Maio 01, 2025
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O Banco do Brasil apresentou, nesta sexta-feira (16), à Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) um novo sistema de acompanhamento e gerenciamento de carteiras e um projeto de capacitação de funcionários. O piloto do Indução e o Evolution, respectivamente.

O novo vice-presidente do banco, Ênio Mathias, e o novo diretor de pessoas, Thiago Borsari, também participaram do início da reunião e foram apresentados à representação dos funcionários.

Indução

Criado com o objetivo de aprimorar os mecanismos de acompanhamento de desempenho dos funcionários, o “Projeto Indução” visa ampliar o alinhamento à estratégia corporativa, gerar maior foco no cliente, eficiência nos processos e trazer resultados sustentáveis para o banco.

Para o coordenador da CEBB, João Fukunaga o problema não está no mecanismo criado pelo banco para acompanhamento do desempenho, mas nas metas que são cobradas dos funcionários. “A intenção é boa. O problema é que, na prática, o banco cobra metas absurdas que massacram os funcionários. E estas metas são aplicadas ao projeto, o que deixa a boa intenção não tão boa assim”, avaliou. “Para que o indução fique bom, o banco tem que começar a definir as metas com a participação dos funcionários e de sua representação sindical. Aí sim será possível haver foco no cliente, aí sim os funcionários não serão obrigados a empurrar produtos para clientes que não precisam deles”, completou.

Para Fukunaga, o Banco do Brasil precisa ressaltar seu papel enquanto banco público. “Um banco público não pode focar sua atuação apenas em questão do mercado. Precisa cumprir seu papel social. Ao estabelecer metas não pode considerar apenas ‘pontuação de produto’ e retorno para o banco, tem que considerar também a questão social”, disse.

Como esta nova ferramenta visa, ao final, o pagamento das gratificações do Programa de Desempenho Gratificado (PDG), o movimento sindical reiterou que o atual PDG não é nada transparente, pois as regras mudam constantemente e que isso só pode ser superado com a definição de forma clara e transparente, juntamente com o movimento sindical, das regras que beneficiem os funcionários. O banco quer marcar uma reunião para ouvir mais sobre o tema.

Evolution

O banco também apresentou o projeto “Movimento Evolution”, criado para proporcionar a requalificação dos funcionários com foco no desenvolvimento de competências digitais. O objetivo é, basicamente, capacitar os funcionários para exercer suas, ou novas tarefas em um mundo cada vez mais digital.

O projeto disponibiliza a plataforma Alura para a formação e os cursos devem ser realizados durante o expediente de trabalho. As competências digitais adquiridas pelos funcionários serão consideradas na evolução de suas carreiras no banco.

O projeto recebeu elogios da representação dos funcionários, que destacou, porém, que a formação oferecida deve ser extensiva a todos os funcionários, inclusive aos das agências, para que eles também possam evoluir na carreira na medida em que realiza os cursos.

“É algo inovador de fato. A plataforma é interessante para cursos. Sabemos que as pessoas que trabalham nos departamentos vão conseguir aproveitar. Mas, como os funcionários que trabalham em agências com filas enormes vão fazer os cursos? O gerente vai deixar um funcionário fazer o curso enquanto a fila cresce? Vai deixar fazer o curso e não ficar cobrando metas? Se o banco não for claro nesta orientação, a capacitação ficará limitada ao pessoal dos departamentos”, observou o coordenador da CEBB.

O banco também informou que, agora no segundo semestre, voltam a ser oferecidas bolsas de estudo aos funcionários e que as mesmas haviam sido suspensas em decorrência da pandemia.

Próximas pautas

Ao final da reunião, a representação dos funcionários apresentou uma relação de questões a serem tratadas na próxima reunião com o banco, como o acerto no pagamento de caixa, questões de carreira e salário envolvendo gerentes de serviços de pequenas cidades do interior, a volta da ameaça de envio de funcionários para banco de horas negativo como forma de cobrança de metas e a oferta pela Cassi do novo plano Cassi Essencial para os novos funcionários.

Não foi definida data para a próxima reunião, mas os representantes do bancos disseram que alguns dos pontos já estão sendo discutidos e, assim que houver alguma novidade sobre eles a CEBB será informada.

Fonte: Contraf-CUT

As vacinas contra a covid-19 são feito histórico da ciência mundial, porque foram desenvolvidas e entraram em ação em velocidade nunca antes vista. Assim, imunizantes estudados em diferentes fases agora são aplicados na população e, hoje, salvam vidas e apontam para um futuro com a covid-19 sob controle.

Diferentes laboratórios obtiveram fármacos seguros através de diferentes tecnologias, em um movimento de inovação e dedicação dos cientistas. A velocidade tem relação com a necessidade. A pandemia é a crise sanitária global mais séria em mais de 100 anos, tanto que já fez mais de 4 milhões de mortos em todo o mundo.

Mas a ciência aponta que ainda há um longo um caminho a ser percorrido e que, portanto, além de vacinar com velocidade, medidas não farmacológicas (uso de máscaras, higiene e distanciamento social) seguem necessárias. As vacinas reduzem a circulação do vírus da covid-19, mas esses imunizantes ainda não estão disponíveis em número adequado. Enquanto isso, avançam os medos sobre mutações, novas cepas virais que se desenvolvem diante da ampla disseminação.

Variante delta

variante mais agressiva até o momento, chamada de delta, foi identificada pela primeira vez na Índia, o que levou o país ao colapso do sistema de saúde no início do ano. A partir daí, a cepa se espalhou e, assim, muitos países retomaram medidas intensivas de isolamento social, como na Ásia; enquanto na Europa, com atraso nesses cuidados, voltou a subir o número de casos, mesmo com vacinação avançada.

A variante delta também provocou uma corrida para antecipar as segundas doses das vacinas. No Brasil, ao menos sete estados já anunciaram menor tempo entre as duas doses. Isso porque estudos indicam que a cepa é de 50% a 70% mais contagiosa, além de derrubar o índice de eficácia para imunização com apenas uma dose para níveis inferiores a 50%. Como apontou estudo publicado na revista Lancet, mesmo com duas doses a eficácia cai sensivelmente. A Pfizer, analisada pelos cientistas, tem sua eficácia reduzida de 95% para 79%; a AstraZeneca, de 73% para 60%.

A covid-19 é um vírus novo e estudo atualizados são publicados diariamente. Até o momento, os cientistas são unanimes em afirmar que todas as vacinas contra a covid-19 disponíveis são eficientes em proteger a população. Especialmente contra casos mais graves. Portanto, o ponto essencial é que todos devem se vacinar o quanto antes, com qualquer vacina aprovada. Até porque, em termos de prevenção de casos graves e morte, todos os imunizantes disponíveis possuem taxas elevadas de sucesso, perto de 85% a 90%.

Tecnologia brasileira

Centenas de vacinas contra a covid-19 seguem em estudo em todo o mundo. São 184 em fase pré-clínica, 52 em Fase 1, com ensaios de segurança em pequena escala, 37 em Fase 2, com ensaios de segurança expandidos, 32 em Fase 3, com aplicação em maior escala em humanos, 8 aprovadas em diferentes países e 9 com aprovações limitadas.

Além da busca por novas tecnologias, pesquisadores atuam para aperfeiçoar as já existentes, como é o caso da AstraZeneca, que conduz estudos avançados de um novo imunizante com maior poder de cobertura entre variantes. Outro destaque importante neste campo é a vacina ButanVac, em desenvolvimento pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

Com tecnologia 100% nacional, a ButanVac utiliza experiências conhecidas pelos pesquisadores brasileiros. Trata-se de um molde seguro e com promessa de alta eficácia. A tecnologia em questão é de vetor viral não replicante. Desse modo, utiliza um vírus de aves (doença de Newcastle) que não provoca efeitos em humanos e inocula o vírus como vetor, “carregado” com características do coronavírus. Como resultado, estimula o organismo a produzir anticorpos, especialmente relacionados com a proteína Spike, um dos compostos do vírus ligado ao potencial de contágio com as células humanas.

Outro detalhe importante da ButanVac tem relação com o preço, pois a a vacina pronta para aplicação tenderá a ter valor significativamente inferior ao de todos os outros imunizantes disponíveis.

As vacinas contra a covid-19 no Brasil

Enquanto mais vacinas contra a covid-19 estão em desenvolvimento, quatro imunizantes estão em aplicação no Brasil e outros dois possuem autorização restrita para importação. Os fármacos em circulação são: AstraZeneca/Fiocruz, Pfizer, CoronaVac e Janssen. Com autorização restrita da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda sem aplicação em brasileiros, são: Sputnik V e Covaxin. Entenda as diferenças entre elas.

AstraZeneca/Fiocruz

Tecnologia: Vacina baseada em adenovírus (ChAdOx1). Desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em conjunto com a farmacêutica AstraZeneca. Utiliza um adenovírus de resfriado comum sem capacidade de se replicar no corpo humano, que por sua vez é modificado para transmitir informações do vírus da covid-19, Sars-Cov-2, ao sistema imunológico.

Esquema vacinal: Duas doses com intervalo recomendado de 12 semanas.

Eficácia: Diferentes estudos apontam para uma variação de eficácia entre 62% e 100%. Para previnir casos sintomáticos, a farmacêutica responsável aponta para 79%. Para impedir o contágio, 70%. Contra casos graves, 100%.

Brasil: O contrato da vacina com o Brasil envolve a Fiocruz, que participou dos estudos, e também prevê transferência de tecnologia. É esperado que neste semestre o imunizante seja 100% produzido no país; portanto, sem necessidade de importação de insumos. A unidade que fará a produção completa e envase das doses, a Bio-Manguinhos, fica no Rio de Janeiro.

Registro: No dia 12 de março, a Anvisa concedeu registro definitivo para uso em todo o país. Até o momento, de acordo com dados da plataforma Localiza SUS, do Ministério da Saúde, a vacina representa 46,6% das doses aplicadas no país.

CoronaVac

Tecnologia: Vírus (Sars-CoV-2) inativado (CoronaVac). Desenvolvida pela empresa farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. O imunizante utiliza o próprio vírus Sars-CoV-2 cultivado em laboratório e, então, através de calor ou reagentes químicos, é inativado. Assim, células do corpo capturam esses vírus e se adaptam a ele, provocando uma resposta imune.

Esquema vacinal: Duas doses com intervalo de 28 dias.

Eficácia: A eficácia geral da CoronaVac apontada por estudos de Fase 3 é de 50,28%. Esse número representa a efetividade do fármaco para prevenir o contágio. Já sobre casos graves, estudos avançados apontam para eficácia de 95% a 100%. Para prevenir casos leves, 78%. A vacina acumula sucessos práticos com aplicação em larga escala. É o caso do Projeto S, conduzido em Serrana, interio de São Paulo. Após vacinação em massa com a CoronaVac, mortes por covid-19 caíram 95%.

Brasil: A história da CoronaVac no Brasil contou com rejeição do governo federal, pois o presidente Jair Bolsonaro atacou a vacina com mentiras, bem como seus apoiadores. O país também recusou contratos ainda em 2020, o que poderia ter evitado milhares de mortes. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que com o imunizante, o Brasil poderia ser um dos primeiros países do mundo a vacinar, mas as barreiras do governo federal impediram. Mesmo com o desgaste, o governo de São Paulo e o Instituto Butantan apostaram em um contrato com transferência de tecnologia e a vacina foi a primeira a ser aplicada no país.

Registro: A Anvisa concedeu aprovação para uso emergencial no dia 17 de janeiro. Até o momento, a vacina do Butantan representa 4 em cada 10 doses aplicadas em todo o país.

Pfizer/BioNTech

Tecnologia: Vacina de mRNA, ou RNA mensageiro. Trata-se de uma tecnologia inovadora que aponta para um futuro promissor na elaboração de vacinas para outras doenças. Primeiro, os cientistas replicam sequências do material genético do vírus e, em seguida, essa informação obtida pela engenharia genética é aplicada em humanos para, assim, preparar o sistema imunológico a criar defesas robustas através da mimetização da proteína Spike. O imunizante é produzido pela farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com a empresa alemã BioNTech.

Esquema vacinal: Duas doses com intervalo de 21 dias. No Brasil, a Anvisa autorizou intervalo maior, de 12 semanas. Com a ameaça da variante delta, estados estão reduzindo para oito semanas.

Eficácia: Informações da empresa apontam para eficácia geral entre 86% e 95% na prevenção da infecção. Para manifestações sintomáticas, a porcentagem sobe para 97% e casos graves, até 100%.

Brasil: As tratativas com a empresa foram negligenciadas pelo governo Bolsonaro. Mais de 50 e-mails com propostas de fornecimento não foram respondidos. Com isso, a acusação de prevaricação está em investigação pela Polícia Federal e na CPI da Covid. A comissão do Senado aponta que a empresa tinha, inclusive, intenção de tornar o país como modelo de vacinação no mundo, já que conta com a ampla estrutura do SUS.

Registro: Obteve registro definitivo da Anvisa no dia 23 de fevereiro, antes mesmo do governo Bolsonaro fechar as primeiras compras, em março. É a vacina mais aplicada no mundo e conta com aprovação definitiva em países da União Europeia e Estados Unidos. Representa 10,5% das doses já aplicadas no Brasil.

Janssen

Tecnologia: Trata-se de uma vacina baseada em vetor viral não replicante a partir de adenovírus, como a AstraZeneca. O fármaco é produzido pela Janssen, farmacêutica do grupo Johnson & Johnson. A tecnologia utilizada é composta pela introdução de “pedaços” de proteína Spike do coronavírus no vetor não replicante. Desta forma, o corpo assimila a informação e desperta o processo de imunidade.

Esquema vacinal: É a única vacina em aplicação no Brasil que conta com dose única.

Eficácia: A eficácia global informada pela farmacêutica é de 66% para contágio. Já contra formas graves, inclusive a variante de Manaus, gamma, a eficácia informada é de 87%.

Brasil: O imunizante foi testado em brasileiros em fase 3. Foi uma das últimas vacinas contra a covid-19 a serem adquiridas pelo governo. A maior parte delas veio a partir de doações de doses próximas ao vencimento pelo governo dos Estados Unidos.

Registro: No dia 19 de março a Anvisa aprovou o uso emergencial do fármaco. Existe um contrato para o recebimento de 38 milhões de doses, inicialmente. Representa 3,2% das aplicações vacinais até o momento.

Sputnik V

Tecnologia: A vacina desenvolvida pela farmacêutica do Fundo Soberano Russo, Instituto Gamaleya, também utiliza vetor viral não replicante. Ela utiliza um esquema de dois adenovírus diferentes entre si. Assim, uma vez combinados, oferecem uma resposta imune reforçada.

Esquema vacinal: Duas doses com intervalo de 21 dias. Necessita de maior atenção na aplicação, já que as doses são diferentes entre si.

Eficácia: A eficácia informada pelo instituto e reafirmada por pesquisa publicada na Lancet por cientistas independentes apontam para 91,6% de eficácia contra manifestações sintomáticas e até 100% contra casos graves.

Brasil: A Sputnik V, mais do que as demais vacinas contra covid-19, encontrou barreiras no Brasil. A Anvisa recusou conceder o registro para uso emergencial, já que a documentação encaminhada era frágil e havia suspeita de que uma porcentagem mínima dos vetores virais pudessem ser replicantes. A União Química, responsável pelo imunizante no Brasil, reenviou os dados e conseguiu autorização especial para importação e aplicação em público restrito de adultos saudáveis.

Registro: Ainda não existe registro para uso emergencial ou definitivo, mas sim uma autorização especial. Existem encomendas de doses diretamente por estados do Nordeste e, também, um contrato para recebimento de 10 milhões de doses do governo federal.

Covaxin

Tecnologia: Vírus Sars-CoV-2 inativado. A vacina indiana da empresa BharatBiotech utiliza tecnologia semelhante à CoronaVac.

Esquema vacinal: Duas doses com intervalo de 28 dias.

Eficácia: A farmacêutica responsável publicou estudos que apontam para 78% de eficácia contra casos moderados e 100% contra complicações graves.

Brasil: A aquisição da Covaxin está no centro de um dos escândalos de corrupção envolvendo compra de vacinas contra covid-19 que pairam o governo Bolsonaro. O caso está sob investigação na CPI da Covid. Grupos de militares, pastores e integrantes do governo estão envolvidos. Houve pressão para compra de doses com valor acima do preço de mercado. Isso, sem sequer o imunizante ter autorização de uso emergencial da Anvisa, apenas uma permissão restrita, como a Sputnik V.

Registro: Inspeções da Anvisa nos dias 1º e 5 de março apontaram para o descumprimento de normas no laboratório produtor da vacina. A agência apontou para problemas com a documentação, além de outros pontos relacionados aos métodos de produção, como “esterilização, desinfecção, remoção e inativação viral”.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Brasil registrou 1.584 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, e 538.942 brasileiros já morreram em decorrência do vírus desde o início da pandemia. Em relação ao número de novos casos de covid-19 confirmados, o último período foi marcado por 52.789, totalizando 19.262.518. O Brasil já consegue colher resultados positivos mesmo com um patamar de vacinação contra a covid-19 ainda considerado baixo, com 16% da população imunizada com duas doses. Com a demora, o país é o que contou mais mortos pelo coronavírus em 2021 e segundo no quadro geral, atrás apenas dos Estados Unidos.

Embora o nível da covid-19 siga elevado, as curvas epidemiológicas seguem em tendência de queda, especialmente a partir da segunda quinzena de junho. A média móvel de mortes diárias, calculada em sete dias, está em 1.252, alcançando o menor patamar desde o dia 1º de março, enquanto a média de novos, 42.822, é a menor desde o dia 7 de janeiro. “Vacinar ajuda, protege“, afirma o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marcelo Gomes.

Gomes é responsável técnico pela elaboração dos boletins InfoGripe da entidade, que medem a disseminação de vírus que se espalham por vias aéreas, como o Sars-CoV-2. Ele comemora os bons resultados obtidos com o avanço da vacinação, mas reafirma a necessidade de manter cuidados. “É isso que estamos vendo (a redução nos números). Mas ainda não é tudo. Precisamos baixar a transmissão”, disse.

Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

Tendências opostas

Quem está puxando os números do coronavírus para baixo no Brasil são os grupos de idade mais avançada, que em grande parte já passaram por etapas completas de vacinação contra a covid-19. “As curvas para os idosos caíram mas seguem num patamar próximos ao pico de 2020”, aponta o pesquisador da Fiocruz Leo Bastos.

Bastos observa que a tendência não é verificada entre os mais jovens. Ao contrário, nos grupos ainda não vacinados a covid-19 segue tendência de alta. “Vacinas funcionam! Se olharmos as curvas para as faixas etárias de 20 a 59 anos vemos uma segunda retomada em 2021, isso não acontece nos grupos com maior cobertura vacinal”, explica.

Dados da Fiocruz indicam alteração no padrão de internados por complicações da covid-19. Em maio de 2020, a faixa etária de 0 a 39 anos representava 15% dos internados, de 40 a 59, 32% e acima de 60, 53%. Em maio deste ano, o panorama se inverteu, com aumento de internações entre os mais jovens; de 0 a 39 anos representavam 20%, de 40 a 59, 51%, e acima de 60 anos, 29%.

vacinação covid-19
Curvas de mortes por covid-19 em relação à idade. Vacinação contra a covid-19 levou a queda brusca entre mais velhos e crescimento entre mais jovens. Fonte: Fiocruz

Falsa segurança

Como argumentam os cientistas, a situação segue inspirando cautela, porque bons resultados da vacinação levam a população a uma falsa, ou precipitada, sensação de segurança. Pesquisa divulgada na noite de ontem (14) pelo Datafolha confirma essa tendência. Mais da metade da população, 53%, acredita que a pandemia está parcialmente controlada. Os que acreditam estar totalmente controlada são 5%; que consideram fora de controle, 41% e 1% não soube responder.

Em março, quando o país passava pelo pior momento da pandemia até então, 79% acreditavam no descontrole. Outro dado levantado pelo instituto foi sobre a visão da população sobre a velocidade da vacinação. Em março, 76% afirmavam estar mais lenta do que deveria, este número caiu para 60%. Os que acreditam estar dentro do prazo foram de 19% para 25%. Quem acredita estar rápida, flutuou de 2% para 3%.

Escândalos envolvendo suposta prevaricação do governo Bolsonaro e também corrupção impediram a vacinação mais ágil dos brasileiros. Além disso, pesa o negacionismo do presidente que, desde o início da pandemia, adotou uma postura de negar a gravidade da doença, promover e estimular aglomerações e divulgar ataques mentirosos contra vacinas e uso de máscaras. Até o momento, 44,83% da população já recebeu uma dose de vacina e 16,06% duas doses. O número de doses aplicadas está em 119 milhões.


RBA utiliza informações do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados. As divergências, para mais ou para menos, são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (15) nota técnica que confirma a inclusão de bancários e trabalhadores dos Correios na lista de grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19. Com a publicação da nota, secretarias de saúde de Estados e Municípios já podem iniciar a vacinação das duas categorias. Na nota técnica, o Ministério da Saúde orienta que sejam destinados aos bancários e trabalhadores dos Correios 20% do total de doses de vacinas distribuídas às unidades da Federação.

Na terça-feira (6) da semana passada, o Ministério da Saúde informou a inclusão da categoria bancária entre as prioridades do PNI contra a Covid-19. Na ocasião, o Ministério informou que a nota técnica seria divulgada até o final daquela semana, o que acabou não acontecendo. Desde então, sindicatos e federações de bancários de todo o Brasil começaram a pressionar prefeituras e governos estaduais para agilizarem o cumprimento da definição. Em várias cidades, prefeitos começaram a vacinar bancárias e bancários de agências locais.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários continua com todos os esforços para garantir vacinação prioritária para todos os bancários. A luta, que começou há muito tempo, conquistou – na semana passada – o anúncio do Ministério da Saúde da inclusão da categoria bancária entre as prioridades do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19.

Entretanto, a batalha continua, como explica Mauro Salles, secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Houve o compromisso do ministro da Saúde de emitir nota técnica até a última sexta-feira. Mas, até agora nada. Estamos cobrando o compromisso.”

Mauro lembrou ainda que os sindicatos e federações de bancários de todo o Brasil também estão dialogando com prefeituras e governos estaduais para que agilizarem o cumprimento desta definição. “Cada dia de atraso, pode significar prejuízos à saúde e à preservação da vida. Também estamos em contato permanente com os bancos para fornecer as informações necessárias para efetivar a vacinação”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

A proposta de reforma tributária do governo Bolsonaro pode comprometer direitos conquistados por várias categorias, inclusive a dos bancários. Entre as mudanças apresentadas pelo governo e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, está a possibilidade de extinção dos vales refeição e alimentação. Isso porque, pela proposta de reforma tributária, as empresas que concedem esses benefícios deverão deixar de abater a despesa no Imposto de Renda.

A ameaça aos vales refeição e alimentação foi divulgada nesta quarta-feira pelo portal UOL. A informação é de que o relator da reforma tributária, deputado federal Celso Sabino (PSDB-PA), encampou a sugestão do governo de acabar com esse benefício fiscal às empresas. Segundo o UOL, o Ministério da Economia calcula que, com essa medida que deve levar inúmeras categorias à perda destes direitos, o governo poderá arrecadar R$ 1,4 bilhão em 2022 e R$ 1,5 bilhão em 2023.

“Temos que impedir mais esse ataque aos nossos direitos. A categoria bancária conquistou o benefício do vale-refeição e do vale-alimentação com muita luta. Esse governo negocia aliviar o imposto sobre dividendos para atender aos mais ricos, para as grandes empresas e, ao mesmo tempo, retira direitos dos trabalhadores”, criticou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Cerca de 280 mil empresas em todo o país oferecem os benefícios para parte dos 22,3 milhões de trabalhadores. Sem a isenção fiscal, a tendência é que os empresários desistam desses benefícios. “Essa proposta mostra bem que o governo Bolsonaro, seus ministros e toda a equipe de governo aplicam, cada vez mais, políticas contra a classe trabalhadora, ignoram o diálogo, a não ser com a elite privilegiada. Por isso, não basta apenas tirar Bolsonaro, temos de mudar a política de governo e a linha neoliberal de Paulo Guedes”, destacou a presidenta da Contraf-CUT.

Para Juvandia Moreira, é fundamental que não só a categoria bancária se mobilize para barrar esses ataques aos direitos conquistados, mas que toda a sociedade tome consciência da importância de se mudar os rumos do país. “No dia 24, vamos novamente às ruas contra Bolsonaro, mas também contra essa política neoliberal que aumenta cada vez mais a miséria da população. Temos de mostrar que somos contra esse governo e que queremos outra forma de se administrar o país”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com a direção do banco, na manhã desta quarta-feira (14), para cobrar esclarecimentos sobre denúncias que os sindicatos dos bancários de todo o Brasil têm recebido de investigações em movimentações financeiras dos funcionários.

O Bradesco explicou que são duas situações diferentes. As normas do banco proíbem que o funcionário pague um boleto próprio, com a conta de um terceiro, mesmo que seja parente, sem o documento de autorização assinado pelo terceiro para o funcionário movimentar sua conta.

A segunda situação é sobre o pedido de esclarecimento quando um boleto no nome do funcionário é pago por um terceiro. Neste caso, o banco admitiu que a comunicação dos gestores na hora de pedir o esclarecimento pode estar sendo feito de forma equivocada. Por isso, o Bradesco assumiu o compromisso de reorientar os gestores na explicação.

“Nós precisamos ficar de olho neste tipo de monitoramento do CPF dos funcionários. Isso não pode ultrapassar os limites. A própria LGPD protege os dados de todo brasileiro. Temos que tomar cuidado com qualquer tipo de invasão de privacidade”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco.

Na reunião, também foi abordado o código de ética para os funcionários operarem na bolsa. O banco reforçou que o Day Trade é proibido e pode ser punido com demissão. “Apesar de termos recebido denuncias de bancários que foram pressionados por seus gestores de concentrar seus investimentos na Ágora, o banco negou essa orientação. Caso alguém passe por esta situação, procure o seu sindicato”, orientou Erica de Oliveira, integrante da COE Bradesco.

Fonte: Contraf-CUT

 

 
 
 
 

 

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense obteve mais uma vitória: outro bancário do Banco Itaú foi reintegrado, nesta última terça-feira, 13 de julho. 

Através de decisão da 2a Vara do Trabalho de Nova Iguaçu, o bancário teve suas funções restituídas, reparando mais uma injustiça cometida pelos grandes bancos.

Wallas foi admitido pelo Itaú em janeiro de 1997, sendo demitido em abril de 2009. Após a demissão, o bancário procurou os Departamentos Jurídico e de Saúde do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, buscando anular sua dispensa.

Após uma longa batalha judicial e sempre acreditando no trabalho do Sindicato, a decisão favorável foi alcançada, sendo reintegrado e tendo a sua dispensa anulada. A reintegração foi acompanhada pelo Coordenador Geral do Sindicato, Pedro Batista, e pela Diretora de Formação, Renata Soeiro. 

É de fundamental importância que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem atendimento no Sindicato.

IMPORTANTE

Em caso de demissão, a orientação é para que o bancário ou bancária entre em contato imediatamente com o Sindicato.

SINDICALIZE-SE

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e o Grupo de Trabalho (GT) Saúde Caixa lançam, na noite desta terça-feira (13), um abaixo-assinado para os empregados e usuários do plano de assistência à saúde expressarem apoio à manutenção de um modelo de custeio economicamente sustentável e financeiramente viável para o Saúde Caixa.

Para participar do abaixo-assinado, clique aqui.

Desde 2017, o Saúde Caixa, concebido com a ideia de custeio de 70% da empresa e 30% do empregado, vem sofrendo ataques, como mudanças no Estatuto da Caixa para limitar o investimento em saúde, tentativas de impor a resoluções como a 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), entre outras ações dos governos para enfraquecer os planos de autogestão das estatais. Recentemente, representantes da Caixa informaram, em reunião do GT, que a gestão Pedro Guimarães pretende aplicar a Resolução 23 da CGPAR nas propostas de modelos de custeio do plano. Na prática, significa que 50% dos custos assistenciais e administrativos serão financiados pela empresa e os outros 50%, pelos empregados, alterando o formato atual de 70%/30%.

“Entendemos que as limitações para o custeio do plano pela empresa, em especial a prevista pela resolução 23 da CGPAR, comprometem a manutenção de um modelo de custeio que seja acessível a todos os empregados, como ocorre atualmente”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE da Caixa e do GT Saúde Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Projeções realizadas na última negociação coletiva, de 2020, indicam que a aplicação deste limitador irá elevar as mensalidades dos usuários a níveis que seriam impraticáveis para milhares de empregados da ativa e aposentados, tirando-lhes a assistência de um plano de saúde ainda mais neste momento sanitário delicado pelo qual atravessa nosso país.

“Em momentos recentes da história de nossa empresa, os empregados e a direção negociaram direitos que estavam em patamares superiores aos previstos por resoluções do governo. O próprio Saúde Caixa é um exemplo deste fato, já que nasceu, em 2004, suplantando as limitações de custeio previstas à época, que eram similares às previstas pela CGPAR 23. Assim, defendemos que a direção da empresa de fato valorize seus empregados e não aplique a resolução 23 da CGPAR, instrumento este que não possui força de lei”, completou Leonardo Quadros, membro do GT e presidente da Apcef/SP.

O abaixo-assinado é apoiado pela Contraf-CUT, pela Federação Nacional das Associações da Caixa Econômica Federal (Fenae), pela Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa (Fenag), pela Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa Econômica Federal (Fenacef), pela Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa (Aneac), pela Associação dos Advogados da Caixa Econômica Federal (Advocef) e pela Social Caixa.

Deputados aprovam PDC 956

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (13) o Projeto de Decreto Legislativo 956/18, da deputada Erika Kokay (PT-DF), que suspende os efeitos da Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR). Foram 365 votas favoráveis e 39 contrários. O texto aprovado segue para o Senado.

“A aprovação foi muito importante para os trabalhadores. Agora, a pressão é sobre o Senado. Vamos nos mobilizar para conseguir a aprovação também pelos senadores”, afirmou o secretário de Relações de Trabalho e responsável da Contraf-CUT pelo acompanhamento da tramitação dos projetos de interesses da categoria no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão.

Fonte: Contraf-CUT

Mais uma bancária do Banco Bradesco foi reintegrada pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, nesta terça-feira, 13 de julho. 

Jandira Leal Salazar, através de decisão da 2a Vara do Trabalho de Nova Iguaçu, teve suas funções restituídas, reparando a injustiça cometida pelo banco.

É mais uma reintegração que mostra o trabalho sério e competente que os Departamentos Jurídico e de Saúde do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense vem fazendo.

A bancária foi mais uma trabalhadora demitida em plena pandemia do novo coronavírus e que contraria um compromisso firmado pelos grandes bancos com a categoria bancária de não demitir durante a pandemia. 

É de fundamental importância que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem atendimento no Sindicato.

O contato imediato, após o desligamento, é fundamental para que as reintegrações tenham sucesso e ocorram com rapidez.

IMPORTANTE

Em caso de demissão, a orientação é para que o bancário ou bancária entre em contato imediatamente com o Sindicato.

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