Dezembro 16, 2025
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​Para juíza, texto e autores da reforma trabalhista podem ser demonizados, mas sindicatos e Justiça do Trabalho precisam reconhecer suas responsabilidades

Na Primeira Mesa do 1º Seminário Jurídico Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a juíza do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, Valdete Souto Severo, contribui com as reflexões sobre as novas regras trazidas pela nova lei trabalhista no que diz respeito à flexibilização da jornada e dos salários dos trabalhadores.

Antes de a juíza iniciar sua exposição, o secretário Geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, destacou a importância de os sindicatos manterem a mobilização das bases, sem se esquecer da luta no campo jurídico. “Vamos às ruas, mas não podemos abrir mão da estratégia jurídica, que é um braço importante da luta em um cenário de retirada de direitos dos trabalhadores”, disse.

Para Valdete Souto Severo, o objetivo da nova lei trabalhista é, na verdade, impedir a atuação sindical, fragilizar a Justiça do Trabalho e atacar direitos sociais e trabalhistas. Da forma como foi aprovada, a nova lei trabalhista vai permitir que as empresas, ao serem cobradas pelos sindicatos e pela Justiça para que sejam cumpridas as leis, poderão dizer que a lei não vale para elas, pois o acordo que ela fez com seus funcionários a autoriza a descumprir tais leis. “Estamos em um momento no qual são indispensáveis a resistência e a necessidade de avanços em diversas questões com as quais não podemos compactuar. Não podemos aceitar, por exemplo, negociações que imponham perdas de direitos. Temos que lutar para que sejam garantidos os direitos presentes em nossa Constituição”, afirmou a magistrada.

O papel dos sindicatos
A juíza destacou a importância dos sindicatos neste processo. “Sindicato existe para defender os interesses da categoria que representa. Sindicato que não esteja fazendo isso não está cumprindo sua obrigação”, observou a juíza. Para ela, se existe um aspecto positivo na aprovação da reforma trabalhista, talvez seja justamente o fato de despertar os sindicatos para essa questão.

A juíza disse ainda que os sindicatos não podem esperar que a magistratura faça o enfrentamento da nova lei trabalhista. “Existem muitos juízes que são contra a nova lei, mas esse enfrentamento precisa ser feito pelos sindicatos. Se vocês não impedirem que as empresas implantem o trabalho intermitente, não esperem que que o magistrado o barre com decisões judiciais”, afirmou. “Se não houver enfrentamento agora, nem vocês não terão mais pelo que lutar”, completou a juíza.

Para ela, o texto e os autores da reforma podem ser demonizados, mas é preciso reconhecer a responsabilidade dos sindicatos e da Justiça do Trabalho sobre esse processo. “A maioria dos pontos que foram colocados no texto já estavam em discussão nas instâncias judiciais e não foram devidamente combatidas”, observou a juíza.

O DNA da reforma
Seria fácil enfrentar a reforma com argumentos jurídicos, segundo a juíza. Mas, para ela, não se trata de uma questão jurídica. “Essa reforma é resultado de um projeto no qual não existe espaço para questões sociais”, disse.

Para ela, nosso objetivo é fazer com que a classe trabalhadora entenda que é preciso enfrentar essa reforma e descobrir novas formas de manifestação que atinjam o sistema financeiro. “Temos que reinventar os sindicatos e as greves. Não dá para fecharmos as agências, mas o sistema continuar funcionando com as pessoas pagando suas contas pelos meios eletrônicos”, concluiu a magistrada.

O 1º Seminário Jurídico Nacional da Contraf-CUT segue na tarde desta quinta-feira (28) e continua na manhã e tarde desta sexta-feira.


Fonte: Contraf-CUT

Com auditório completamente tomado por dirigentes e assessores jurídicos de sindicatos de todo o país, Contraf-CUT dá início à atividade

Com o auditório completamente tomado por dirigentes sindicais e assessores jurídicos de sindicatos e federações de todo o país, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) abriu seu 1º Seminário Jurídico Nacional com o objetivo de organizar e potencializar a intervenção das assessorias jurídicas dos sindicatos de bancários, uniformizando teses sobre o enfrentamento junto ao judiciário trabalhista dos ataques aos direitos dos trabalhadores e assim minimizar os efeitos nefastos da nova legislação trabalhista, sem jamais abdicar de denunciá-la de forma contundente e lutar por sua revogação. As atividades seguem até amanhã (sexta-feira, 29).

“Esperamos conseguir, nestes dois dias, ampliar nossa reflexão sobre o tema para que a Contraf-CUT, suas federações e sindicatos filiados continuem sendo a vanguarda, tanto na atuação jurídica quanto política, da resistência contra essa reforma e contra toda tentativa de retirada de direitos dos trabalhadores e de precarização das condições de trabalho”, disse Mauri Sergio Martins de Souza, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, na abertura do seminário.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT ressaltou a importância do acordo de dois anos assinado pela categoria com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em 2016. O acordo garante os direitos estabelecidos em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários até 31 de agosto de 2018. “Teremos a oportunidade de observar como se darão as negociações das demais categorias neste ano. E temos nas negociações dos petroleiros com a Petrobras, um exemplo de que vão tentar, de toda e qualquer forma, retirar direitos dos trabalhadores”, disse, presidente da Contraf-CUT, durante a mesa de abertura do seminário.

Von der Osten lembrou ainda que na 19ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre 28 e 30 de julho, em São Paulo, a Contraf-CUT se adiantou neste processo de resistência contra a implementação da nova legislação trabalhista, que entra em vigor em novembro. “Elaboramos um termo de compromisso no qual pedimos que os bancos se comprometam a não implementarem os pontos da nova lei que tragamprejuízo aos trabalhadores. Já entregamos esse termo à Fenaban e a diversos bancos e vamos a entregá-lo a todos eles”, destacou o presidente da Contraf-CUT.

A Contraf-CUT disponibilizou em seu site na última quarta-feira (27) um material explicando o motivo pelo qual cada um dos 21 pontos foi incluído no termo de compromisso entregue à Fenaban. Na última reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, os representantes dos bancos disseram que o termo ainda não havia sido analisado pelas instituições financeiras.

Revogação da reforma
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) iniciou no dia 7 de setembro, durante as manifestações do Grito dos Excluídos, uma campanha pela revogação da reforma trabalhista. A intenção é coletar 1,3 milhão de assinaturas para dar entrada no Congresso Nacional com um Projeto de Lei de Iniciativa Popular de revogação da reforma.

“Nossa intenção é que os sindicatos vão até suas bases para esclarecer os trabalhadores e a sociedade como um todo sobre os danos desta reforma trabalhista e das demais propostas apresentadas pelo governo Temer. Além de revogar a reforma trabalhista queremos impedir a aprovação da reforma da previdência e, no ano que vem, mudar completamente a configuração deste Congresso Nacional, que hoje é composta por uma maioria que não defende os interesses dos trabalhadores”, disse Valeir Ertle, secretário de Assuntos Jurídicos da CUT Nacional.

Fonte: Contraf-CUT

Uma vitória histórica para os bancários foi obtida nesta quarta-feira (27/9). Por 43 votos a zero a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) derrubou o veto do governador Luiz Fernando Pezão ao projeto de lei 184/2015. Pelo PL – aprovado em 3 de novembro de 2016, mas vetado 25 dias depois – os bancários estão proibidos de portar a chave do cofre e da agência em que trabalham. A prática, uma imposição dos bancos, fazia com que os bancários e suas famílias ficassem sujeitos a sequestros.
Nas galerias da Alerj, diretores do Sindicato acompanharam a votação com faixas e cartazes, fazendo pressão direta sobre os parlamentares. A norma proíbe também os bancários de portarem numerário, o que deve ser feito por carro-forte de empresa de segurança. Os bancos terão 30 dias a partir da publicação da nova lei no Diário Oficial, para se adaptar às novas exigências.


Conquista da categoria
“A aprovação deste projeto, proposto pelo Sindicato e agora transformado em lei, com a derrubada do veto, é uma grande conquista da categoria, e mostra, que além da luta sindical, é importante também pressionar pela aprovação de leis no Parlamento’, afirmou a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, presente em uma das galerias da Alerj.
A dirigente lembrou que a proibição do porte das chaves e do numerário foi uma das questões que nunca obteve avanço na Mesa de Negociação sobre Segurança com a Fenaban, tendo o Sindicato, por isto mesmo, optado por encaminhar uma proposição à Alerj. “O objetivo do projeto foi o de preservar a segurança dos bancários e seus familiares. Os bancos, apesar dos altíssimos lucros, não se preocuparam em resolver este grave problema”, criticou. Para o diretor do Sindicato, Vinícius Assumpção, mais uma vez ficou demonstrado que quando a categoria luta junto com o Sindicato tem força para garantir grandes vitórias.
Minc comemora vitória
O deputado Carlos Minc (sem partido), autor do projeto juntamente com Paulo Ramos (PSOL-RJ), comemorou com a diretoria do Sindicato e demais bancários que acompanharam a votação. “Foi uma grande vitória da categoria. O Sindicato está de parabéns. A Febraban perdeu”, afirmou, referindo-se à derrota da Federação Brasileira dos Bancos, que não teve êxito em manter o veto apesar da pressão intensa que fez sobre os deputados.
Minc conversou com cada parlamentar da base governista, junto aos quais encontrou eco em suas argumentações favoráveis à derrubada do veto. Entre elas, o fato do PL não representar custo para o governo e de que os bancos têm dinheiro de sobra para investir na criação de um sistema de abertura dos cofres e agências à distância. O último deputado a concordar com Minc – e só o fez durante a votação – foi o líder do governo na Alerj, Edson Albertassi (PMDB-RJ). O parlamentar só mudou seu voto, passando a apoiar a derrubada do veto, ao perceber que era o único a manter esta posição.

A Contraf-CUT participou, nesta quarta-feira (27), do Encontro de Trabalhadores em Empresas Estatais, realizado pela CUT, em São Paulo. O objetivo é debater o risco que essas instituições correm de privatização. A atividade reuniu representantes de todas as categorias que se sentem ameaçadas por este processo.

Carlos de Souza, secretário-geral da Contraf-CUT e representante do Banco do Brasil e do BNDES, relatou que ficou claro como as ações são muito parecidas em busca de privatização. “O ataque é muito comum. É um processo de destruição das empresas por dentro, diminuindo o quadro de funcionários, com plano de incentivo à aposentadoria ou de demissão voluntária, e tentando deixar a empresa sem resistência no processo de privatização".

Além de Carlos de Souza, Gustavo Tabatinga Jr, secretário de Políticas Sindicais da Contraf-CUT, representou o Banco do Nordeste; Rosalina Amorim, secretária de Estudos Socioeconômicos, representou o Banco da Amazônia; Mauro Salles, secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, representando o Banrisul; Tatiana Oliveira, dirigente do Sindicato dos Bancários do Pará, representando o Banpará; e Dionísio Reis, coordenador do CEE/Caixa, representando da Caixa.

As categorias presentes relataram as ações que vem sendo realizadas para combater a privatização. Para Carlos de Souza, as atividades precisam ser unificadas. “O debate foi importante porque as ações são fundamentais, mas são localizadas em cada setor e a gente precisa ousar mais, precisa fazer agendas comuns, organizar um calendário que seja de todos. Na década de 1990, por exemplo, aconteceram algumas privatizações, mas dificultamos muito com grandes mobilizações a ponto de impedirem que outras privatizações avançassem.”

Antes de encerrar, o secretário-geral ainda salientou a necessidade de ampliar a resistência e dar combatividade cada vez maior a este processo. “Temos de ampliar isso para além da vanguarda dos dirigentes, ampliar isso nas categorias, no convencimento dos trabalhadores da necessidade de lutar para defender suas empresas, não só seus empregos. Além disso de dialogar com a sociedade, mostrar para a população o que está acontecendo e que ela sairá perdendo.”

Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT disponibiliza, a partir desta quarta-feira (27), um folheto sobre a importância dos bancos públicos para a sociedade brasileira. “Nós precisamos conscientizar a população que os bancos públicos são peças fundamentais no desenvolvimento do Brasil. Para isso, temos de ir além da porta dos bancos, temos de ir às rodoviárias, estações de trem e metrô, terminais de ônibus para informar aos brasileiros, os riscos que eles correm com essa política de enfraquecimento e privatizações de empresas estatais”, informou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

O material está disponível para download na seção de publicações do nosso site.

Fonte: Contraf-CUT

​Dieese preparou dois documentos com destaques sobre a Caixa, um específico sobre o balanço e outro sobre o impacto dos PDVs no quadro de emprego do banco

Com base nos dados do balanço do primeiro semestre de 2017, divulgado pela Caixa Econômica Federal na terça-feira (26), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) preparou dois documentos. Um sobre os resultados obtidos pelo banco no semestre e outro específico sobre os números dos Planos de Demissão Voluntárias (PDVs) lançados pelo banco nos últimos dois anos.

“São informações importantes que mostram que, com o governo Temer, a Caixa está mais preocupada em obter lucro do que garantir um atendimento de qualidade à população e condições de trabalho aos seus empregados. Em dois anos, houve uma redução de quase 12% no número de funcionários. Isso tem um impacto direto na sobrecarga de trabalho e no tempo de espera nas filas das agências”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Lucro do banco
A Caixa obteve um lucro líquido de R$ 4,1 bilhões no primeiro semestre de 2017, crescimento de 69,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o resultado, a lucratividade (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido – ROE) chegou a 9%. O crescimento do lucro nos últimos 12 meses foi influenciado principalmente pela elevação de 39,2% do resultado da intermediação financeira e de 12,5% nas receitas de prestação de serviços e rendas de tarifas bancárias.

De acordo com o Dieese, a queda da taxa Selic no período teve grande influência no aumento do lucro do banco, uma vez que, com a queda, houve a redução de 12,3% nas despesas com captação de recursos pela Caixa e de 3,3% das provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD), em função da queda da inadimplência.

As despesas de pessoal subiram 11,8% e atingiram R$ 11,7 bilhões, reflexo do Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE), realizado no 1º trimestre. A Caixa encerrou o primeiro semestre de 2017 com 90.201 empregados, uma redução de 5.486 postos de trabalho em relação a junho de 2016.

“O resultado financeiro e a importância social da Caixa reforçam que não se pode reduzir a quantidade de trabalhadores e de unidades. A presença em todo o país, atendendo a todos os brasileiros, é o grande diferencial da Caixa. Ela tem segurado a economia do país e poderia contribuir muito mais, se não estivesse sendo desmontada”, disse Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

Demissões voluntárias
Em dois anos a Caixa anunciou quatro Programas de Desligamentos Voluntários (PDVs). Desde então, a instituição apresenta seguidos saldos negativos de emprego, influenciando significativamente na queda do emprego bancário de todo o sistema financeiro do país.

De março de 2015 até agosto de 2017, foram fechados 11.726 postos de trabalho no banco, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o que representa mais de 11,6% do total de funcionários que a Caixa tinha em dezembro de 2014, de acordo com o relatório de administração do banco referente ao 4º trimestre daquele ano.

Motivos dos Desligamentos
Desde o lançamento do primeiro PDV, houve no total 13.070 desligamentos de empregados da Caixa. Deste total, 93% (12.153) foram a pedido do empregado e 5% decorrente de demissão por justa causa (646). Essa expressividade dos desligamentos a pedido é um indicador do efeito dos PDVs no resultado, tendo em vista que as adesões são feitas pelos próprios trabalhadores e, portanto, registradas como desligamento a pedido.

Tempo no emprego e faixa etária
Entre os 13.070 desligados, 88,1% (11.509) estavam no emprego há 10 anos ou mais, condizente com o perfil de funcionários indicado nos programas de desligamentos (pessoas aposentadas ou em vias de solicitar sua aposentadoria por tempo de serviço.

Os dados sobre a faixa etária dos empregados desligados na Caixa também são coerentes com esses resultados, uma vez que há uma concentração na faixa entre 50 a 64 anos, que responde pelo fechamento de 10.506 postos de trabalho. Os saldos são positivos (quando há mais contratações do que demissões) apenas para as faixas de idade até 29 anos, porém, concentrados na faixa entre 18 e 24 anos, faixa essa equivalente à de contratação de jovens aprendizes.

O Dieese preparou dois documentos sobre a Caixa, um específico sobre o balanço do segundo semestre de 2017 e um sobre o impacto dos PDVs no quadro de emprego da Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

Na próxima segunda-feira, dia 2, você tem compromisso marcado com o Brasil! Às 14 horas, o Clube de Engenharia, no Centro do Rio, estará recebendo o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional.

A Frente em Defesa da Soberania Nacional é uma entidade civil suprapartidária que defende o desenvolvimento da sociedade brasileira de forma justa, próspera, democrática e fraterna e considera a soberania um direito inalienável.

Presença dos parlamentares e dirigentes da frente: senadores Lindbergh Farias e Roberto Requião e deputados Celso Pansera, Glauber Braga, Jandira Feghali, Patrus Ananias e Wadih Damous.

Serviço:
Dia 02/10 às 14h
25º andar do Clube de Engenharia
Av. Rio Branco, 124 - Metrô Estação Carioca

Reunião teve como foco o debate de demandas como contencioso, equacionamento e democratização da gestão

A Contraf-CUT, representada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), e a Fenae entregaram oficialmente ao presidente da Funcef, Carlos Antonio Vieira, documento com resoluções do 33º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) que demandam soluções urgentes por parte da Fundação, a exemplo do contencioso e da paridade no plano de equacionamento do REG/Replan Não Saldado. Também, na ocasião, foi entregue documento específico sobre o Processo Eleitoral 2018, com proposta de formato que avance na democratização da gestão e no aperfeiçoamento dos mecanismos de todo esse processo.

No início da reunião, o coordenador do CEE/Caixa, Dionísio Reis, explicou que o 33º Conecef, realizado em São Paulo (SP), de 29 de junho a 2 de julho deste ano, é um fórum de debate e deliberação dos trabalhadores, que define estratégias de mobilização e aprova reivindicações da pauta de interesse dos empregados do banco. Ele salientou que a Funcef é alvo de grande preocupação por parte dos trabalhadores e questões como perda de representatividade, déficit, contencioso, equacionamento e falta de transparência e de democracia foram debatidos na edição deste ano do Conecef, notadamente por constituírem problemas enfrentados pelos participantes e assistidos.

Em relação à defesa da Funcef, especificamente, Fabiana Matheus, diretora de Saúde e Previdência da Fenae, disse que o momento requer transparência e seriedade na busca de soluções imediatas para as diversas pendências. Uma das questões levantadas diz respeito à metodologia de equacionamento prevista na regulamentação e seguida pela Fundação. “O modelo adotado não tem sido capaz de resolver o problema e ainda aprofunda o deficit.”

Segundo ela, esse risco foi apontado já em 2015, quando houve a implantação dessa regra. Explicou que foi diante dessa situação que as entidades representativas propuseram a realização de um plebiscito que ouvisse os participantes e trouxesse ideias para o debate, mas nada foi realizado até agora. E afirmou: “A metodologia precisa mudar. Nossa assessoria atuarial está se debruçando sobre o equacionamento e, na primeira quinzena de outubro, a Fenae e a Contraf/CUT pretendem apresentar uma proposta de equalização para ser avaliada pelos órgãos fiscalizadores do governo”. Considerou ainda essencial ter clareza de que não equacionar é a pior das opções, e não fazê-lo só agravará o desequilíbrio. Também foi cobrada uma posição da Funcef quanto à paridade no plano de equacionamento do REG/Replan Não Saldado.

Questionado sobre essas demandas, o presidente da Funcef garantiu que contencioso, equacionamento e democratização da gestão são temas relevantes, cabendo o assunto relativo às regras das eleições em 2018 à decisão do Conselho Deliberativo da Fundação. Ele afirmou, porém, que a grande maioria dessas demandas não depende exclusivamente da Funcef, mas sim de órgãos externos e de diretrizes legais.

Sobre o equacionamento, Carlos Vieira assegurou que coube à Funcef optar por realizá-lo pelo valor mínimo ou pelo máximo, com decisão pela primeira alternativa. Voltou a afirmar que o contencioso continua a ser objeto de discussões com a patrocinadora, dizendo ter chegado a hora de caminhar na busca de uma solução para esse problema. A esse respeito, Fabiana Matheus disse esperar uma solução que atenda às demandas dos planos de benefícios da Funcef (REG/Replan Saldado e Não Saldado), resguardando assim os direitos dos trabalhadores, frequentemente desrespeitados pela Caixa. Foram feitos ainda questionamentos sobre as ações tomadas pela Fundação para exigir da Caixa os aportes correspondentes ao contencioso.

As entidades representativas cobraram celeridade na decisão sobre o processo eleitoral do próximo ano. O presidente da Funcef ficou de analisar a proposta apresentada pela Fenae e pela Contraf/CUT, assumindo o compromisso de levar o assunto para apreciação do Conselho Deliberativo. Ainda na ocasião, Carlos Vieira defendeu a tese de que os assuntos pertinentes à Funcef sejam discutidos com uma assertividade maior, “visando a sustentabilidade dos planos de benefícios, pois todos queremos o melhor para a Fundação”.

A proposta das entidades representativas em defesa da Funcef prevê uma nova metodologia para o próximo processo eleitoral, que precisa estar baseado na composição de chapas completas para a disputa das vagas tanto para os Conselhos (Deliberativo e Fiscal) quanto para a Diretoria Executiva. A ideia é a de que, ao serem inscritas, as chapas apresentem uma lista de apoio com número mínimo de assinaturas, obedecendo aos critérios das últimas eleições. O processo eleitoral deverá ocorrer em dois turnos, com a participação no segundo das duas chapas mais votadas no primeiro. Só não haverá segundo turno caso uma das chapas atinja 50% mais um dos votos válidos em primeiro turno de votação.

Para a Contraf/CUT, a democratização da gestão na Funcef, com a garantia da paridade em todas as instâncias de decisão, é necessária para assegurar eficiência na gestão dos recursos e oferecer tranquilidade aos associados.

Ao final da reunião com o presidente da Funcef, Fabiana Matheus lembrou que existe disposição das entidades representativas para o diálogo e para a construção de uma solução negociada em relação aos problemas enfrentados pela Fundação. “Uma das grandes missões hoje de entidades como a Fenae e a Contraf/CUT é resgatar a credibilidade da Fundação. É preciso apostar nesse esforço, para que os participantes não desistam do nosso fundo de pensão”, advertiu.

Fonte: Contraf-CUT, com Fenae

A ampliação da segurança daqueles que são vítimas de extorsão mediante sequestro é uma antiga reivindicação da categoria

Representando o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e a Fetraf-RJES, Pedro Batista Fraga Henriques, esteve presente na quarta reunião da Comissão Bipartite de Segurança Bancária, realizada na tarde da última terça-feira (26), e terminou com uma vitória para os trabalhadores. A Comissão vai encaminhar à Comissão de Negociações da Fenaban a recomendação para alterar a redação do item C da cláusula 33 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A mudança amplia para os bancários vítimas de extorsão mediante sequestro a mesma proteção garantida aos bancários vítimas de sequestro consumado, ou seja, a possibilidade de realocação dos trabalhadores para outra agência ou posto de atendimento bancário.

Agora, a negociação sobre a Cláusula irá continuar entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban. “É uma grande vitória para a segurança do trabalhador. Durante todo ano reivindicamos aos bancos essa alteração no texto”, disse Gustavo Tabatinga, secretário de Políticas Sindicais da Contraf-CUT.

Os representantes dos trabalhadores alertaram para a retirada do vigilante quando as agências passam por obras devido a arrombamentos em assaltos. “Os bancários permanecem trabalhando no local, apesar delas estarem funcionando sem numerário, e sofrem pressão da população que está descontente com a falta de atendimento completo no local. Reivindicamos condições mínimas de trabalho e segurança”, explicou Jairo França, diretor da Fetrafi/NE. Os representantes dos bancos ficaram de levar a reivindicação à Comissão de Segurança da Fenaban.

A próxima reunião da Comissão Bipartite de Segurança Bancária está marcada para 13 de novembro.

Fonte: Contraf-CUT

As mulheres foram hoje, dia 26, às ruas, para defender a Aposentadoria, que corre grande risco de acabar. Organizado pelo Fórum Nacional das Mulheres das Centrais Sindicais (CUT, CTB, CSB, Força, NCST e UGT), o ato teve como objetivo denunciar os efeitos da proposta de Reforma da Previdência na vida das mulheres, caso seja aprovada pelo Congresso Nacional.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve representado pela Diretora Renata Soeiro.

A “contrarreforma” do presidente ilegítimo Michel Temer e seus aliados pode ser votada a qualquer momento pelo Congresso Nacional e visa, entre outras coisas, igualar, entre homens e mulheres a idade mínima para se aposentar, desvincular o salário mínimo do valor do beneficio e dificultar o acesso do direito de envelhecer dignamente.

“A proposta do golpista  Michel Temer acaba com a aposentadoria e prejudica ainda mais a vida das mulheres, principalmente as trabalhadoras negras, do campo e as professoras. O que eles querem é privatizar a aposentadoria. Só terá direito ao beneficio quem puder pagar por ele. E isso é inaceitável”, contou a secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Martins Batista.

“Nós, mulheres das Centrais Sindicais, nos posicionamos contra qualquer alteração nas regras da previdência que implique em retirada de direitos de trabalhadoras e trabalhadores, rurais e urbanos”, diz trecho do panfleto que será distribuído no local da manifestação.
 

Pressão para dizer NÃO para a Reforma da Previdência
As mulheres vão distribuir panfletos com informações sobre os impactos da contrarreforma na vida das mulheres, mas também vão incentivar a população a pressionar os deputados e deputadas para não traírem os trabalhadores e as trabalhadoras através do site “napressão.org.br”.

“Temos que pressionar todos os dias, não só online, mas também nos seus estados e municípios, e dizer para estes parlamentares que as mulheres dizem NÃO para o fim da aposentadoria”, disse Junéia.

Existem outras campanhas no “napressão”, inclui outras campanhas, como Fora Temer.
 

Anulareforma
As mulheres também vão denunciar os deputados e as deputadas que votaram a favor da Reforma Trabalhista, que entrará em vigor no próximo dia 11 de novembro. As novas leis vão acabar com mais de 100 direitos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e vão prejudicar toda a classe trabalhadora.

As mulheres CUTistas  irão abordar a população da região para assinar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) da CUT para anular a Reforma Trabalhista. Para isso acontecer será necessário colher  um milhão e trezentas mil assinaturas para entregar no Congresso Nacional.

“A campanha para anular a Reforma Trabalhista é uma ferramenta fundamental para dialogarmos com a população e dizer todos os retrocessos que estes golpistas têm feito para nosso povo”, explicou a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT São Paulo, Marcia Viana.

Para poder participar da campanha, caso não consiga comparecer na manifestação, é só acessar o material de campanha no site anulareforma.cut.org.br e no vídeo abaixo, produzido pela CUT Brasília, você acompanha passo a passo como colaborar para anular a Reforma Trabalhista que acaba com nossos direitos.

Participantes do Fórum das Centrais:

Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Central Única dos Trabalhos (CUT)

Força Sindical

Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)

União Geral dos Trabalhadores (UGT)