Abril 30, 2025
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Bernardino Ramazzini, médico italiano considerado o pioneiro dos estudos de Saúde do Trabalhador, já no início século XVIII identificou o que chamou de “doença dos escrivães”.

De lá para cá, em diversos momentos da história, há registros de patologias relacionadas ao trabalho nas mais variadas atividades profissionais, cujos sintomas são afecções do sistema músculo esquelético e as causas, entre outras, movimentos repetitivos, posturas inadequadas, sobre esforço de grupos de músculos em razão de levantamento de peso e outras tarefas, todas ligadas às características dos postos de trabalho e das atividades realizadas pelos trabalhadores.

No Brasil, a partir de meados dos anos 1980, o problema começa a ser discutido principalmente pelos trabalhadores em processamento de dados, tendo sido reconhecido pelo Ministério da Previdência Social, após grande mobilização dos sindicatos em todo o País, como doença do trabalho e denominado num primeiro momento como tenossinovite do digitador.

Rapidamente, porém, começou-se a observar que essas patologias não atingiam somente pessoas que trabalhavam exclusivamente em atividades com computadores. Praticamente todos os segmentos de trabalhadores estavam expostos a esse tipo de risco. Bancários, metalúrgicos, costureiros, trabalhadores em frigoríficos, químicos, são apenas alguns exemplos. 

Em 1993 foi editada uma nova norma que considerava que as lesões por esforços repetitivos – LER, como passou a ser chamada, era um conjunto de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho que poderia acometer pessoas das mais diversas atividades profissionais.

Durante os anos 1990, a ocorrência dessas doenças se generalizou e os sindicatos de modo geral tiveram papel importante na conscientização e mobilização dos trabalhadores, fazendo com que o problema ganhasse visibilidade. Com isso, estabeleceram-se processos de negociação bastante frutíferos.

Ocorre que, inicialmente, acreditava-se que a simples melhora física nos ambientes de trabalho – com a substituição de mobiliários e equipamentos por outros ergonomicamente mais adequados – seria a solução. E, por pressão dos trabalhadores, muitas empresas acabaram investindo nessa substituição. O que, obviamente, foi importante, porém, logo se percebeu que o problema persistia.

Hoje sabe-se que, para muito além das condições físicas dos ambientes, as LER/DORT (lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho), como são conhecidas atualmente, têm muito a ver com a forma como o trabalho é organizado e, nesse sentido, as “modernas” modalidades de gestão implantadas principalmente a partir dos anos 1990 estão diretamente relacionadas a esse tipo de adoecimento.

A denominada reengenharia, que provocou uma grande redução de postos de trabalho; a exigência crescente de aumento da produtividade com o estabelecimento de metas inatingíveis; as pressões generalizadas com ameaças de demissões; o estímulo desenfreado da concorrência entre colegas, entre outros fatores, transformou os ambientes de trabalho em locais absolutamente insalubres e penosos, em decorrência do aumento da carga e do stress constante.

Essa realidade, ao mesmo tempo em que compromete a saúde mental dos trabalhadores, afeta-os fisicamente, pois força-os a trabalhar sob grande tensão e muito além dos limites humanos, fazendo com que a incidência das LER/DORT ganhe contornos de epidemia. As estatísticas do Ministério da Previdência Social indicam que as doenças músculo esqueléticas são atualmente a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil.

Pretensas soluções como ginástica laboral e orientações sobre postura física correta, além de comprovadamente não atenuarem o problema, focam na individualização das causas e na culpabilização do trabalhador pelo seu próprio adoecimento. Ao contrário, a reversão desse gravíssimo quadro, bem como de toda e qualquer doença ou acidente do trabalho, passa pela compreensão de que as causas são multifatoriais e têm caráter coletivo, pois afetam, em maior ou menor grau, mas de forma similar, todos os trabalhadores de um mesmo ambiente.

28 de fevereiro foi instituído como o “Dia Mundial de Combate às LER/DORT”, importante momento para resgatarmos o debate a fim de desmistificar a falsa crença de que essas doenças estão superadas nos locais de trabalho do País e de todo o mundo – isso só interessa aos patrões – , alertando os trabalhadores de que é preciso permanecer vigilantes, denunciando sempre aos sindicatos as condições inadequadas e as pressões por produtividade, para que juntos possamos exigir das empresas melhoras nos ambientes e revisão dos processos de trabalho.

Junéia Martins Batista
Secretária Nacional de Saúde do Trabalhador da CUT



Fonte: CUT

Vagner Freitas
Presidente da CUT

 
Em um País onde a prioridade é conquistar o desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda igual ao crescimento, com menos spread e mais crédito, é escandalosa a festa de lucratividade dos bancos.

 
As altas margens de lucro – a rentabilidade dos bancos é de cerca de 20%, enquanto a dos demais setores da economia gira em torno de 10% -, aliadas às políticas de contenção de gastos, inclusive com pessoal, escancaram a desigualdade e a alta rotatividade, que prejudicam a sociedade, em especial os trabalhadores bancários.

 
Estudo do Dieese sobre os balanços e as demissões no Itaú, Bradesco e Santander, em 2013, comprova que o sistema financeiro nacional (SFN) não está, efetivamente, voltado ao desenvolvimento do país e aos interesses da coletividade, como determina o Artigo 192 da Constituição, no capítulo desempenho da função social das instituições financeiras.

 
No ano passado, o lucro líquido do Itaú foi de R$ 15,8 bilhões – o banco demitiu 2.734; o Bradesco lucrou R$ 12,2 bilhões e fechou 2.896 vagas. Já o Santander Brasil, que gerou lucro de R$ 5,7 bilhões (23% do resultado mundial do banco espanhol), eliminou 4.371 postos de trabalho. Isso, no mesmo ano em que a economia brasileira gerou 1,1 milhão de novos postos de trabalho formal.

 
Outras características do SFN que afetam toda a sociedade brasileira são a escassez de crédito, os juros altos e as tarifas bancárias. As tarifas foram “inventadas” pelo governo Fernando Henrique Cardoso pós Plano Cruzado como uma espécie de compensação aos bancos pela perda das receitas inflacionárias (overnight). Em 2012, os 6 maiores bancos brasileiros arrecadaram R$ 85 bilhões com essas tarifas. As taxas de juros de cartão de crédito, cheque especial e empréstimo pessoal são outro tormento para a classe trabalhadora e para toda a sociedade. O Santander, por exemplo, chega a cobrar 900% de juros ao ano do cartão de crédito.

 
Apesar de tudo isso, alguns analistas econômicos ligados ao mercado financeiro criticam o aumento real dos salários dos trabalhadores e a expansão do emprego. Segundo a teoria desses analistas, o Brasil só vai retomar o ciclo de crescimento se reduzir a demanda e, assim, afastar o risco inflacionário. Para isso, o remédio seria arrocho salarial e desemprego. O contrário do que o Brasil vem fazendo desde 2008, quando explodiu a crise financeira internacional, com sucesso.

 
Por causa dessas teorias, a categoria bancária enfrenta uma verdadeira guerra durante as campanhas salariais anuais. Em 2013, foram 20 dias de greve, muita mobilização, pressão e negociação até chegar a um aumento real de 2%, índice que consideramos uma vitória, especialmente se levarmos em consideração os contra-argumentos patronais que, vemos agora, tinham um único objetivo: aumentar ainda mais o lucro que vai para os seus bolsos.

 
A nossa luta por um país com desenvolvimento sustentável, distribuição de renda e justiça social só avançará de fato quando alterarmos as perversas características do SFN. O alto lucro, as altas taxas de juros e de spread – um dos mais altos do mundo -, baixa participação do crédito na economia e no financiamento ao desenvolvimento econômico, no fomento ao setor produtivo ou na geração de emprego e renda.

 
Neste sentido, a CUT e a Contraf lutam pela regulamentação do Sistema Financeiro. Queremos que o SFN seja controlado democraticamente pela sociedade, ofereça mais crédito, tenha maior liquidez, direcionada para a produção e o consumo, com geração de emprego e renda.

 
Um governo democrático-popular não pode permitir bancos com tamanha lucratividade, especialmente quando sabemos da paralisia da indústria. É como se estivéssemos adubando um campo fértil apenas para a lucratividade, sem levar em conta que esta é uma atividade parasitária.

A Polícia Federal (PF) confirmou a realização da 100ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos da Segurança Privada (CCASP para o próximo dia 12 de março, às 9h, em Brasília. Estarão em julgamento processos movidos contra bancos, empresas de vigilância e transporte de valores, e centros de formação de vigilantes, em razão do descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e das portarias da PF.

 
Essa será a primeira reunião em 2014. A CCASP é um fórum que conta com a participação do governo, bancários, representados pela Contraf-CUT, vigilantes e entidades patronais, como a Febraban.

 
Os processos contra bancos são abertos pelas delegacias estaduais da Polícia Federal (Delesp) a partir da fiscalização anual do plano de segurança dos estabelecimentos e das denúncias de irregularidades que podem ser também encaminhadas pelas entidades sindicais.

 
> Clique aqui para ver os endereços da Polícia Federal em todo país.

 
“Orientamos novamente os sindicatos e as federações a verificar se a legislação federal de segurança está sendo cumprida nas agências e postos de atendimento bancário. Caso negativo, as entidades devem encaminhar denúncias por escrito para a Delesp mais próxima, pedindo fiscalização para que as normas de segurança sejam respeitadas, como forma de proteger a vida de trabalhadores e clientes”, reitera o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

 
Reunião do Coletivo Nacional

 
A Contraf-CUT realiza uma reunião do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, no dia 11 de março, às 9h, no espaço da Confederação, nas dependências do Sindicato dos Bancários de Brasília.

 
O objetivo é analisar os processos que estarão em pauta na 100ª reunião da CCASP e discutir outros assuntos de segurança bancária.

 
Fonte: Contraf-CUT

O Santander divulgou nesta sexta-feira (14) para a Contraf-CUT os valores da segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS), que serão antecipados na folha de pagamento da próxima quinta-feira (20). Também serão depositados os valores dos programas de remuneração variável referentes ao segundo semestre de 2013.

O Citibank já pagou a PLR no dia 3 de fevereiro e o Bradesco fez o depósito no dia 7. O Itaú anunciou que fará o pagamento no dia 27. Pela Convenção Coletiva, os bancos têm prazo para pagar a PLR até 3 de março.

PLR

A distribuição da regra básica da PLR prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) ficou abaixo de 5% do lucro líquido de R$ 5,7 bilhões, alcançado pelo banco espanhol em 2013.

Segundo informações do Santander, os funcionários terão uma majoração de 12,75%. Desta forma, os trabalhadores que ganham até R$ 2.500 ganharão 1,97 salário de PLR; entre R$ 2.501 e R$ 5 mil receberão 1,78 salário; de R$ 5.001 a R$ 8 mil terão 1,4 salário, e acima de R$ 8.001 perceberão menos de 1,4 salário. O teto de pagamento da regra básica será de R$ 10.246,10.

Desses valores da regra básica, será deduzida a antecipação da primeira parte da regra básica da PLR, paga no ano passado, e que correspondeu a 54% do salário mais R$ 1.016.

Os empregados também receberão o crédito da parcela adicional da PLR, que será de 2.534. No entanto, haverá o desconto do adiantamento de R$ 1.354, feito em 2013.

PPRS 

Além da regra básica e da parcela adicional da PLR, ocorrerá o crédito do PPRS, previsto em acordo aditivo do Santander com as entidades sindicais, assinado em 2012. O PPRS será de R$ 1.720, que representa o reajuste de 7,5% da Campanha Nacional de 2012 sobre o valor pago de R$ 1.600 em 2013.

No PPRS não haverá desconto da PLR dos bancários, como ocorre em outros bancos. O valor somente será compensado com os programas de remuneração variável, cujo pagamento também ocorre no dia 20.

Por exemplo, caso o funcionário tenha direito a receber R$ 3 mil de renda variável, ele não terá o crédito do PPRS de R$ 1.720, pois esse valor é inferior. No entanto, se o valor da remuneração variável for de R$ 1.500, ele receberá R$ 220 de PPRS, completando R$ 1.720.

Os bancários têm direito à isenção de imposto de renda para quem recebe até R$ 6.270 de PLR. Os valores maiores terão alíquotas menores.

Mudança de gestão

“Mais uma vez, o Santander pagará PLR abaixo do teto previsto na convenção coletiva. Isso não é culpa dos funcionários, que trabalham com muito empenho e dedicação. O problema é a gestão equivocada do banco, que demite, corta empregos, pratica alta rotatividade e assédio moral, e não garante condições adequadas de trabalho para melhorar o atendimento aos clientes”, afirma o secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

“Cobramos mudança na gestão do banco, com o fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas e do assédio moral, e melhores condições de saúde, segurança e trabalho”, conclui o dirigente sindical.

Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reúnem nesta terça-feira, dia 3 de março, às 15h, com a Fenaban, em São Paulo, para retomar a mesa temática de Igualdade de Oportunidades. Essa será a primeira reunião do ano e a Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) fará um balanço sobre as demandas da categoria.

Para a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Andrea Vasconcelos, a Fenaban continua deixando a temática de igualdade de oportunidades para um segundo plano e não trata o assunto como prioridade na mesa de negociação.

“Os bancos não apresentam planos de ação nesta área e não demonstram esforço em corrigir distorções históricas, como a disparidade salarial entre homens e mulheres. O plano de cargos e salários, quando existe nos privados, não tem transparência, algo que precisa mudar com urgência” critica Andrea.

Reunião da CGROS

Antes da mesa temática, a Contraf-CUT realiza nesta segunda-feira, dia 2 de março, às 14h, uma reunião da CGROS, na sede da Confederação, na capital paulista, para preparar os debates com a Fenaban. 

“A Contraf-CUT está finalizando o mandato de 2012/2015 e também vamos fazer uma avaliação da CGROS neste período. São muitos pontos positivos, como a realização do II Censo da Diversidade, mas precisamos fortalecer e sensibilizar a discussão sobre igualdade entre os próprios bancários, para avançarmos ainda mais”, finaliza Andrea.


Fonte: Contraf-CUT

Terra

O papa Francisco afirmou nesta sexta-feira que pagar salários sonegando impostos é um “pecado gravíssimo” e que os cristãos que fazem isso, mas depois dão donativos à Igreja, estão utilizando “Deus para encobrir a injustiça”.

Francisco convidou os presentes na missa matutina realizada na capela da Casa de Santa Marta a se perguntar como é a relação de cada um com seus funcionários e criticou os que lhes pagam burlando os impostos correspondentes.

“Não doe para a Igreja para suportar as injustiças que comete com seus empregados. Este é um pecado gravíssimo: É utilizar Deus para encobrir a injustiça”, afirmou.

Durante seu discurso, o bispo de Roma pediu aos presentes na missa que reflitam no período de Quaresma para ver se na relação com seus trabalhadores estão incluídas “contribuições para sua previdência” e “para assegurar sua saúde” e se são generosos e justos com eles.

“Não é um bom cristão aquele que não faz justiça com as pessoas que dependem dele, como também não é bom cristão aquele que não se desprende das coisas que necessita para dar ao outro que tenha necessidade”, declarou. 

“Não é não comer carne nas sextas-feiras, não fazer diversas coisas, e depois fomentar o egoísmo, a exploração do próximo, a ignorância dos pobres”, acrescentou em alusão a esse preceito da Igreja sobre a abstinência.

O pontífice argentino também propôs que os fiéis se questionem se ajudam diariamente os mais necessitados como crianças e idosos.

“Que coisa posso fazer pelas crianças, pelos idosos que não têm a possibilidade de serem visitados por um médico?”, perguntou.

O máximo representante da Igreja Católica concluiu sua alocução pedindo que rezem por aqueles que estão nas prisões para que “o Senhor lhes ajude a mudar sua vida”. 

Fonte: Terra

Pesquisa nacional aponta que 66 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos em 2014, uma média de 5,5 vítimas fatais por mês, o que representa aumento de 1,5% em relação a 2013, quando foram registradas 65 mortes. O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa e com apoio técnico do Dieese.

O lançamento da pesquisa ocorreu na tarde desta terça-feira (24), durante entrevista coletiva à imprensa na sede da CNTV, em Brasília, com a presença do presidente da CNTV, José Boaventura, do secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, do diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Raimundo Dantas, e do presidente da Federação dos Vigilantes do DF, RJ e GO, Moisés Alves da Consolação, e da diretora do Sindicato dos Vigilantes do DF, Sebastiana Santana.

> Clique aqui para ver os gráficos e tabelas da pesquisa.

São Paulo (20), Rio de Janeiro (8), Goiás (5), Minas Gerais (4), Paraná (4) e Pernambuco (4) foram os estados com o maior número de mortes. 

As principais ocorrências (48,5%) foram o crime de “saidinha de banco”, que provocou 32 mortes; o assalto a correspondentes bancários (24,2%), que matou 16 pessoas; o transporte de valores (13,6%, que vitimou 9 pessoas, e o assalto a agências (10,6%), que tirou a vida de 7 pessoas. Houve também 2 mortes em ataques a caixas eletrônicos.

Novamente, as principais vítimas (54,5%) foram os clientes (36), seguidas de vigilantes (10) e policiais (8). As demais mortes são de transeuntes, donos ou empregados de correspondentes bancários e vítimas de balas perdidas em tiroteios entre assaltantes de bancos e policiais. 

A pesquisa também revela a faixa etária das vítimas, quase sempre identificada nas notícias da imprensa. As idades entre 31 a 40 anos e acima de 60 anos foram as mais visadas, com 14 mortes cada (21,2%), seguida pela idade de 41 a 50 anos, com 13 mortes (19,7%), e a idade até 30 anos, com 9 mortes (13,6%).

Já o gênero das vítimas continua sendo liderado pelos homens (57), o que representa 86% dos casos. Também foram assassinadas 9 mulheres (14%).

Falta de investimentos dos bancos e tentativa de transferir responsabilidades

Para a Contraf-CUT e a CNTV, essas mortes comprovam outra vez a carência de investimentos dos bancos para melhorar a segurança dos estabelecimentos e garantir um atendimento seguro para os clientes e a população. 

Em vez de fazer a sua parte, os bancos vivem empurrando a responsabilidade pela segurança para os clientes e o Estado, apesar da atividade de risco que exercem e dos seus lucros abundantes.

Segundo dados apurados pelo Dieese com base nos balanços publicados, os cinco maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander) apresentaram lucros de R$ 60,3 bilhões em 2014. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,7 bilhões, o que representa média de 6,1% em comparação com os lucros auferidos. 

Como se não bastasse essa escassez de investimentos em segurança, os bancos vivem descumprindo a lei federal nº 7.102/83, que tem mais de 30 anos e se encontra defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade. No ano passado, a Polícia Federal aplicou multas contra 21 bancos, no total de R$ 19 milhões, durante as reuniões da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP).

Avaliação dos bancários e vigilantes

“Sai ano, entra ano e pessoas são mortas em assaltos envolvendo bancos, mostrando o enorme descaso e a falta de investimentos na prevenção de assaltos e sequestros e na proteção da vida de trabalhadores e clientes”, afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. 

“O pior é que nenhuma força-tarefa é adotada pelos bancos para acabar com essas tragédias. Eles preferem gastar bilhões de reais em marketing e meios eletrônicos de pagamento a investir em equipamentos de prevenção e outros procedimentos seguros”, completa. “Os bancos fazem a gestão do lucro e por isso encaram a segurança como custo que pode ser reduzido para turbinar ainda mais os seus ganhos”.

“Essas mortes também revelam a fragilidade da segurança pública, pois faltam mais policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência para combater ações criminosas”, salienta Cordeiro.

Para o presidente da CNTV, José Boaventura Santos, “todos esses assassinatos são muito preocupantes e reforçam a necessidade de atualizar a lei federal nº 7.102/83″.

“O projeto de estatuto de segurança privada, que está em construção no Ministério da Justiça, precisa ser retomado, buscando incluir equipamentos e medidas eficientes para proteger a vida das pessoas, eliminar riscos e oferecer segurança para trabalhadores e clientes”, defende.

“Além das mortes, essa violência ainda deixa inúmeros feridos e traumatizados pelo Brasil afora, acabando com os sonhos e as esperanças de muita gente”, salienta Boaventura.

Perigo da saidinha de banco

A Contraf-CUT e a CNTV defendem ações preventivas para enfrentar a “saidinha de banco”, que é o crime que mais está matando em assaltos envolvendo bancos. “Esse crime começa dentro dos bancos e, para combatê-lo, é preciso evitar a ação de olheiros na hora do saque de clientes”, explica Cordeiro. “Os bancos não podem tratá-lo como problema de segurança pública e fugir das suas responsabilidades”.

“Defendemos a instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas, e de divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos, visando garantir privacidade nos saques”, ressalta o presidente da Contraf-CUT. 

“A instalação de biombos já virou lei em vários municípios, como João Pessoa, Belo Horizonte, Recife, Curitiba, Fortaleza e Belém, entre outros, reduzindo drasticamente a saidinha de banco”, aponta Boaventura. 

“O biombo foi uma das medidas testadas e aprovadas no projeto-piloto de segurança bancária, realizado em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Essa medida precisa ser estendida para todo país, a fim de combater a saidinha de banco”, propõe Cordeiro.

Outra medida defendida por bancários e vigilantes é a isenção de tarifas de transferência de recursos (DOC, TED), como forma de reduzir a circulação de dinheiro na praça. “Muitos clientes sacam valores elevados para não pagar as altas tarifas dos bancos e viram alvos de assaltantes ousados e armados”, alerta o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

“Proibir o uso do celular nos bancos é uma medida ingênua, ineficaz e inócua, pois não impede a visualização dos saques”, alerta. “É uma tentativa de responsabilizar o cliente pela falta de segurança no atendimento dos bancos”, completa Ademir.

Insegurança nos correspondentes bancários

A disparada das mortes em assaltos a correspondentes bancários (lotéricas, banco postal, lojas e outros estabelecimentos) não surpreende a Contraf-CUT e a CNTV. “Os bancos estão elitizando os serviços e empurrando cada vez os clientes de baixa renda para esses estabelecimentos, onde a segurança é mínima, quando existe, precarizando o atendimento, aumentando o risco e expondo perigosamente a vida das pessoas”, ressalta Boaventura.

“Queremos igualdade de atendimento para toda a população, com agências e postos de serviços, onde têm bancários e vigilantes, além de equipamentos de prevenção, possibilitando um atendimento com qualidade e segurança para clientes e usuários, e protegendo o sigilo bancário e, acima de tudo, a vida das pessoas”, enfatiza Cordeiro.

Alto risco no transporte de valores

A pesquisa revela também o aumento das mortes em operações de depósitos e transporte de valores com ou sem carro-forte. 

“Os bancos têm que estabelecer procedimentos mais seguros para o transporte e o abastecimento de numerário das agências, postos e caixas eletrônicos, bem como definir medidas eficazes para proteger os clientes que efetuam depósitos em dinheiro e sacam quantias maiores”, ressalta Boaventura.

A vida em primeiro lugar

Vigilantes e bancários reforçam outras soluções de segurança que já salvaram muitas vidas em todo país. “É fundamental a colocação de portas de segurança com detectores de metais antes do autoatendimento, câmeras internas e externas com boa resolução de imagens e monitoramento em tempo real, escudos com assento para vigilantes e vidros blindados nas fachadas, dentre outras medidas”, frisa Boaventura.

“Os bancos e as autoridades de segurança pública têm que tomar providências para evitar novas tragédias, que acabam com o futuro de inúmeras famílias em todo país”, alerta Cordeiro. “O atendimento bancário é atividade de risco. Os bancos têm que assumir a sua responsabilidade para proteger a vida das pessoas”, salienta Cordeiro. “A vida tem que ser colocada em primeiro lugar”, conclui.


Fonte: Contraf-CUT com CNTV e Dieese

O Banco do Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 15,758 bilhões em 2013, com alta de 29,1% em relação a 2012, rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio de 22,9% e R$1,3 trilhão em ativos, superando o Itaú e conquistando o melhor resultado da história do sistema financeiro nacional. No entanto, mesmo abrindo 88 novas agências, fechou 1.966 postos de trabalho no ano passado.

O desempenho do lucro contábil inclui resultados não recorrentes ou extraordinários, a exemplo dos ganhos de R$ 9,82 bilhões com a venda de ações do BB Seguridade.

O BB registrou 112.216 funcionários em 31 de dezembro de 2013, com o desligamento de 1.966 trabalhadores (uma redução de 1,72% em doze meses), seguindo a tendência dos bancos privados. Apesar da queda no emprego, foram abertas 88 novas agências bancárias em 2013, que totalizaram 5.450 unidades.

“Quando nós trabalhadores olhamos o lucro de um banco público, não é somente o resultado financeiro que temos que nos atentar, mas sim a forma como esse resultado foi atingido e se ele foi Bom PraTodos. É inaceitável que um banco público atinja esse resultado às custas da redução de empregos e da precarização das relações de trabalho”, critica William Mendes, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e secretário de Formação da Contraf-CUT.

“No acordo coletivo de trabalho de 2013, o BB se comprometeu a contratar três mil funcionários até agosto deste ano. Vamos exigir o cumprimento desse compromisso”, alerta William.

O coordenador da Comissão de Empresa observa sobre o balanço que o banco foi importante no financiamento imobiliário e no agronegócio, “mas ainda está longe do ideal quando se fala da agricultura familiar, pois R$ 8 bilhões é muito pouco pela importância desse setor, que é responsável pela alimentação do povo brasileiro”.

“Outro fator que chama a atenção – acrescenta William – é o banco pôr em risco, a todo instante, anos e anos de especialização de nossos trabalhadores e know how nas áreas de cadastro, crédito e cobrança, bem como na prospecção e gerenciamento de oferta de crédito adequado a cada cliente e empresa brasileira. A direção do banco segue com seus projetos absurdos de terceirização e precarização dos direitos e do atendimento à sociedade. Em 2013 o banco aumentou a terceirização na área de recuperação de crédito. Agora a direção está terceirizando o importante trabalho de microcrédito. Temos que barrar esta decisão porque isso não é Bom Pra Todos.”

Expansão da carteira de crédito 

Os ativos do BB em 2013 totalizaram R$ 1,3 trilhão, com alta de 13,5% em relação a 2012, decorrente da expansão da carteira de crédito. Com esse resultado, o BB manteve a liderança em ativos entre as empresas do setor financeiro da América Latina. A carteira de crédito ampliada, que inclui Títulos e Valores Mobiliários (TVM) privados e garantias prestadas, atingiu R$ 692,9 bilhões, com alta de 19,3% no ano.

Os destaques foram o financiamento imobiliário, crédito ao agronegócio e às empresas, que tiveram, respectivamente, crescimento anual de 87,2%, 34,5% e 19,5%. O BB detém a maior participação no crédito do sistema financeiro nacional, ao atingir 21,1% de participação de mercado.

O índice de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) representou 1,98% da carteira de crédito no ano, índice menor do que a média do sistema financeiro, que foi de 3,0% no período. Apesar da trajetória de queda da inadimplência, as despesas com provisões de crédito totalizaram R$ 15,6 bilhões, com alta de 6,5% no ano.

As receitas de serviços e tarifas totalizaram R$ 23,3 bilhões, com alta de 10,6%, enquanto as despesas de pessoal foram de R$ 17,1 bilhões (crescimento de 8,5% no período), o que resultou num índice de cobertura de 136,07% no ano.

Veja aqui análise do balanço realizada pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

G1
Simone Cunha 

 
As reclamações de clientes contra os bancos feitas ao Banco Central cresceram 97,4% de 2012 para 2013, segundo levantamento feito pelo G1 com base nos dados do próprio BC. Os dados levam em conta só as queixas contra instituições com mais de 100 milhões de clientes em que o órgão considerou haver descumprimento de regras do Conselho Monetário Nacional (CMN) ou do BC.

 
Foram 23.443 reclamações em 2013, quase o dobro das 11.874 recebidas no ano anterior. Os principais motivos de descontentamento se repetem todos os meses: débitos não autorizados (4.741 queixas no ano), prestação de conta salário de forma irregular (3.167) e cobrança irregular de serviços não contratados (2.864).

 
Sem resposta do banco em que tinha conta e do BC para ajudar a resolver o problema, a chefe de seção Tatiane Raupp de Sena, de 38 anos, teve de desistir de trocar de apartamento no ano passado. Ela quitou um financiamento pelo Minha Casa Minha Vida, na Caixa Econômica Federal, mas o banco não deu baixa no sistema, o que a impediu de financiar outro imóvel por parecer ter a renda comprometida.

 
“Queria trocar de imóvel e acabei continuando no mesmo em que estava. A gente estava com tudo programado, no novo tinha opção de terceiro quarto e já tinha falado com a construtora”, diz.
Após tentar resolver o problema com a Caixa, ela fez duas reclamações ao BC, que deu prazo de 9 dias para uma solução que nunca veio. “Queria que o BC fizesse com que a Caixa entrasse em contato comigo, já que não sabiam como tirar meu nome do sistema. Pelo BC, creio que fizeram a parte deles, mas a Caixa não deu retorno”, avalia.

 
O banco diz que não houve a quitação do financiamento, mas a transferência para o comprador do imóvel dela. Com isso, a “baixa” do financiamento de Tatiane teria sido a aprovação e efetivação do financiamento em nome do novo comprador.

 

 

Fiscalização

 

Considerando todas as reclamações recebidas em 2013 – incluindo aquelas em que o BC não viu infração – a alta foi de 76,3% em relação a 2012, para 152.650.O aumento das queixas, para o BC, tem relação com a inclusão financeira, maior número de clientes das instituições, a educação financeira e a complexidade de produtos bancários.

 
O BC também diz que a divulgação de suas ações na mídia e a criação da diretoria de relacionamento institucional e cidadania também teriam contribuído para mais pessoas reclamarem.

 
De acordo com o levantamento do G1, o número de clientes das instituições subiu 7,3% de 2012 para o ano passado – abaixo do crescimento de 97% nas reclamações. No Santander, banco em que as queixas mais cresceram, a alta foi de 329% nas reclamações e 0,4% no número de clientes.

 
O Banco Central, que fiscaliza os bancos do país, tem canais para receber reclamações dos clientes em relação às instituições e faz o meio de campo com elas para resolver os problemas.
“Não tem punição por descumprir normas”, diz a economista do Idec Ione Amorim, que defende uma fiscalização “mais enérgica até financeiramente” para haver melhoria dos serviços e atenção às normas.

 
O instituto vê a fraca vigilância – e não o maior número de clientes dos bancos – como o maior argumento para justificar a alta das queixas. “Talvez a questão seja mais fiscalização e urgência das instituições em reverter isso. O sistema de cobrança tem de ser aperfeiçoado, mas o mundo ideal é que as reclamações não sejam tão frequentes. Verificamos que há descumprimento por parte dessas instituições”, diz Ione.

 
Na avaliação da Proteste, falta transparência às informações sobre o setor e resposta do BC ao consumidor sobre as reclamações.
“Encontramos muitos casos em que o BC não consegue resolver e há reincidência das mesmas instituições, dos mesmos problemas. Queremos que a solução seja mais rápida para que as reclamações caiam, não sejam as mesmas nem aumentem em quantidade”, diz a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci.

 
Respostas às reclamações

 

O encarregado de contas a pagar Sérgio de Lima também ficou sem resposta à reclamação no BC e só conseguiu desbloquear seu cartão de crédito depois de quase dois meses e de tanto incomodar a equipe da agência do Itaú.

 
“Não ajudaram nada (no BC). Liguei para falar com a ouvidoria e disseram que tinha que aguardar para resolver com o banco, mas o que resolveu foi negociar”, diz ele, que já tinha feito outra reclamação ao BC anteriormente e recebido ajuda da instituição.

 
O Itaú afirma que a dificuldade do cliente não teve ligação com o desbloqueio da função crédito do cartão, mas da ativação da senha pessoal, “o que dependia de uma ação específica do cliente”.

 
O Banco Central diz dar “atenção especial” aos “assuntos mais graves e mais recorrentes” e que as demandas registradas são usadas no planejamento e na supervisão às instituições fiscalizadas. “As ações de supervisão de conduta podem resultar em medidas punitivas”, diz o BC, sem especificar que punições seriam possíveis e quais já foram aplicadas.

O governo federal decidiu não prorrogar a vigência do horário de verão neste ano, como havia sido cogitado na semana passada. Após reunião com a presidenta Dilma Rousseff, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira (11) que o governo avaliou que não vale a pena estender o horário diferenciado, que está em vigência para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Braga explicou que, com mais um mês de horário de verão, algumas localidades do país ficariam com um período da manhã mais escuro, acarretando mais consumo de energia. Ele disse também que a economia no final da tarde não seria tão expressiva, já que o pico de consumo tem se deslocado do final da tarde para o início da tarde.

“Do ponto de vista da energia, parte do Brasil ficaria pela parte da manhã no escuro, e nós teríamos, portanto, mais consumo de energia de manhã. Em que pese, na parte da tarde, podermos ter um ganho de energia que seria mais importante se a ponta de carga estivesse se confirmando, coisa que, graças a uma série de medidas, conseguimos atenuar e também porque estamos passando o período de fevereiro e o mês do verão”, explicou o ministro.

O horário de verão começou no dia 19 de outubro para os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e termina no dia 22 deste mês. O principal objetivo da medida é reduzir o consumo de energia no horário de pico, registrado a partir das 18h, aproveitando melhor a luminosidade natural.


Fonte: Agência Brasil