Maio 12, 2025
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Dados do Dossiê Covid no Trabalho mostram que os trabalhadores de serviços essenciais, que não puderam parar durante a pandemia, não receberam proteção adequada como máscaras, álcool em gel e orientação sobre como se prevenir da covid-19.

Falta de máscaras de boa qualidade e em número suficiente, falta de álcool em gel 70% ou de água e sabão para limpar mãos, contato próximo com pessoas e ambientes com pouca ventilação. Esses foram alguns dos problemas apontados por trabalhadores dos serviços essenciais que não puderam trabalhar remotamente durante a pandemia.

 

Os resultados são do primeiro boletim do Dossiê Covid no Trabalho, pesquisa da Associação e Saúde Ambiental e Sustentabilidade e do Instituto Walter Leser da Fundação Escola de Sociologia e Política, com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT).

A maior parte dos trabalhadores relatou também ter recebido pouca ou nenhuma orientação sobre como se prevenir do novo coronavírus. Dentre os trabalhadores que se contaminaram com o novo coronavírus, a maior parte relatou acreditar que isso ocorreu no ambiente de trabalho e tiveram negados os pedidos para registrar Carta de Acidente de Trabalho.

Acidente de trabalho

A doutora em saúde pública Maria Maeno, que faz parte do grupo de pesquisadores, detalha que, pelos relatos dos trabalhadores, as empresas não se adequaram para garantir a segurança dos profissionais.

“A maioria dos trabalhadores não recebem uma máscara adequada. Nos bancos, por exemplo, estão dando um kit de máscara de pano. Outra questão é sobre a falta de orientações sobre a máscara. Outro ponto importante é a ventilação e a proximidade física, que são pontos cruciais para evitar a exposição ao vírus”, relatou ela ao repórter Rodrigo Gomes, da Rádio Brasil Atual.

A pesquisadora destaca que existe um risco presumido do trabalhador que precisa comparecer presencialmente de que seja contaminado pelo novo coronavírus em decorrência do trabalho ou do trajeto ao local. “Se você fica em casa, a possibilidade de pegar covid-19 é quase zero. Agora, se você sai todos os dias para trabalhar, corre um risco adicional. Portanto, do ponto de vista legal, se você tem exposição ao vírus no trajeto, é uma doença adquirida no trabalho.”

Maria Maeno orienta ainda que os trabalhadores busquem os sindicatos ou serviços de saúde do trabalhador para registrar a Carta de Acidente de Trabalho e ter reconhecida sua contaminação como sendo doença relacionada ao trabalho. Segundo ela, já há decisões na justiça do trabalho que reconheceram o nexo entre trabalho e contaminação por covid-19.

Categorias expostas

O dossiê destaca a situação das trabalhadoras domésticas, categoria que sofreu diversos tipos de abusos durante a pandemia. Segundo o estudo, 60% dessas trabalhadoras tiveram contato próximo com outras pessoas, sendo que 35% conviveram com alguém contaminado no trabalho.

Dentre as que se contaminaram, 94% não tiveram o reconhecimento da relação entre o trabalho presencial e infecção pelo novo coronavírus. É o caso da trabalhadora doméstica Maria Célia, que só pode se afastar por 14 dias no início da pandemia, por pressão da filha, mas teve que passar a dormir no trabalho, sem qualquer melhoria salarial e tendo que comprar a própria máscara.

“No começo de tudo, ninguém me disse para ficar em casa. Quando fui trabalhar, pediram para ficar lá e voltar pra casa só aos finais de semana. Não deram nenhum material pra gente se cuidar, não”, conta Célia.

Operador de trem no Metrô de São Paulo, o Diretor da Federação Nacional dos Metroferroviários, Alex Santana, relatou que foi preciso muita pressão para conseguir o fornecimento de máscara, álcool gel e o afastamento de trabalhadores com comorbidades. “Desde o início, a gente buscava EPI. Mas havia álcool-gel vencido nos postos, a gente também não podia usar frasco individual de álcool. Fizemos várias ações no MPT para fornecimento desses produtos. Não queria fornecer a máscara PFF2, mas quando forneceram mandavam a gente reutilizar por 14 dias”, afirmou.

Santana relatou ainda que o Metrô paulista não admite que a covid-19 seja considerada doença do trabalho e sempre nega pedidos de abertura de Carta de Acidente de Trabalho, que são feitas exclusivamente pelo sindicato. Até agosto desse ano, 26% dos trabalhadores do Metrô tiveram covid-19, um dos mais altos índices entre trabalhadores do país.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) voltam a cobrar o agendamento de reunião para debater devolução dos valores pagos de co-participação, inclusive retroativos à resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que teve seus efeitos sustados com a aprovação do PDL 342/2021.

A redução da coparticipação dos funcionários do BB à Cassi é um compromisso feito em Mesa de Negociação entre as duas partes, isto é, de um lado a diretoria da Cassi e, de outro, as entidades que representam os funcionários. A proposta é retomar os índices de coparticipação praticados em 2018.

Sandra Trajano, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi-NE) na CEBB, lembrou que durante o ano foram enviados diversos ofícios cobrando a efetiva devolução, já que tema já foi discutido em mesa e acordado. “Precisamos que a Cassi cumpra o negociado. Vale lembrar que o aumento da co-participação foi votado no Conselho Deliberativo da Cassi em 2018, com voto dos eleitos da chapa do diretor (Luiz) Satoru e com apoio do presidente do conselho deliberativo, (Sergio) Faraco. Foi aprovado com uma ressalva de que reequilibradas as contas da Cassi, esse assunto deveria ser rediscutido. Mas infelizmente nem mediante a vários pedidos dos associados e das entidades eles ainda não fizeram isso.”

As entidades realizaram nova cobrança à diretoria da Cassi e ao Conselho Deliberativo durante a posse da chapa do diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Emilio Flesch, e metade do conselho deliberativo eleitos. “Vale ressaltar que essa chapa ‘Todos Pela Cassi’ fez campanha prometendo aos associados a volta da co-participação e eles tiveram apoio dos eleitos com diretor Satoru, ou seja, o mesmo Grupo Mais”, lembrou Sandra. “Infelizmente, até hoje essa chapa eleita não cumpriu seus compromissos de campanha, aliás eles se aproveitaram para ajudar mais o banco do que os associados. Por exemplo, diminuíram a rede de credenciados, não mexeram na co-participação que onera apenas os associados e não o banco, mexeram na lista de medicamentos para crônicos. São vários ataques que diminuem as despesas do banco com a Cassi, mas onera os associados”, completou.

A dirigente lembra que, recentemente, o Grupo Mais soltou um comunicado pedindo para a diretoria e para o conselho deliberativo eleitos por eles para reduzirem a co-participação. “Mera hipocrisia de quem aprovou os aumentos em detrimento dos associados. Agora, de olho nas eleições do ano que vem, querem jogar confetes para enganar os associados. Mas, vale a ressalva de, caso sejam eleitos novamente, irão prejudicar tanto ou mais os associados da Cassi”, finalizou Sandra.

Outra reivindicação que o movimento sindical, junto com as demais entidades representativas, tem feito desde 2020 é em relação ao Programa de Assistência Farmacêutica (PAF), que teve sua lista de medicamentos reduzida em 70% (De princípio ativo a redução foi de 365 para 92 e em medicamentos de 2985 para 1167). “Ainda que a Cassi tenha feito uma pequena revisão em junho de 2021 (inclusão de 16 princípios ativos!), está longe de alcançar os níveis anteriores. O PAF é um importante programa de saúde que contribui para redução dos custos assistenciais da Cassi. A pseudo economia com o programa resultará em um aumento nos custos da Cassi.  Essa, entre outras, foi uma medida implantada com os votos dos representantes do Grupo Mais, que hoje participam da administração da Cassi. Fica mais claro qual a importância de elegermos representantes comprometidos com os interesses dos associados, e não do banco”, lembrou Elisa Ferreira, representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) na CEBB.

Outra medida que mostra a deterioração do atendimento ao associado foi a drástica redução da rede credenciada, que dificultou o acesso do associado aos serviços de saúde. “O mais absurdo dessa medida é que ela foi gestada na diretoria de um eleito, deixando mais uma vez claro o descompromisso com seus eleitores e demais associados”, completou Elisa.

Fonte: Contraf-CUT

A mesa de negociação entre a Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e os representantes do banco, prevista para esta quinta-feira (23), foi suspensa. A reunião daria continuidade às negociações sobre o modelo de gestão e custeio do Saúde Caixa a ser implementado a partir de janeiro de 2022.

Para a Comissão, os princípios de solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional são premissas inegociáveis. Outro ponto a ser tratado é o calendário para as assembleias. A CEE/Caixa defende que o calendário permita apresentar a proposta e fazer os debates e esclarecimentos necessários.  “Toda e qualquer proposta sobre o plano de assistência à saúde será amplamente debatida com os colegas. Desde o início dos trabalhos temos reforçado a importância de os usuários do plano acompanharem este debate pela importância que esse assunto tem”, disse a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Fonte: Fenae

Um ano depois de chegar à Câmara e após muitas reviravoltas, a Proposta de Emenda `à Constituição 32, a PEC da “reforma” administrativa, irá a plenário para votação. Nesta quinta-feira (22), a comissão especial criada para analisar o projeto aprovou o parecer por 28 a 18 – foi a sétima versão do relatório, o que provocou várias reclamações da oposição. Falta ainda votar os destaques. Ampliação da terceirização, favorecimento da iniciativa privada e contratações temporárias (por até 10 anos) e possibilidade de redução de jornada e salário são alguns dos principais problemas apontados pela oposição, que aposta agora na votação em plenário para derrubar o projeto. O governo enfrentou dificuldades na comissão, adiou a votação várias vezes e substituiu deputados para garantir apoio.

Para o analista Antônio Augusto de Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a “reforma” administrativa é ainda pior que a trabalhista. “Ao diminuir o tamanho e o papel do Estado, a “consequência será o aumento da negligência governamental no combate às desigualdades regionais e de renda, e a redução da presença dos pobres no orçamento público”, afirma. “Isso ocorre invariavelmente com a diminuição ou retirada do Estado no provimento de bens e serviços aos cidadãos, às populações, aos territórios vulneráveis e aos desassistidos”, acrescenta.



Assim como na noite de ontem, a reunião da comissão especial, iniciada na manhã desta quinta-feira (23), foi tumultuada. Deputados da oposição acusaram o relator da PEC, Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), de apresentar um novo relatório, surgido às 21h08, depois de um acordo feito com base em texto apresentado à tarde. Dessa forma, a votação só foi concluída no final da tarde – o resultado foi anunciado às 17h32.

Irritado, Maia disse que as alterações se referiam a “aspectos de redação”, sem mudança de mérito. Foi contestado. “Da forma que está sendo colocado aqui, parece que tentei dar um golpe.” Ele afirmou que o texto, apesar de vindo do governo, tem “produção” do Legislativo. A inclusão do Judiciário deverá ser objeto de destaque no plenário.

“Maldades” de volta

Segundo Alessandro Molon (PSB-RJ), um acordo previa apresentação de um texto na tarde de ontem, “depois de v´árias conversas com o presidente da Casa, Arthur Lira”. Esse texto foi divulgado às 16h30, e foi nele que a oposição se baseou para apresentar seus destaques. Até que surgiu novo documento, à noite, com retomada de “maldades” que haviam sido excluídas.

A oposição fez novo pedido de retirada de pauta, mas a proposição foi rejeitada por 31 a 15. Pouco tempo depois, houve requerimento de adiamento da discussão, também recusado, quase com o mesmo placar (30 a 15). Na orientação às bancadas, MDB e PSDB, por exemplo, votaram a favor do projeto, junto com o Novo, entre outros.

Direto ao plenário

Enquanto isso, passou a circular a informação de que a PEC 32 não seria mais votada na comissão especial e passaria diretamente ao plenário. Assim, José Guimarães (PT-CE) fez apelo ao presidente do colegiado, Fernando Monteiro (PP-PE), para que não permitisse essa manobra. “Se assim fizer, na prática Vossa Excelência está sendo desmoralizado.” Segundo Guimarães, a complementação do relatório trazia mudanças de mérito.

“Não é uma mudança trivial”, afirmou Guimarães. A deputada Erika Kokay (PT-DF) acrescentou que o relator apresentou, “na calada da noite”, uma complementação de voto “com mudanças substanciais”. Já Alencar Santana Braga (PT-SP) observou que a nova versão, que o relator chamou de “ajuste de redação”, foi alterada em 20%.

Molon observou que o governo substituiu seis integrantes da comissão. Para ele, “prova de que o governo não tem segurança para aprovar essa matéria”. “Se passar aqui na comissão, vai perder no plenário. Se tirarem daqui, é a prova que nem aqui conseguem aprovar. É uma reforma malfadada.”

Para Fábio Trad (PSD-MS), a PEC “amesquinha, corrompe, destrói o serviço público”. Ele afirmou que poucas vezes votou “com tanta convicção contra uma PEC”. Talíria Petrone (Psol-RJ) ironizou: “A maior mazela do Estado brasileiro é o presidente Bolsonaro e quem o sustenta. Quem usa os serviços públicos é justamente o trabalhador mais precarizado”.

Governo birrento

Para André Figueiredo (PDT-CE), aprovar o projeto passou a sre uma questão de “birra”. Por isso, segundo ele, foi reapresentad um relatório “absolutamente nefasto que contradiz frontalmente as plavras do deputado Arthur Maia, onde ele defendia o funcionalismo público com palavras que parecia de um deputado da oposição.” Ele apontou a existência de uma “assessoria do mal, que chega e diz o que pode e o que não pode”.

Mas o parlamentar, assim como outros, continua apostando que o governo não conseguirá aprovar a proposta no plenário, onde são necessários três quintos dos votos. “A PEC não tem o apoio necessário de 308 deputados”, afirmou.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Campanha Tributar os Super-Ricos foi às ruas para apresentar a campanha à população e mostrar a disparidade entre os super-ricos do país e a grande maioria dos brasileiros e produziu um vídeo com algumas das pessoas abordadas.

“Levamos a proposta da campanha Tributar os Super-Ricos pras ruas, com a distribuição de panfletos com as imagens dos cinco maiores bilionários do país e tirinhas da Niara, nossa mascote, com os endereços das nossas redes sociais”, explicou a jornalista Katia Marko, responsável pela comunicação da campanha. “Aproveitamos para produzir um vídeo mostrando a reação de pessoas abordadas pela nossa equipe”, completou.

O vídeo

Para Katia, o vídeo mostra que o povo trabalhador não sabe quem são os super-ricos. “Mas, chamou a atenção que sabem da injustiça tributária no nosso país”, observou.

Katia ressaltou a reação de uma das pessoas com a desigualdade socioeconômica do país e os privilégios dos mais ricos.

“São mundos completamente diferentes. Pra quem trabalha duro para sobreviver, como o Paulo, que vende alho num banquinho no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, chega a ser chocante saber o valor das fortunas que as pessoas que foram apresentadas a ele possuem. E mais ainda que, proporcionalmente, estas mesmas pessoas pagam menos impostos do que ele”, disse a jornalista.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta última quinta-feira, 23 de setembro, iria ser votado o Projeto de Lei 4772/2021. Mas, novamente após pedido do movimento sindical bancário, a proposta que permite que as agências bancárias funcionem sem as portas giratórias, foi retirada de pauta.

Apesar da proposta ter como objetivo facilitar o acesso de idosos, gestantes, obesos e portadores de deficiência, ela não leva em consideração a insegurança que a medida causaria. A proposta coloca em risco a segurança de funcionários, clientes, vigilantes e prestadores de serviço.

Após o Projeto de Lei ser retirado de pauta, o Deputado Estadual e Presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), André Ceciliano (PT), recebeu representantes do movimento sindical bancário.

Pedro Batista, Coordenador Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, esteve presente na reunião com o parlamentar. Também participaram: Nilton Damião Esperança (Presidente da Fetraf RJ/ES); Adriana Nalesso (Presidenta da Federa-RJ); José Ferreira (Presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro); André Spiga (Diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e membro do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT); Paulo Sérgio (Funcionário do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro).

Na reunião, o parlamentar ouviu os motivos e argumentos pelos quais a proposta deve ser retirada de pauta em definitivo. Também foi entregue um material impresso onde mostra, em números, a importância das portas giratórias nas agências bancárias, em termos de segurança. Em seguida, André Ceciliano confirmou aos presentes que já solicitou que seu nome seja retirado deste Projeto de Lei.

Na próxima terça-feira, 28 de setembro, o autor do projeto, Rosenverg Reis (MDB), irá receber os representantes do movimento sindical bancário.

 

 

 

A Comissão Executiva dos Trabalhadores (CEE) da Caixa Econômica Federal se reúne com os representantes do banco nesta quinta-feira (23), a partir das 16h, para dar continuidade às negociações sobre o modelo de custeio do plano de assistência à saúde dos empregados do banco, o Saúde Caixa.

Na última reunião, a CEE reafirmou as premissas definidas pelos empregados para a proposta e conseguiu superar dois impasses: a utilização da média entre as projeções de custo realizadas pelas assessorias atuariais contratadas pelo banco e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae); e o descarte divisão paritária dos custos entre usuários e a Caixa.

“A paridade era uma imposição do banco com base na CGPAR 23, que perdeu seus efeitos após a aprovação do PDL 342/2021 (antigo PDC 956/2018). Mas, a manutenção do modelo de custeio 70/30 ainda enfrenta um impasse devido ao teto de custo a ser pago pelo de 6,5% da folha de pagamentos, que é definido no novo estatuto da Caixa”, explicou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Contraf-CUT.

Outros pontos

A CEE também pede a dilatação do calendário de aprovação da proposta de custeio do Saúde Caixa, de forma que haja maior tempo para a apresentação e debate da proposta pelos empregados. “Não existe a possibilidade de aprovação de qualquer proposta pelos empregados da Caixa sobre o plano de assistência à saúde sem que haja análise cuidadosa e debate sobre cada um dos pontos. É preciso estender este calendário em, pelo menos, uma semana”, disse Fabiana.

Outro ponto ressaltado pelo representante da Federação dos Bancários do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Jorge Luiz Furlan, é com relação à transparência e gestão do plano. “Estamos deixando claro que é extremamente importante que os empregados participem da gestão do plano para termos conhecimento sobre possíveis reajustes no futuro e qualquer outra medida. Por isso, é fundamental que o Conselho dos Usuários tenha voz ativa e seja ouvido, é importante termos acesso aos dados que nos permitam fazemos nossas próprias projeções, sem termos que brigar para ter acesso a estes dados. Precisamos, também reativar os comitês de credenciamento e descredenciamento”, disse.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional d@s Bancári@s se reúne nesta sexta-feira (24) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para discutir o teletrabalho. Na ocasião, será apresentada a 2ª Pesquisa de Teletrabalho da Categoria Bancária. A pesquisa avaliou as condições para a categoria realizar o teletrabalho, após mais de um ano de duração dessa modalidade, durante a pandemia da Covid-19. Uma das preocupações do Comando é com a questão do retorno ao trabalho presencial, que começa a ser feita pelos bancos sem negociação ou critérios definidos.

“É importante retomarmos esse debate com os bancos porque temos pontos importantes a serem tratados como a questão do retorno ao trabalho presencial. Sabemos que já começam as pressões para que bancárias e bancários retornem ao trabalho presencial, mas é preciso haver critérios claros. A pesquisa mostra também como a categoria avalia as condições do teletrabalho. Há avanços, mas também problemas a serem superados”, declarou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT, Juvandia Moreira, coordenadora do comando Nacional.

A 2ª Pesquisa de Teletrabalho da Categoria Bancária revela pontos que devem ser aperfeiçoados nessa modalidade de serviço e coletou respostas de 12.979 bancários e bancárias de todo o país. Na primeira pesquisa, realizada no ano passado, foram ouvidos 10.939 bancários e bancárias. A categoria bancária foi pioneira e boa parte dela foi deslocada para o teletrabalho assim que começou a pandemia. Na ocasião, o teletrabalho foi negociado pelo Comando junto à Fenaban.

Carestia

A disparada da inflação, que em 12 meses registrou alta de 9,68% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pesou mais nas despesas das bancárias e bancários que foram trabalhar em casa com custos maiores de energia elétrica, alimentação, gás, etc). Enquanto isso bancos economizaram R$ 766 milhões, na comparação das despesas administrativas entre 2019 e 2020. “A população brasileira, e aí também está a categoria bancária, sofre com a alta de preços, com a inflação. A carestia agrava uma situação já enfrentada pelas bancárias e bancários com mais custos domésticos no teletrabalho. Já os bancos foram extremamente beneficiados com o teletrabalho. Isso precisa ser discutido e a categoria ter compensações com a alta nas suas despesas domésticas”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O ambiente nas empresas ainda não é acolhedor com a comunidade LGBTQIA+. De acordo com uma pesquisa da consultoria Mais Diversidade, até 55% dos trabalhadores LGBTQIA+ falam tranquilamente sobre sua orientação sexual e identidade de gênero com todos os colegas. Mas 20% dos entrevistados afirmam que, ainda hoje, não conversam com ninguém sobre o tema com medo da exposição e das consequências no trabalho. 

Esse índice fica ainda maior quando questionados sobre a abordagem da orientação sexual e identidade de gênero com os chefes. Ao menos 85% dos profissionais disseram não falar explicitamente sobre o assunto com as suas lideranças. Na análise do coordenador do Coletivo LGBT do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Anderson Pirota, isso ocorre porque os desafios aumentam ainda mais para o trabalhador LGBTQIA+. “Além de provar que tem uma certa formação para exercer determinada função dentro de uma empresa, ele ainda tem que provar que é competente tanto ou até mais que um outro trabalhador”, analisa ao repórter Jô Miyagui do Seu Jornal, da TVT

Na pesquisa “O Cenário Brasileiro LGBTI+”, 55% responderam que ter LGBTs em cargos executivos “é muito importante”, e 45% entendem que as empresas precisam dar oportunidades de desenvolvimento de carreira. Especialistas consultados pela reportagem afirmam que as empresas têm discutido inclusão, mas a realidade é diferente. 

Combate à LGBTFobia

O advogado Isaac Porto alerta que a possiblidade do trabalhador expressar quem ele realmente é “permite inclusive que ele desenvolva muito mais as suas habilidades. Porque a energia que você gasta se escondendo e preocupado com comentários, olhares, posicionamentos institucionais ou pequenos comportamentos pessoais que fazem diferença no dia a dia. Tudo isso limita imensamente justamente as possiblidade de crescimento de entrega do profissional.” 

A avaliação é que as empresas têm um papel importante na diminuição da LGBTfobia. Principalmente nesse momento em que, graças à atuação de movimentos sociais, parte da população abraçou a causa LGBTQIA+. Mas a ascensão do conservadorismo também acentuou o preconceito em outra parte da sociedade. 

Fonte: Rede Brasil Atual

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) é contrária ao comunicado interno divulgado pelo Banco do Brasil, na última quinta-feira (15), para informar que as funcionárias e os funcionários que estão em home office, e não pertencem ao grupo de risco, poderão retornar ao trabalho presencial de forma opcional a partir do dia 20 de setembro, mesmo aqueles que ainda não se vacinaram ou completaram as duas doses do imunizante.

“Mesmo seguindo todas as regras e protocolos de distanciamento e higiene, não precisamos ir muito longe para saber que o trabalho presencial aumenta o risco de contaminação pela Covid-19”, ponderou Fernanda Lopes, secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BB. O Banco do Brasil se comprometeu a se reunir com o Sindicato Bancários de Brasília na próxima sexta-feira (24). “Até momento o BB não se reuniu com a Comissão de Empresa dos Funcionários. Enaltecemos a importância da reunião que ocorrerá na sexta, com o Sindicato de Brasília, mas continuamos cobrando uma reunião com os representantes de todo o país, pois afinal os problemas estão aumentando e cada vez mais de voluntário somente a fala do presidente”, completou Fernanda.

“A cada dia que passa, recebemos relatos do Brasil inteiro em que o fato de ser voluntario passou a ser uma nova forma do banco cobrar metas de volta de pessoas. Denúncias de gerentes gerais convocando indiscriminadamente funcionários na Ditec, em departamentos como Cenops e ainda alguns postando fotos falando que tem torta para comer. Chega à beira o ridículo essa postura da direção do BB. Os funcionários merecem mais respeito, através da vacinação e não de tortas”, finalizou.

Protesto e fiscalização em Brasília

Nesta segunda-feira (20), antes das 7h, diretores do Sindicato dos Bancários de Brasília e da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) já se encontravam nos prédios administrativos em protesto contra a decisão do banco.

O objetivo dos protestos era buscar diálogo com os trabalhadores que foram pegos de surpresa na última quinta-feira (16), quando o banco divulgou comunicado interno informando que os bancários e bancárias que estão em home office, e não pertençam ao grupo de risco, poderiam retornar ao trabalho presencial de forma “voluntária” a partir desta segunda.

Para o presidente do sindicato, Kleytton Morais, “não dá para o BB, unilateralmente por em risco a construção negocial que ao longo desse um ano e sete meses garantiu protocolos de saúde e segurança decisivos à proteção das vidas. A postura adotada pelo banco desrespeita a mesa de negociação, rompe o acordo e coloca em risco a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do banco. Nós dialogamos com a ciência e é sabido que ainda não é a hora de retornar. Esperamos que a direção do banco reveja esta medida e se sensibilize para proteger a vida”.

Bancário do BB, Kleytton frisa ainda que o processo de retorno ao trabalho precisa ser algo pensado, dialogado e organizado, observando os números de involução da doença para salvaguardar a vida dos bancários.

“Pudemos verificar, diretamente nos locais de trabalho, situações que temíamos com a postura unilateral adotada pelo banco. Neste aspecto, tivemos a oportunidade de destacar diretamente à direção do BB os riscos que a medida poderia ensejar. Ainda estamos na pandemia, por isso é inadmissível tratar a questão do retorno ao presencial como algo voluntário. Pelo contrário, o banco precisará de toda atenção, planejamento e prudência para restabelecer, no momento adequado, o trabalho presencial. Atenção e planejamento que precisam, com urgência, serem reforçados nas unidades de negócios e PSO, de modo a reforçar a proteção dos colegas e assegurar condições dignas de trabalho. Esse sim um critério de justiça a se adotar”, destacou Kleytton.

Fonte: Contraf-CUT