Maio 14, 2025
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A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal voltou a recusar, em mesa de negociação, a proposta sobre teletrabalho apresentada pelo banco, e a reunião desta terça-feira (23) terminou sem avanços. O banco insistiu em condicionar o acordo de teletrabalho à criação de banco de horas para empregados que trabalhem presencialmente. O imbróglio já havia acontecido na reunião do dia 16 de agosto.

O coordenador da CEE, Clotário Cardoso, disse que a Caixa resolveu deixar de lado o que já estava sendo negociado, para propor pontos prejudiciais aos empregados. “Nós viemos negociar teletrabalho. Não podemos vincular esse ponto a criação de um banco de horas para os trabalhadores que estão em modelo presencial”, afirmou.

O representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb-BA/SE), Emanoel de Souza, lembrou que “em negociações realizadas anteriormente, ficou combinado que não seria criado banco de horas. Quem está no presencial deve receber pelas horas trabalhadas a mais”.

A proposta da representação dos empregados é a garantia de todos os direitos dos(as) empregados(as) que trabalham presencialmente àqueles(as) que exerçam suas funções em regime de teletrabalho, bem como o registro de ponto, a remuneração das horas extras, além dos direitos e garantias previstos na minuta entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), com ajuda de custo pelos gastos hoje assumidos pelos trabalhadores (energia, internet, água etc).

Campanha ilegal

Antes do início da reunião, a CEE denunciou a presidenta da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, de estar usando os empregados do banco para fazer campanha eleitoral para o presidente da República, Jair Bolsonaro. De acordo com os representantes dos trabalhadores, os empregados estão sendo assediados a enviar liberação do uso de imagem para a campanha.

As negociações sobre o teletrabalho foram interrompidas e serão retomadas posteriormente.

Fonte: Contraf-CUT

 

 

Nesta terça-feira, 23 de agosto, sindicatos da categoria bancária de todo o país realizaram um Dia Nacional de Luta para informar trabalhadores, trabalhadoras e clientes sobre o andamento das negociações da Campanha Nacional dos Bancários de 2022, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve na Praça Governador Roberto da Silveira, em frente à agência da Caixa Econômica Federal, em Duque de Caxias, com carro de som e faixas, mostrando o descaso dos bancos com seus funcionários, que contribuem para que o setor alcance seus ganhos astronômicos. O ato teve apoio total de quem esteve presente ou passava pela manifestação.

O ato contou com a participação de Duda Quiroga, Presidenta em exercício da Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro.

As mobilizações também ocorreram no ambiente on-line, com manifestações nas redes sociais. No Twitter, a hashtag #QueVergonhaFenaban ficou entre os assuntos mais comentados.

O movimento acontece num momento das negociações em que a Fenaban se nega a atender as demandas da categoria.

MESAS DE NEGOCIAÇÃO

Até o momento, após 13 rodadas de negociação, os bancos ainda não apresentaram proposta de índice para correção dos salários e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Também não houve retorno em relação às reivindicações a respeito da ajuda de custos com o teletrabalho e do combate ao assédio sexual no setor.

Na mesa desta última segunda-feira (22), os bancos propuseram correção aos vales alimentação e refeição de apenas 81% da inflação, o que foi rejeitado pela categoria.

LUCROS

Os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander), por exemplo, obtiveram juntos um lucro de R$ 56,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2022, valor 14,4% superior em relação ao mesmo período do ano passado, com rentabilidade de 18% em 12 meses.

*Confira mais fotos em nossas redes sociais

Em reunião de negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2022, ocorrida nesta segunda-feira (22), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) insistiu em impor perdas para a categoria bancária ao apresentar uma proposta de reajuste para os vales alimentação e refeição de apenas 81% da inflação geral e de apenas 43% da inflação dos alimentos acumuladas em 12 meses. Além disso, depois de 13 rodadas de negociação, os bancos ainda não apresentaram proposta de índice para correção dos salários e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

“Não podemos aceitar esta proposta! A categoria continua perdendo. E em todas as consultas que fizemos as bancárias e bancários nos disseram que queriam aumento maior para o vales alimentação e refeição, pois os valores não são suficientes para chegar ao fim do mês”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP), Ivone Silva, que coordena o Comando juntamente com a presidenta da Contraf-CUT, tem a mesma impressão. “Foi um dia inteiro para a Fenaban apresentar mais uma proposta rebaixada. Na primeira parte da mesa, eles propuseram reajuste no VA e VR que cobria apenas 75% da inflação. Aí fizemos uma pausa e na volta eles propuseram reajuste de 81% da inflação, mas ainda insuficiente. Consideramos uma desfaçatez com os bancários, que constroem diariamente os lucros bilionários dos bancos. O Comando rejeitou a proposta na mesa”, informou.

Vale coxinha

Segundo cálculos elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com o reajuste proposto no VR o bancário precisa de praticamente um dia e meio para conseguir comprar um cafezinho a mais. Com o reajuste do VA (R$ 52,25 a mais por mês), não dá nem pra comprar meio quilo de café, um quilo de açúcar, um quilo de pão e 200g de manteiga. Para comprar estes produtos seriam necessários R$ 54,50.

Mobilização Nacional

Sindicatos de todo o país vão realizar nesta terça-feira (23) um Dia Nacional de Luta para informar clientes e a categoria sobre o andamento das negociações e mostrar o descaso dos bancos com seus funcionários, que contribuíram para que os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander) obtivessem juntos um lucro de R$ 56,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2022, alta de 14,4% em relação ao mesmo período do ano passado, com rentabilidade de 18% em 12 meses.

Teletrabalho e outras reivindicações

Os bancos não apresentaram proposta para a ajuda de custo para cobrir os gastos que os bancários têm a mais com o teletrabalho. Com relação ao vale-transporte, também não responderam se atenderão a proposta de descontar o percentual de 4% apenas sobre os dias trabalhados presencialmente, e não sobre o mês inteiro.

As negociações também não andaram com relação ao combate ao assédio moral e fim das cobranças abusivas sobre as metas.

Assédio sexual

Com relação à proposta de combate ao assédio sexual, ficou agendada uma reunião para quarta-feira (24), para que ONGs especializadas no tema apresentem propostas que possam ser discutidas.

Próxima negociação

A próxima reunião de negociação será realizada nesta terça-feira (23), a partir das 14h, presencialmente, em São Paulo.

Fonte: Contraf-CUT

Por decisão unânime, foi eleita a nova diretoria da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES), neste sábado, 20 de agosto, no “XIV Congresso Interestadual Ordinário Eleitoral”, realizado no Hotel Atlântico Business Centro, no Rio de Janeiro.

Nilton Damião Esperança foi reeleito como presidente da entidade.

O próximo mandato tem duração de quatro anos.

“Agradeço a confiança e comprometimento de todos os presentes no Congresso, que representaram os sindicatos filiados de nossa Federação. A unidade prevaleceu. Seguimos na luta  e podem ter certeza que nossa entidade seguirá na vanguarda da luta dos trabalhadores e trabalhadoras. JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!”, declarou Nilton Damião.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, filiado à Fetraf RJ/ES, parabeniza a nova diretoria e deseja sucesso em sua caminhada.

Começa nesta sexta-feira, 19 de agosto, e vai até amanhã, sábado (20), o “XIV Congresso Interestadual Ordinário Eleitoral” da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), da qual o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense é filiado.

O evento será realizado no Hotel Atlântico Business Centro, no Rio de Janeiro, e os delegados e delegadas, eleitas em seus Sindicatos, definirão:

– Nova Diretoria Executiva;

– Nova Diretoria do Conselho Fiscal;

– Representantes da Federação nas entidades de Grau Superior (efetivos e suplentes);

– Nova Diretoria da Comissão de Ética.

Além destas definições, debaterão também os critérios de participação nos cargos eletivos da Federação; o papel da Fetraf RJ/ES e de seus dirigentes; e os compromissos a serem assumidos pela nova gestão.

O próximo mandato terá duração de quatro anos: 2022 a 2026.

Juvandia Moreira, Presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e Maria Eduarda Quiroga, Presidenta em exercício da Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro, participarão da abertura do evento.

Fonte: Fetraf RJ/ES

Bancários e bancárias realizam, nesta sexta-feira (19), um dia Nacional de Luta para cobrar da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a entrega da proposta geral. A entidade que representa os banqueiros está com a pauta de reivindicações dos trabalhadores, para a Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) da categoria 2022/2023, há mais de dois meses.

As mobilizações vão ocorrer nas ruas e no ambiente on-line, com manifestações nas redes sociais das 9h às 10h. O Comando Nacional orienta o uso da hashtag #TáEsperandoOQuê? e a marcação da Febraban (@Febraban) nas postagens.

A categoria cobra uma atualização da CCT condizente com os esforços dos milhares de trabalhadores e trabalhadoras que contribuem, todos os anos, para que o sistema bancário mantenha seus altos lucros.

Entre as principais reivindicações estão aumento real para os salários e para as demais verbas com base na inflação do período entre 1º de setembro de 2021 e 31 de agosto de 2022 (INPC); aumento maior para o VR e VA; garantia dos empregos; maior participação de lucros e nos resultados; fim das metas abusivas; combate ao assédio moral; acompanhamento e tratamento de bancários com sequelas da covid-19 e jornada de quatro dias por semana.

Fonte: Contraf-CUT

 

Os representantes dos financiários, formados por membro do coletivo da Confederação Nacional do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações e sindicatos, se reuniram com a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), na tarde desta quarta-feira (17). A pauta de reivindicações dos trabalhadores da Campanha Nacional 2022 foi entregue à Fenacrefi no dia 15 de junho.

A reivindicação mais urgente dos trabalhadores foi a definição de um calendário de negociações. A Fenacrefi se comprometeu a verificar datas com as empresas e enviar sugestões nos próximos dias. A próxima reunião ficou pré-marcada para quinta-feira (25). Os representantes dos financiários também reivindicaram transparência nos dados das empresas, quantas são e qual o número de funcionários. “Precisamos saber quais são as empresas, quem representamos, por quem negociamos, pois sabemos que muita gente segue nossos acordos, mas não senta na mesa para negociar conosco. Queremos ser mais justos com a nossa representação”, afirmou o coordenador do Coletivo dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves.

A representação das financeiras também se comprometeu a trazer as propostas econômicas de reajustes salariais e nos vales e o valor de Participação nos Lucros e Resultados no próximo encontro. “Lamentamos que a mesa de negociação não tenha trazido avanços, com os representantes patronais apresentando sua minuta, limitando direitos dos financiários”, disse o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr.

Na minuta de reivindicações patronais destaca-se alterações na PLR e nos auxílios creche e baba. “”Nós não podemos aceitar mudanças que reduzam ou limitem nossos direitos, iremos resistir a esses ataques e lutar para defender os direitos da categoria. É importante que os financiários se mobilizem. Bora ganhar esse jogo!”, convocou Tabatinga.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a Comissão de Empresa da Caixa Econômica Federal, nesta quarta-feira (17), os representantes dos empregados cobram da Caixa a garantia de todos os direitos, tanto presenciais como de teletrabalho. Após diversos debates em mesas de negociação, a reação dos representantes dos trabalhadores foi de perplexidade. Contradizendo o discurso da nova presidente da Caixa, Daniella Marques, os representantes do banco público, além de não sustentarem todos os itens que foram debatidos nas oito rodadas de negociações anteriores, ainda apresentaram uma enxurrada de retirada de direitos. A CEE rejeitou propostas em mesa.

Na ocasião, o banco propôs retirar avanços obtidos nas mesas específicas de negociações, entre eles mudar o parcelamento do adiantamento de férias de 10 vezes para três vezes; retirada do intervalo de descanso 10/50, ou seja, não mais prevê a pausa de 10 min a cada 50 min trabalhados para caixas e avaliadores; e com relação ao vale refeição, que os empregados recebem para se alimentar relativo ao custo mensal, a Caixa está propondo diarizar o valor e em caso de licença médica suspender o pagamento.

Para os representantes dos trabalhadores as propostas apresentadas seguem na linha do governo Bolsonaro, de retrocesso desenfreado. Segundo eles, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é patamar mínimo e não teto, ou seja, acima disso cada banco pode vir a negociar com os trabalhadores vários pontos específicos.

“Não temos nem como estar debatendo tantos retrocessos. Queremos propostas que melhorem nosso Acordo Coletivo e as questões que foram colocadas são inadmissíveis. Enxergamos esses pontos como retiradas de direitos, não só no viés financeiro, mas diminuição de qualidade de vida também. As nossas reivindicações não são estáticas, o mundo evolui e as nossas pautas também avançam e não é o que vemos aqui. Esperamos propostas minimamente decentes nas próximas reuniões”, pontuou o coordenador da CEE/Caixa, Clotário Cardoso.

Segundo o representante da Federação Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados da Bahia e Sergipe (Feeb-BA/SE), Emanoel Souza, a expectativa que vinha sendo criada na mesa de negociação era de avanços, com acréscimos de várias cláusulas, entre elas, medidas efetivas contra o assédio moral na empresa, grupos de trabalho sobre os PCDs, grupo de trabalho sobre os profissionais de TI, dentre outros. “É surpreendente que a Caixa não sustente o que falou nas negociações, mas ainda tente retirar direitos sustentados a arduamente pela categoria em vários anos de história de lutas. Neste sentido estamos caminhando para o impasse e será preciso uma grande mobilização da categoria”, criticou Emanuel.

Demais temas

Na reunião, a CEE/Caixa cobrou o funcionamento do Grupo de Trabalho (GT) Tripartite para debater assuntos relacionados à Funcef, entre eles sobre o contencioso e um GT para tratar do Caixa Minuto, no qual os dirigentes cobraram o fim da designação por minuto nas funções de caixa, tesoureiro e avaliador.

Em relação à questão de assédio moral e sexual, os dirigentes cobraram um espaço específico para tratar do tema que atinge hoje a imagem da empresa e é a causa de grande parte do adoecimento da categoria. O banco respondeu que este tema será tratado na mesa com a Fenaban.

Sobre a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), a CEE pontuou que no ano anterior aconteceram problemas, onde houve um entendimento, inclusive judicial, que a Caixa não distribuiu 4% da PLR Social. A Caixa apresentará os resultados nesta quinta-feira (18). Segundo a CEE, com o resultado do primeiro semestre será possível ter uma avaliação mais específica.

Dia Nacional de Mobilização

A categoria prepara um Dia Nacional de Mobilização, agendado para a próxima sexta-feira (19).

Fonte: Fenae

A Caixa Econômica Federal apresentou lucro líquido de R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre de 2022, resultado que representa queda de 59,66% em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, o lucro foi de R$ 1,8 bilhão, 27,9% menor em relação ao trimestre anterior.

Nos primeiros seis meses de 2021, o resultado havia sido impactado por ganhos com a venda de ativos na participação relativa da Caixa Seguridade (R$ 1,5 bilhão), das ações da Caixa Seguridade (R$ 3,3 bilhões) e das ações do Banco Pan (R$ 1,9 bilhão) – todos itens não recorrentes, também chamados de extraordinários, que elevaram o lucro naquele momento.

Sem as receitas desses negócios, os resultados do primeiro semestre deste ano foram bastante inferiores, afinal o setor da seguridade respondia por grande parte do resultado da instituição até então. No período, a Caixa usou créditos tributários, sem os quais a queda no lucro teria sido ainda maior. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 9,55%, com acentuada queda de 9,46 pontos percentuais (p.p.).

No período de doze meses, a Carteira de Crédito Ampliada da Caixa teve alta de 13,7%, e totalizou R$ 928,2 bilhões; no segmento de pessoas físicas, de 23,2% (R$ 127,3 bilhões); e no de pessoas jurídicas, de 8,2% (R$ 81,3 bilhões).

Com saldo de R$ 595,2 bilhões e participação de 64,1% na composição do crédito total, o crédito imobiliário cresceu 11%. As operações de saneamento e infraestrutura foram 2,2% maiores, e somaram R$ 93,6 bilhões. O maior destaque foi do crédito rural, que saltou 202,3%, totalizando R$ 30,8 bilhões.

A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 1,89%, com redução de 0,57 p.p. na comparação com o primeiro semestre do ano anterior. As provisões para perdas associadas ao risco de crédito foram de R$ 7,8 bilhões, acréscimo de 51,97%.

As receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias alcançaram R$ 12,2 bilhões no primeiro semestre de 2022, com crescimento de 5,49% em doze meses. As despesas de pessoal, já incluída a PLR, somaram de R$ 12,9 bilhões, com crescimento de 4,39%. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 94,45% no semestre.

Após forte atuação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Caixa atendeu ordem judicial para convocação de aprovados em concurso de 2014 e preencheu 2.639 postos de trabalho em doze meses e encerrou o primeiro semestre de 2022 com 86.901 empregados e empregadas. Ao mesmo tempo, o banco captou 3,3 milhões de novos clientes. Com isso, cada empregado ou empregada passou a ser responsável, em média, por atender 1.714,4 clientes. Em comparação ao primeiro semestre de 2021, não foram fechadas agências e foram abertos 67 postos de atendimento, 384 unidades de Caixa Aqui e 75 casas lotéricas.

Itens 1Sem2022 1Sem2021 Variação
Ativos Totais 1.494.178 1.464.171 2,05%
Carteira de Crédito Ampla 928.175 816.251 13,71%
Patrimônio Líquido 118.750 107.514 10,45%
Rentabilidade (LL/PL) 9,55% 19,01% -9,46 p.p.
Lucro Líquido 4.374 10.844 -59,66%
Receita com as Operações de Crédito 44.561 33.960 31,22%
Despesas da Intermediação Financeira -46.085 -19.559 135,62%
Provisão para Perdas Associadas ao Risco de Crédito -7.799 -5.132 51,97%
Rec. Prest. Serviços + Rendas de Tarifas (RPS) 12.176 11.542 5,49%
Despesa de Pessoal + PLR -12.891 -12.349 4,39%
Cobertura (RPS/(DP+PLR)) 94,45% 93,47% 0,98 p.p.
Resultado antes da Tributação sobre o Lucro 3.720 13.662 -72,77%
Imposto de Renda e Contribuição Social 1.526 -1.201
Taxa de Inadimplência (90 dias) 1,89% 2,46% -0,57 p.p.
Índice de Basileia 18,65% 20,09% -1,45 p.p.
Agências 3.372 3.372 0
Número de Postos de Atendimento 909 842 67
Correspondentes Caixa Aqui 9.293 8.909 384
Lotéricos 13.394 13.319 75
Clientes (em mil) 148.984 145.730 3.254
 Número de Empregados(as) 86.901 84.262 2.639
Em milhões.
Fonte: Demonstrações Financeiras da Caixa Econômica Federal (2º trimestre de 2022).
Elaborado pela Rede Bancários – Dieese.

O Comando Nacional dos Bancários obteve avanços para as propostas de teletrabalho e de combate ao assédio sexual na negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desta quinta-feira (18) e cobrou melhorias na proposta contra as metas abusivas e o assédio moral, além de uma resposta definitiva para o índice de aumento para os salários, vales alimentação e refeição (VA e VR) e também para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Realizamos hoje a 11ª reunião de nossa campanha nacional e os bancos ainda não trouxeram uma proposta de aumento dos salários e demais verbas econômicas, tampouco para a ajuda de custo para as bancárias e bancários que cumprem suas tarefas em teletrabalho”, informou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional. “É importante avançarmos nos temas de combate ao assédio sexual e do assédio moral, assim como no teletrabalho, mas queremos também avançar no aumento real. Os bancários e bancárias estão pagando por um custo de vida alto, com a volta da inflação, está tudo muito caro!” completou.

 

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP), Ivone Silva, que coordena o Comando Nacional dos Bancários juntamente com a presidenta da Contraf-CUT, ressaltou que os canais de denúncias de assédio mantidos pelos bancos nem sempre são seguros. “Existem diversos exemplos que mostram a fragilidade da segurança dos canais mantidos por alguns bancos. É preciso que haja a participação das entidades sindicais para garantir segurança e que as denúncias sejam efetivamente apuradas, além da manutenção do sigilo da identidade da denunciante. Precisamos avançar neste sentido para que as vítimas não sejam discriminadas e coagidas e se sintam seguras para fazerem as denúncias”, disse.

Avanços

Os bancos vão analisar as propostas do Comando sobre o combate ao assédio sexual e também sobre o teletrabalho e apresentará uma nova redação sobre os temas, mas disse que ainda não conseguiu avançar no debate sobre a ajuda de custo.

Outro avanço foi sobre o combate ao assédio moral. Para os bancos, o assédio é uma questão de comportamento de alguns gestores e vão ampliar a orientação para coibir tal conduta. Também aceitam criar uma comissão para debater sobre o estabelecimento de metas.

“É certo que os bancos aceitarem debater sobre metas é um avanço, mas temos que tomar cuidado para que a responsabilidade não recaia somente sobre os gestores. Temos que analisar com cuidado para saber se eles também não estão sendo pressionados pela política de metas da instituição e repassam esta pressão para seus subordinados”, observou a secretária-geral do Seeb/SP, Neiva Maria dos Santos.

O que mais precisa avançar

Além dos avanços já mencionados, os bancos precisam definir melhor as propostas para permitir que as entidades sindicais possam se reunir e ter acesso aos trabalhadores que exerçam suas funções em teletrabalho.

Outro ponto que precisa ficar claro na proposta é com relação ao desconto de vale-transporte, que deve ser calculado apenas sobre os dias trabalhados presencialmente e não sobre todo o salário.

Outro ponto que os bancos ficaram de analisar é com relação ao prazo de mudança da modalidade de teletrabalho para o presencial, que deve ser expandido para quem cumpre sua jornada em localidades fora da sede de sua lotação, como em outros estados e até países.

Mobilização nacional

Sindicatos de bancários realizam, nesta sexta-feira (19), mobilizações em todo o país para reivindicar a resposta dos bancos sobre as reivindicações de aumento real de salários (INPC + 5%), aumento maior para os vales refeição e alimentação e maior participação nos lucros e resultados dos bancos, que já chegou a ser de 14%, em média, e atualmente está em 6,6%, em média.

“O lucro dos bancos cresce ano após ano. Eles podem atender todas as nossas reivindicações”, disse Juvandia ressaltando que a inflação voltou a assolar nosso país e que a categoria precisa ter aumento real (acima da inflação) e aumento ainda maior para o VA e para o VR.

Além dos atos nas ruas, haverá mobilização nas redes sociais das 9h às 10h. O Comando dos bancários orienta o uso da hashtag #TáEsperandoOQuê? e a marcação da Febraban (@Febraban) nas postagens.

Próxima negociação

A próxima reunião de negociação está prevista para esta sexta-feira (19), a partir das 10h.

Fonte: Contraf-CUT