Maio 11, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), voltou a solicitar à Caixa a antecipação do pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), referente ao exercício finalizado em 31 de dezembro de 2023.

Esse pedido já havia sido feito pela ex-coordenadora da comissão, Fabiana Uehara Proscholdt, na primeira mesa de negociação de 2024 com o banco, realizada em 6 de fevereiro.

“Os resultados obtidos pelo banco são frutos da dedicação, do empenho e eficiência dos empregados da Caixa que, apesar das condições adversas que enfrentam nos locais de trabalho, como escassez de pessoal, problemas de estrutura nas unidades e sobrecarga de trabalho, atendem diariamente milhões de brasileiros com pagamentos de benefícios sociais, concessão de crédito e outros programas fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, ressaltou o coordenador da CEE/Caixa, Clotário Cardoso.

“Como o balanço de 2023 já está consolidado, avaliamos que o banco tem condições de antecipar o pagamento”, reforçou Cardoso.

No ofício, encaminhado na terça (20), a Contraf-CUT destaca que “nos meses de janeiro e fevereiro se concentram as maiores despesas aos trabalhadores em razão da cobrança de IPTU, IPVA, matrícula e material escolar, dentre outras, razões pelas quais se justifica a solicitação para que o banco faça o pagamento em data antecipada, dando conhecimento a essa entidade sindical”.

Conforme o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a Caixa tem até 31 de março para efetuar o pagamento. A data é diferente da estipulada para os bancos privados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria (1º de março). Alguns deles já anunciaram a data de pagamento e outros até já efetuaram os créditos nas contas de seus funcionários.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT

Os bancos BTG Pactual/Banco Pan, PagBank/PagSeguro e o Bradesco, nesta ordem, foram os três bancos com maiores índices de reclamações dos clientes no quarto trimestre de 2023, segundo ranking do Banco Central do Brasil. O índice é calculado a partir do número de reclamações procedentes dividido pelo número de clientes e multiplicado por 1.000.000.

O conglomerado do BTG/Pan lidera o ranking disparado, com índice de reclamações de 34,11. O conglomerado do PagBank/PagSeguro vem em segundo, com índice de 20,35 e o Bradesco em terceiro, com 18,96. Ao se considerar o histórico de reclamações, de março de 2002 a junho de 2014, o líder no ranking é o conglomerado do Santander, com índice de 1,38, seguido pelo HSBC (1,06) e pelo Banrisul (0,86).

Reclamações

Entre as reclamações mais frequentes no quarto trimestre de 2023, as “irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito” é a de maior ocorrência, com 1.934 registros.

“Os bancos, mesmo os privados, funcionam sob concessão pública e têm um papel social a cumprir. Precisam oferecer, com qualidade, serviços de pagamento e de crédito para contribuir com o desenvolvimento social e econômico do país como um todo”, observou o secretário de Comunicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Hennemann Jordão. “Frequentemente, alguns bancos se esquecem desse dever que precisam cumprir. Por isso, é importante que o Banco Central divulgue esse ranking”, completou.

Responsabilidade é dos bancos

Elias lamenta que, na maioria das vezes, os funcionários sofrem ataques que deveriam ser direcionados às instituições financeiras. “Na busca desenfreada pelo lucro, os bancos cobram altas tarifas de seus clientes e estipulam metas de vendas absurdas a serem cumpridas por seus funcionários, ao mesmo tempo que reduzem serviços e o quadro de pessoal, sobrecarregando os bancários e prejudicando o atendimento à população”, explicou o dirigente da Contraf-CUT. “Os bancários, que também sofrem com a sobrecarga, assédio, adoecimento e desemprego, estão na linha de frente do atendimento aos clientes e à população de uma forma geral e, infelizmente, acabam sofrendo as consequências da gestão e da política implementada pelos bancos”, completou.

Como e a quem reclamar

As reclamações contra os bancos podem e devem ser registradas no Banco Central pelo telefone 145 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h), ou no site do BC, para ajudar no processo de regulação e fiscalização do sistema financeiro. A reclamação registrada contribui para o ranking, para a melhorias na legislação e na promoção de ações de fiscalização e de educação financeira.

“Além disso, com os dados em mãos, os bancos têm uma excelente oportunidade para melhorar a qualidade dos serviços que prestam e seu relacionamento com a população e seus funcionários”, disse Elias.

O BC encaminha a reclamação para a instituição financeira, que tem até 10 dias para responder ao cliente/cidadão, com cópia para o Banco Central.

Mas, caso não haja solução, é preciso entrar em contato com o Serviço de atendimento ao Consumidor e/ou com a ouvidoria da própria instituição e com os órgãos de defesa do consumidor (Procon) estadual.

Fonte: Contraf-CUT

Cerca de 1.500 pessoas de mais de 20 países se reúnem a partir desta quinta-feira (22) na Jornada Latino-americana e Caribenha de Integração dos Povos. O evento, que terá atividades até sábado (24), ocorre no Centro de Convenções Foz do Iguaçu CECONFI, no Paraná.

Representantes de vários movimentos sociais, incluindo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e de centrais sindicais, participam do encontro para discutir temas como a crise sistêmica do capitalismo, as ameaças à paz, a soberania dos povos, o contexto econômico, político e cultural da região e os desafios da América Latina em um contexto de avanço da extrema direita em nível global.

Assista abaixo transmissão ao vivo, pelo canal da CUT Brasil no Facebook: https://www.facebook.com/cutbrasil/videos/1005151787869789/

Um dos pontos altos do encontro será o ato político-cultural com as autoridades de governos e dirigentes de movimentos populares, na sexta-feira, às 19h30. O ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica e a vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez confirmaram presença no evento.

Programação:

Dia 22

– 9h – Ato de abertura

– 10-12h – Conferência “Crise sistêmica do capitalismo e as ameaças à paz e à soberania dos povos”

– 20-23h – Ato político-cultural: “Cuba Vive e Resiste!”

 Dia 23

– 8h30-12h – Conferência “Desafios da integração da América Latina e do Caribe (diálogo com partidos políticos, parlamentos, governos e movimentos)”

– 19h30-21h30 – Ato político com autoridades de governos e dirigentes das organizações populares

Dia 24

Retorno das delegações

Hora oficial de Brasil, Paraguai e Argentina.

>> Local: Centro de Convenções de Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil – Rua Jardim Alegre, esquina com, Av. das Cataratas.

*Com informações da CUT

Como construir uma educação que re-humaniza, frente à educação que reduz pessoas a fatores de produção? Esta foi a primeira questão provocativa apresentada pela professora e coordenadora educacional da Escola Dieese, Bárbara Vallejos Vazquez, no segundo dia do Encontro dos Secretários e Secretárias de Formação, realizado nesta segunda-feira (20), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo.

Ela ressaltou que, muitas vezes, as discussões submetem a educação somente a uma construção técnica, voltada para o trabalho, nos variados núcleos capitalistas. “Ou seja, reduzimos a educação a uma educação mecânica, que animaliza o ser humano, afinal, repetição qualquer animal faz, e isso acontece por um controle ideológico”, explicou.

Dados apresentados pela professora mostram a importância da ação sindical para propagar uma educação que vai no sentido contrário, ou seja, “na construção da nossa humanidade, enquanto trabalhadores, induzindo para um conhecimento crítico e complexo”.

A professora apontou que a educação para além do fazer técnico é determinante para o desenvolvimento da sociedade. Lembrou que, até os anos 1980, a população com ensino superior no Brasil ainda estava na casa dos milhares. “A inclusão no ensino superior foi um fenômeno dos anos 2000. A partir dessa década, finalmente o Brasil passou a ter milhões de pessoas com educação superior, chegando a oito milhões em 2015”, observou.

A título de comparação, a taxa de escolarização brasileira é menor que a metade dos Estados Unidos, onde cerca de 45% dos adultos estão na universidade. “Claro que isso terá impacto na capacidade de produção do Brasil, frente à capacidade e produção daquele país, e na capacidade de haver disputas mais honestas no mercado de trabalho”, disse.

Bárbara destacou ainda que, até pouco antes do primeiro governo Lula, 70% da educação universitária era ocupada pelos mais ricos. Em 2016, ano do golpe que afastou a ex-presidenta Dilma Rousseff, esse percentual havia caído para 40%, graças às políticas de inclusão no ensino superior.

“Quando fazemos inclusão educacional, mudamos a estrutura da sociedade”, pontuou Bárbara, ao ressaltar que o discurso propagado na sociedade brasileira, de que a educação pública precisa ser cada vez mais técnica e menos teórica, é uma estratégia ideológica do capitalismo, para que a população não seja capacitada a refletir e entender os processos políticos e econômicos que ditam a realidade.

Ela lembrou que as universidades mais antigas do mundo – Universidade Al Quaraouiyine, no Marrocos, fundada em 859, e a Universidade de Bolonha, na Itália, fundada em 1088 – seguem fazendo educação como sempre fizeram. “Duvido que algum grande empresário no mundo tenha se formado vendo vídeos no YouTube. Eles enviam seus filhos para as melhores universidades”, destacou.

Desafios do movimento sindical

Além de fortalecer a “verdadeira educação, que alia o conhecimento teórico à prática, para a transformação da realidade”, Bárbara explicou que o movimento sindical de trabalhadores tem papel fundamental na formação das bases. “O trabalho e a política são meios fundamentais para a construção da educação”, ressaltou.

Mas ela também reconheceu que essa ação é desafiadora, diante do cenário imposto: “construção de um capitalismo muito débil no Brasil; ataques às instituições; novas tecnologias; educação excludente e, quando includente, acaba favorecendo os 20% mais ricos, frente os 60% mais pobres”.

Porém, Bárbara enxerga que o mesmo cenário atual aponta saídas, tendo em vista o momento de transformação que o capitalismo está sofrendo, por conta das mudanças ambientais, conflitos geopolíticos e o crescimento da China, que poderá deixar os Estados Unidos para trás como potência geoeconômica.

“Todas essas são perguntas que nos apontam para onde vai a educação. E não existem respostas rápidas para todas essas transformações profundas. Mas elas só serão possíveis com reflexões profundas, que devem ser construídas coletivamente”.

Sindicatos devem priorizar a formação

O Encontro dos Secretários e Secretárias de Formação contou ainda com a palestra do ex-secretário de formação da CUT-SP, ex-presidente da CUT Nacional e atual diretor da Fundação Perseu Abramo, Arthur Henrique, que trouxe suas experiências na formação.

“Apesar de fundamental, infelizmente sofremos com muitos entraves, que vão desde o financeiro (para organizar cursos) até convencer os próprios dirigentes que eles precisam participar dos cursos de formação”, observou.

Mas ele também apontou experiências positivas e que contribuíram para a formação nas entidades onde atuou. “Conseguimos construir um projeto estadual comum, em todas as 17 subsedes da CUT/SP, respeitando as especificidades de cada região – umas são mais rurais, outras tipicamente mais industriais. Essa diversidade impacta na composição do público, e deve ser considerada pelo secretário de formação ao pensar as atividades”, provocou Arthur Henrique.

A presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT Nacional, Juvandia Moreira, também participou do encontro, ressaltando o papel da formação para a Campanha Nacional dos Bancários 2024 e também para as eleições de prefeitos, em âmbito nacional.

“A formação política é fundamental, tanto para a organização da categoria, quanto para a defesa da democracia”, reforçou, ao explicar que, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, a democracia vem sofrendo severos ataques. “Esses ataques são feitos por organizações que têm forte base social na extrema direita. Por isso o debate político é essencial”, completou.

Juvandia destacou, por fim, que a proteção da democracia está diretamente relacionada à proteção dos direitos trabalhistas e, portanto, determinante para que o desenvolvimento econômico seja includente.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, o Banco do Brasil anunciou um programa de expansão da rede de Gestão de Pessoas (Gepes), como é chamado o RH do banco, setor que cuida de todos os assuntos relacionados aos funcionários e funcionárias.

Em reunião com membros da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), instância que representa os trabalhadores nas mesas de negociação, o BB destacou que 74 pessoas serão selecionadas para a expansão das Gepes. Mulheres, negros (pretos e pardos), indígenas e PcDs terão prioridade para ocuparem as vagas que serão abertas.

“Ao longo de 2023, primeiro ano desta gestão atual do BB, realizamos encontros na mesa por igualdade de oportunidades e reforçamos esse debate histórico, colocado pelo movimento sindical, para que os grupos minorizados tenham mais oportunidade na concorrência por cargos, até para que sejam melhor representados. Então, reforçamos a questão por equidade de gênero, raça e para PcDs (pessoas com deficiência), assim como a melhora da estrutura das Gepes, para que volte a ter o protagonismo que teve antes, mas que foi reduzido ao longo dos anos, prejudicando funcionários e funcionárias”, explicou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

Atualmente existem sete Gepes Assessoramento, sete plataformas ligadas a essas Gepes, além de 3 Gepes Especializadas, que são grandes núcleos que fazem análise dos pedidos/processos. A expansão divulgada pelo BB prevê aumentar o número para 14 Gepes Assessoramento, 10 plataformas e uma Gepes Atendimento, além das três especializadas.

“A nossa avaliação do que foi apresentado é positiva, em especial o incentivo à diversidade na ocupação dos cargos da Gepes, para garantir melhor entendimento e acolhimento dos colegas do banco. As Gepes precisam ter papel ativo, principalmente no combate ao adoecimento mental que, nós sabemos, ainda é alto na instituição”, pontuou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi-NE) na CEBB, Sandra Trajano.

“A expansão e melhoria na atuação da Gepes é uma demanda do movimento sindical. Porque é uma instância responsável por receber questões de sofrimento dos trabalhadores e trabalhadoras, ou seja, é um setor importante para o acolhimento de demandas dos funcionários”, concluiu Fernanda Lopes. “Nossa percepção, como movimento sindical e pioneiro na busca por representatividade em todos os setores do banco, é que a diversidade nos cargos da Gepes é fundamental no programa de expansão”, completou.

O projeto do BB prevê ainda reforço da presença nacional das Gepes, para que todas as regiões e estados mais populosos sejam contemplados.

“A recuperação da rede é uma demanda nossa antiga. Aqui, no Rio Grande do Sul, por exemplo, anos atrás a Gepes foi retirada e criada uma única Gepes regional, para todo o Sul do país, o que acabou enfraquecendo a relação. Com isso, aconteceu de muitas vezes assistirmos demandas recebidas pelas Gepes e que morreram ali dentro da própria Gepes, sem resolução”, avaliou a representante da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) na CEBB, Priscila Aguirres.

“Nós realmente estávamos aguardando por uma notícia como esta. Até pouco tempo, em muitos casos de conflito que acompanhamos, como movimento sindical, e que foram levados à Gepes, vimos a situação pendendo para o lado do negócio, muito pesadamente. Então, essa forma de recuperação da rede é importantíssima”, completou Aguirres.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu, na tarde de terça-feira (20), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, para debater a reestruturação, anunciada pelo novo presidente do banco, Marcelo Noronha, no dia 7 de fevereiro, em entrevista coletiva, sem qualquer negociação prévia com o movimento sindical.

A reunião começou com uma análise de conjuntura feita pela presidenta da confederação, Juvandia Moreira. “É muito importante ficarmos de olho em toda a conjuntura nacional, para acompanharmos os rumos da economia do nosso país. A queda de juros, por exemplo, estimula o investimento produtivo e a geração de emprego e renda. Os juros definidos pelo Banco Central são repassados para os clientes de todo o sistema financeiro. Então, com a Selic alta, aumenta o custo do crédito para as pessoas e para as empresas. Isso significa pagar mais caro pela casa própria e pelo carro. Logo, o inverso também acontece: a Selic mais baixa dinamiza a economia e melhora a vida da população e do setor produtivo, com mais recurso para gastar e investir”, explicou Juvandia.

O economista da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT, Gustavo Cavarzan, fez uma análise dos resultados do banco nos últimos cinco anos e das principais mudanças que já estão em curso com a reestruturação, na busca do banco em voltar ao patamar que já atingiu.

“Nós já cobramos uma reunião para falar sobre a reestruturação e até agora não obtivemos respostas. Nós precisamos de respostas. Queremos saber como os trabalhadores serão afetados pelas mudanças. É importante também entendermos como ficam os clientes, pois eles são parte essencial da engrenagem que leva até os bons resultados”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco.

Fonte: Contraf-CUT

A data-base dos reajustes salariais, vales refeição e alimentação, valores da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e tantos outros direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) das bancárias e bancários é somente em 1º de setembro. Mas, as entidades sindicais já estão se organizando para mobilizar a categoria para a Campanha Nacional dos Bancários 2024.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional do Bancários, Juvandia Moreira, conversou com nossa redação e falou um pouco sobre a mobilização da categoria. Ela ressaltou a importância da categoria para a Campanha. “Sem a união e participação das bancárias e bancários, as entidades sindicais podem fazer muito pouco”, disse.

Juvandia também disse que os sindicatos e seus dirigentes devem marcar presença constante em suas bases. “Eles precisam estar em cada agência e departamento administrativo dos bancos, para acompanhar o dia a dia de trabalho e saber quais são os problemas que afetam as trabalhadoras e os trabalhadores e quais são seus anseios, o que eles querem, o que eles precisam para desenvolver suas tarefas profissionais em um ambiente saudável, com segurança, para que, sabendo disso, possam defender a valorização do trabalho da categoria, para que todos tenham uma vida digna com suas famílias”, reforçou.

A presidenta da Contraf-CUT ainda explicou por que a categoria bancária é conhecida e respeitada pela organização, mobilização e sucesso de suas campanhas. “Isso só acontece porque todas as bancárias e todos os bancários podem participar, desde a definição das prioridades e estratégias da campanha, até a aprovação final das cláusulas da Convenção Coletiva e dos acordos específicos por bancos”, disse.

Veja abaixo a íntegra das respostas sobre a mobilização da categoria e a agenda da campanha.

Entrevista

Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Qual a importância das mobilizações dos bancários para que as negociações da Campanha Nacional dos Bancários deste ano avancem?
A mobilização precisa ser vista por dois enfoques: O primeiro é de organização e agitação da categoria, que é de responsabilidade das entidades de representação sindical, desde o âmbito local (os sindicatos), estaduais ou regionais (as federações) e nacional (a Contraf-CUT e o Comando Nacional dos Bancários). Mas sem a união e participação das bancárias e bancários, que é a segunda parte, as entidades podem fazer muito pouco.

É importante que os sindicatos e seus dirigentes estejam presentes em suas bases, em cada agência e departamento administrativo dos bancos, para acompanhar o dia a dia de trabalho e saber quais são os problemas que afetam as trabalhadoras e os trabalhadores e quais são seus anseios, o que eles querem, o que eles precisam para desenvolver suas tarefas profissionais em um ambiente saudável, com segurança, e, sabendo disso, possam defender a valorização do trabalho, para que a categoria possa ter uma vida digna com suas famílias.

Mas, para lutar pela resolução dos problemas que afligem a categoria e pela valorização do trabalho bancário, é preciso que cada trabalhadora, cada trabalhador também esteja antenado nas questões que são apresentadas pelos sindicatos e participe das atividades propostas.

Com organização, união e participação de todos somos mais fortes! E podemos alcançar grandes objetivos desta maneira.

Qual será a agenda de preparação da campanha deste ano?
O movimento sindical bancário é conhecido e respeitado, mesmo por outras categorias, pela grande organização e mobilização de suas campanhas. E isso só acontece porque todas as bancárias e todos os bancários podem participar desde a definição das prioridades e estratégias da campanha, até a aprovação final das cláusulas da Convenção Coletiva e dos acordos específicos por bancos.

Tudo começa com a Consulta Nacional à categoria. Bancários e bancárias são chamados a responder um questionário para que, a partir das respostas de cada uma e cada um, possamos definir o que será colocado na mesa de negociações com os bancos. Neste ano, a consulta deve ser iniciada por volta de abril. E é importante que todas e todos participem, mesmo que não estejam filiados ao sindicato de sua base.

Ao mesmo tempo, os sindicatos reúnem as bancárias e bancários de suas bases para, até o final de maio, debater todas as questões que envolvem a categoria, levantar propostas e eleger delegados para apresentar estas questões e defender essas propostas nas conferências regionais.

O acúmulo das propostas trazidas nos debates realizados nas bases sindicais, somado às contribuições da Consulta Nacional, será sintetizado nos encontros nacionais específicos de trabalhadores de cada banco (de 4 a 6 de junho) e na Conferência Nacional dos Bancários (de 7 a 9 de junho). Esta síntese é organizada e redigida como uma minuta de reivindicações que será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda em junho, para que as negociações se iniciem em julho e, se possível, a gente consiga chegar a uma proposta de acordo com os bancos antes do final de agosto.

Esta proposta é levada para aprovação pelas bancárias e bancários em assembleias em todo o Brasil e, se aprovada, seja assinada para que se torne a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reúne com a direção do banco, na quinta-feira (22), para cobrar o retorno das reivindicações quanto ao processo de reestruturação na rede nacional de agências, batizado de Multicanalidade pelo Santander.

Na última reunião, realizada no dia 6 de fevereiro, o movimento sindical cobrou explicações sobre o processo, anunciado em comunicado no dia 22 de janeiro, sem qualquer negociação prévia.

Entre os principais pontos estão a definição do local de trabalho com acesso aos dirigentes sindicais, conforme estabelecido na ACT Santander; chip com dados de internet; mochila para os bancários levarem os notebooks e acesso ao Uber Corporativo aos gerentes dos segmentos Van Gogh e Empresas 1, principais afetados pelas mudanças.

“Nós aguardamos que o banco traga solução aos problemas enfrentados por esses bancários, hoje atuando fora do local físico da agência”, afirmou Wanessa Queiroz, coordenadora da COE Santander. “Também esperamos uma solução para os especialistas de negócios e serviços, que estarão atendendo na rede de agências tanto o segmento pessoa física quanto jurídica, e precisam de treinamento para isso, além da contratação de mais profissionais para evitar sobrecarga”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense manifesta o seu apoio à candidatura de Fabiana Uehara Proscholdt na eleição para representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa, que acontece entre os dias 26 e 29 de fevereiro.

Fabiana Uehara Proscholdt, que concorre na eleição do CA com o número 0002, é empregada da Caixa há 23 anos, com experiência na rede, filiais e na matriz. Atualmente é coordenadora da CEE/Caixa (Comissão de Empresa dos Empregados da Caixa), diretora executiva da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e diretora do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Brasília.

Como coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana teve atuação fundamental em inúmeros embates com a direção da Caixa como, por exemplo, na proteção dos empregados na pandemia da Covid-19; na Promoção por Mérito; no Saúde Caixa; na defesa dos direitos durante as reestruturações; em campanhas salariais; e na luta conta o fatiamento do banco.

Fabiana Uehara é Bacharel em direito e possui diversos cursos de especialização e pós-graduação como Comércio Exterior e Relações Internacionais, Gestão de Pessoas; e Liderança e Mediação de Conflitos (cursando).

Eleições CA

Se a eleição não for decidida no primeiro turno, caso nenhum candidato obtenha 50% mais um dos votos, haverá votação em segundo turno entre 11 e 14 de março. A divulgação do resultado do primeiro turno está marcada para 1° de março e, a do segundo turno, para 15 de março. 

A votação ocorrerá pela intranet da Caixa. Para votar, basta que o empregado acesse o site: eleicaoca.caixa.gov.br/siele.  

Para votar em Fabi Uehara, digite 0002. 

CA Caixa

O Conselho de Administração da Caixa é a principal instância decisória do banco e possui oito membros: o presidente do banco, seis conselheiros indicados pelo governo federal e um eleito pelos empregados.

Conquista histórica dos trabalhadores, como resultado da luta das entidades sindicais e associativas, a eleição de representante dos empregados na Caixa tornou-se uma realidade a partir de 2013.

O papel do conselheiro eleito é representar os anseios dos trabalhadores, defender a integridade do banco e fiscalizar as ações da gestão.

Daqui a uma semana, as empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal começam a votar para escolher sua representante no Conselho Administrativo do banco, que decide a estratégia de longo prazo da Caixa, levando em conta os impactos decorrentes de suas atividades na sociedade.

“Para defender a estratégia da Caixa como banco público, assim como os interesses da sociedade e das empregadas e empregados, é fundamental termos no CA uma conselheira com pulso firme, como a Fabiana Uehara, que já mostrou que não se cala diante de ataques ao banco ou às empregadas e empregados”, disse a empregada da Caixa e diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil, ao lembrar de episódios ocorridos nas últimas gestões, em que Fabiana se levantou para defender a Caixa e seus empregados.

Qualidade

Eliana ressaltou também que, para que a população não seja prejudicada, um banco público não pode promover grandes reduções do quadro de pessoal, nem de agências. “E não pode colocar a cobrança de metas, e tampouco da saúde das empregadas e empregados, acima da qualidade no atendimento”, afirmou. “Também é preciso garantir boas condições de trabalho, sem assédio ou cobrança abusiva de metas”, acrescentou.

Sintonia com empregados

Fabiana, que coordenou a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) nos últimos quatro anos, conta com o apoio da grande maioria das entidades de representação e associativas das empregadas e empregados da Caixa e vai continuar a atuar no CA em sintonia com as reivindicações dos trabalhadores, na busca por melhores condições de trabalho.

Propostas

Veja abaixo as principais propostas da Fabiana Uehara.

  • Lutar pela alteração do atual estatuto do banco, que permitiu o fatiamento e venda de partes da Caixa e limita direitos dos empregados, como na restrição para o custeio do Saúde Caixa;
  • Garantir a efetiva transparência na gestão da empresa;
  • Atuar no Conselho em sintonia com as reivindicações dos empregados, na busca por melhores condições de trabalho;
  • Cobrar o resultado das apurações das denúncias de assédio por parte de ex-dirigentes;
  • Trabalhar em conjunto com as entidades pela adoção de uma política de combate ao assédio moral, sexual e demais formas de violência organizacional;
  • Atuar pelo fortalecimento da Caixa:
    • Pela reincorporação das subsidiárias;
    • Pela manutenção da exclusividade na administração das loterias;
    • Pela exclusividade da manutenção do penhor.

E mais!

  • Fabiana Uehara pautará a política de remuneração da Caixa, defendendo a participação dos empregados na definição de programas como o Bônus Caixa, comissões pela venda de produtos etc.
  • Fabiana Uehara cobrará resolução das “pendências” deixadas pelas gestões anteriores, causadas, por exemplo, pelos processos de reestruturação.

Como votar

A votação para a escolha da representante das empregadas e empregados no Conselho de Administração da Caixa será de 26 a 29 de fevereiro. Todos os empregados da ativa podem votar.

A votação será pela intranet da Caixa. Para votar, basta que as empregadas e empregados acessem o site eleicaoca.caixa.gov.br/siele, e digitem 0002 para votar na Fabiana Uehara.

Fonte: Contraf-CUT