) vêm cobrando, reiteradas vezes, que a Caixa divulgue o resultado das apurações feitas pela corregedoria interna e também pela consultoria independente contratada pelo banco para fazer uma apuração paralela. “Quando a Daniella (Marques) assumiu a presidência da Caixa, em meio ao turbilhão gerado pela divulgação pela imprensa das denúncias contra Pedro Guimarães, prometeu que a apuração seria rápida e que, se confirmadas as acusações, a punição seria rígida. Mas, já se passaram quase quatro meses e nada de divulgação dos resultados da apuração, que não apenas já está em poder da direção da Caixa, como também da imprensa”, disse Rafael de Castro. “É uma falta de compromisso e de respeito com os empregados e com toda a sociedade”, completou.

Assédio sexual é crime!

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, lembra que, no Brasil, o assédio sexual é crime, definido no artigo 216-A do Código Penal, que prevê a pena de detenção de um a dois anos. “Não se pode ‘passar a mão na cabeça’ somente porque se trata de um ex-presidente do banco. Se é culpado, deve responder na Justiça comum pelo que fez, uma vez que o assédio sexual é um crime com pena prevista no Código Penal”, disse.

Entenda o caso

Pedro Guimarães foi acusado de assédio sexual por várias empregadas da Caixa. A informação foi divulgada no dia 28 de junho de 2022 pelo site Metrópoles. Em poucos minutos a notícia ganhou repercussão nacional, em especial na Câmara dos Deputados, onde vários parlamentares pediram em plenário a demissão do executivo.

Segundo a reportagem, no fim de 2021, um grupo de empregadas, ligadas ao gabinete da presidência da Caixa, rompeu o silêncio com uma denúncia, ao Ministério Público Federal (MPF), de assédios sexuais que vinham sofrendo. Desde então, o MPF toca as investigações em sigilo. Cinco das vítimas falaram à reportagem citada sob anonimato.

Nos testemunhos, elas contam que foram abusadas com toques em partes íntimas sem consentimento, falas e abordagens inconvenientes e convites desrespeitosos, por parte do então presidente da entidade. A maior parte dos relatos está ligada a atividades do programa Caixa Mais Brasil, realizadas em todo o país. Pelo programa, desde 2019, ocorreram mais de 140 viagens, em que estavam Pedro Guimarães e equipe. Nesses eventos profissionais, todos ficavam no mesmo hotel, onde ocorriam os assédios.

No dia 29 de junho, Pedro Guimarães entregou ao presidente da República, Jair Bolsonaro, seu pedido de demissão da presidência da Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

O movimento sindical internacional está em alerta devido ao aumento dos casos de assédio eleitoral no Brasil e enviará uma delegação com mais de 30 representantes da UNI Global Union, da Progressive International e da Central Sindical das Américas (CSA) para acompanhar as eleições para a Presidência da República no país.

Um balanço do Ministério Público do Trabalho (MPT) aponta que houve um aumento de 58% das denúncias de assédio eleitoral no Brasil. Em reunião com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o MP informou que já foram registradas mais de 430 representações nas eleições.

“Coagir, ameaçar ou prometer benefícios para que os empregados votem em determinado candidato é assédio eleitoral. E esta prática se configura como crime em nosso país”, explicou a brasileira, presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, que recepcionará a delegação internacional que estará no país a partir desta quinta-feira (27).

A comitiva se reunirá com membros da Central Única dos Trabalhadores, de partidos políticos e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), além de acompanhar o processo eleitoral até a apuração dos resultados das eleições.

UNI Global Union

Entidade sindical mundial que representa mais de 20 milhões de trabalhadores do setor serviços em 150 países. https://uniglobalunion.org/

Internacional Progressista

Organização que reúne entidades e grupos de ativistas progressistas de todo o mundo. https://progressive.international/

Confederação Sindical das Américas (CSA)

A Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) congrega 48 organizações nacionais de 21 países, que representam a 55 milhões de trabalhadores. É a organização regional da Confederação Sindical Internacional (CSI). https://csa-csi.org/.

Fonte: Contraf-CUT

O Brasil registrou em setembro o maior número de pessoas em extrema pobreza, desde a criação, em 2001, do Cadastro Único para programas sociais do governo federal, também conhecido como CadÚnico. Ao todo, 49 milhões de brasileiros —ou 23% da população— afirmam não ter renda suficiente para sobreviver e precisam de auxílio governamental.

Desde janeiro de 2019, quando teve início a atual gestão federal, até agora, houve um aumento de 10 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza. Em dezembro de 2018, eram 39 milhões de brasileiros nessa condição. Segundo classificação da legislação brasileira, estão na extrema pobreza pessoas que vivem em famílias com renda per capita de até R$ 105 por mês. É pela renda informada pelas famílias ao CadÚnico que o governo define quem tem direito a receber o Auxílio Brasil e outros benefícios sociais.

Os dados completos podem ser vistos diretamente no site do governo federal, clicando aqui.

Para Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a culpa é do atual “desgoverno federal”. “A falta de política de criação de emprego, de desenvolvimento econômico e de controle da inflação são fatais para a classe trabalhadora. O resultado não poderia ser outro, senão o empobrecimento da população. E isso tem motivado muita gente a procurar algum benefício governamental”. Juvandia também chamou de falacioso o discurso de campanha do atual presidente. “Ele tem afirmado que sua gestão concede benefícios para mais pessoas. O que ele não fala é que isso somente acontece porque existe um número muito maior de pessoas que vive em extrema pobreza”, completou.

Fonte: Contraf-CUT