Maio 14, 2025
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O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, anunciou nesta quinta-feira (6) redução em 0,25 ponto percentual taxa básica de juros, a Selic, para 4,25% ao ano. Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, esse novo corte indica que a atividade economia no país ainda praticamente “parada”, muito aquém do necessário para reativar o mercado formal de trabalho, que permanece com elevada taxa de desemprego.

O corte é positivo, segundo Fausto, porque reduz o custo do financiamento da dívida pública. Ele também espera que a redução da Selic contribua para a migração dos investimentos para o setor produtivo, o que poderia contribuir efetivamente para a retomada da atividade econômica, já que os títulos emitidos pelo Tesouro, remunerados pela taxa Selic, passam a ficar menos atraente aos investidores.

“Quando a Selic começa a ficar muito baixa, próxima à inflação, o investidor precisa buscar outros ativos, outros investimentos. O que se espera é que esses outros investimentos possam caminhar para o setor produtivo. Por exemplo, se caminha para os títulos imobiliários, vai ajudar a reativar a construção civil”, afirmou Fausto à jornalista Marilu Cabañas, para o Jornal Brasil Atual, nesta sexta-feira (7).

Para o consumidor, o corte na Selic tem impacto reduzido, porque as taxas de juros cobradas pelos bancos – cartão de crédito e cheque especial, por exemplo – não caem na mesma medida. O crédito caro inibe o consumo, o que também é um obstáculo para a retomada do emprego. O possível efeito negativo, segundo Fausto, é que se os investidores decidirem sair dos títulos públicos, o governo pode ter problemas para financiar a sua dívida.

“O Brasil está crescendo muito aquém do que deveria, e certamente muito aquém daquilo que o trabalhador precisa. A taxa de desemprego segue muito alta. É importante que a taxa de juros continue baixa e que o deslocamento do investimento saia do mercado financeiro e possa chegar no mundo real. É a aposta que a gente espera e gostaria de ver. Por outro lado, há  questões muito mais complicadas do ponto de vista macroeconômico. O governo, afinal de contas, tem que financiar a sua dívida. Se o investidor começa a sair do Tesouro, alguém tem que pagar a conta. Para isso, o governo aposta na venda do patrimônio público, com privatizações, para cobrir esse buraco”, afirmou o diretor do Dieese.

Fonte: Rede Brasil Atual

Em 2019, o desemprego parou de cair, mas se manteve em nível elevado, com o mercado de trabalho indicando precariedade ao abrir vagas não formais, com menor grau de proteção. De cada 10, de sete a oito são informais, observa o economista Sérgio Mendonça, ex-secretário de Recursos Humanos e ex-diretor-técnico do Dieese.

Se os resultados de 2019 foram menos ruins, a comparação com 2014 mostra que o país piorou. O número médio de desempregados, por exemplo, passou de 6,699 milhões para 12,575 milhões, crescimento de 87,7%, conforme  os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE.

No mesmo período, foram abertas 1,752 milhão de vagas, para um total de 93,390 milhões de ocupados. Mas o que aumentou, de fato, foi o emprego no setor privado sem carteira assinada e o trabalho por conta própria. De 2014 a 2019, segundo o IBGE, o país eliminou 3,231 milhões de empregos com carteira (-8,9%), abrindo 3,038 milhões de vagas por conta própria (14,3%) e 1,267 milhão de ocupações sem carteira (12,3%).

Para Mendonça, hoje apenas os juros, em baixa, representam um fator de estímulo para o crescimento. Além da dificuldade de recolocação no mercado de trabalho, ele observa que a recente “reforma” da Previdência, aprovada no ano passado, é “anticonsumo”.

Ele acredita que pode haver algum crescimento neste ano, em torno de 2% a 2,5%, “na ausência de um choque externo”, ressalta. “É provável que eles queimem as reservas para segurar o câmbio, como estão fazendo. Temos fôlego para uma pressão cambial de curto prazo. O investimento privado não está acontecendo, a não ser pontualmente.” A construção civil mostra certa recuperação, mas o economista questiona se haverá demanda para os novos apartamentos. “Pode ser uma bolha.”

Mesmo o emprego formal, que teve certa expansão em 2019 (saldo de 644 mil vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério da Economia), deve parte dessa alta ao trabalho intermitente e parcial, com menor proteção. E os salários de quem entra no mercado são menores que os daqueles que saem. Mendonça observa que isso ocorre historicamente, mas faz uma ressalva: “A diferença está alargando”.

 

Mercado de trabalho 2014/2019
 
* Ocupados
91.638.000
93.390.000
+ 1,9%
 
* Desempregados
6.699.000
12.575.000
+ 87,7%
 
* Empregados com carteira
36.450.000
33.219.000
-8,9%
 
* Empregados sem carteira
10.313.000
11.579.000
+12,3%
 
* Trabalhador por conta própria
21.183.000
24.221.000
+14,3%
 
Setores 2014/2019
 
* Construção
Menos 1,1 milhão de ocupados
 
* Agricultura/pecuária
Menos 1,8 milhão
 
* Indústria
Menos 1,2 milhão
 
* Comércio/reparação de veículos
Estável
 
* Administração pública/seguridade/educação
Mais 1,3 milhão
 
Fonte: Rede Brasil Atual

Os empregados da Caixa denunciaram à sociedade, nesta quarta-feira (5), o desmonte do banco público. Uma carta que chama a atenção para os pontos negativos da reestruturação e para os ataques ao papel social do banco foi distribuída aos clientes. O material também denuncia o ataque aos direitos dos trabalhadores e o desmonte do banco.

“A Caixa tem um papel social e econômico na vida de milhares de brasileiras e brasileiros. Não apenas dos bancários, mas também de clientes, usuários e trabalhadores informais. Tirar esse papel do banco, é impactar na vida de toda a população”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), que lembrou ainda que a reestruturação sinaliza uma clara mudança no perfil do banco com foco nos negócios. “As mudanças prometiam o fortalecimento da Caixa frente à concorrência, mas o que se viu foi exatamente o contrário: o banco público perdeu mercado para os bancos privados”, explicou.

No final do mês passado, a direção do banco anunciou uma nova reestruturação na rede, com a justificativa de “alinhamento da Matriz com a Rede” e “garantia do padrão na execução das diretrizes corporativas”. “Desde 2016, quando este processo começou, está claro que não existe reestruturação e sim desmonte da Caixa. Por isso, denunciamos às prefeituras, câmaras de vereadores e deputados do país toda essa sabotagem nítida e clara, com o objetivo de preparar para uma futura privatização”, finalizou o coordenador.

Diversos deputados comprometidos com a defesa do país fizeram depoimentos para fortalecer a denúncia quanto ao desmonte da Caixa e do estado brasileiro. O deputado federal Bohn Gass (PT-RS) parabenizou as entidades representativas dos empregados e os sindicatos dos bancários de todo o país que realizaram mobilização para denunciar o processo de privatização. “E como é que eles fazem este desmonte? Eles tiram as partes boas da Caixa, venda de ações, cartões. Enfim, toda a parte que pode dar rentabilidade para a Caixa poder fazer sua parte social – que é tão importante para o povo trabalhador, com habitação e fundo de garantia –, e estão entregando a parte boa para os bancos. Porque o Paulo Guedes tem interesse nos banqueiros e não no Brasil. Estou aqui para dizer mobilizem-se contra essa política do Guedes.

A deputada Érika Kokay (PT/DF) destacou a venda das loterias ao dizer que mais de 30% dos recursos dos jogos vão para as políticas sociais. Segundo a deputada, a gestão do banco quer fechar as agências prejudicando a população mais pobre. “A Caixa é responsável por 98% dos créditos habitacionais de baixa renda nesse país. Eles querem arrancar da Caixa os cartões, querem tirar o que é lucrativo. E agora são dezenas de superintendências que vão fechar. Quer fechar a Caixa que está no meio do povo, dialogando com a população. Por isso temos que defender a caixa”, defendeu Érika.

O deputado Zé Carlos (PT-MA) também dedicou sua fala para denunciar o desmonte que está em curso da Caixa Econômica Federal, com o nome de reestruturação. “Peço apoio aos parlamentares desta Casa para que não deixemos uma empresa sólida, com milhares e milhares de sonhos realizados pelo Brasil, em vários segmentos do programa do governo, ser destruída por este governo. O governo Bolsonaro mente quando diz que a Caixa não vai ser privatizada. Na realidade, ela já está sendo privatizada. Portanto, temos que pedir isso. A Caixa não é do governo, a Caixa é do povo brasileiro.“

 

BRASÍLIA

Em Brasília (DF), o sindicato dos bancários visitou a Matriz 3 da Caixa. A representante da Contraf-CUT na Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara, destacou que a mudança poderá gerar mais assédio, cobranças de metas absurdas e adoecimento dos trabalhadores. “O sindicato estará à disposição para dar todo o respaldo aos empregados que poderão ser afetados”, assegurou. Ainda segundo Fabiana, a visita às agências é importante para salientar o papel fundamental dos trabalhadores na defesa do banco público. “A Caixa já passou por diversos ataques e foi graças à mobilização dos empregados que foi possível superar esses desafios. Defendendo a Caixa, defendemos os nossos direitos e da população”, destacou.

SÃO PAULO

Em São Paulo, as visitas aconteceram em sete agências e em superintendências da instituição. De acordo com o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis, os trabalhadores estão indignados com as medidas tomadas pela gestão do banco. “Hoje foi um dia importante de luta e os trabalhadores puderam usar a #SomosMuitasCaixas e #ACaixaéTodaSua nas redes sociais para mostrar essa indignação. Porque nós somos muitas Caixas, todas importante nas cinco regiões do Brasil, para as prefeituras, estados e para o desenvolvimento do Brasil”, avaliou Dionísio.

ESPÍRITO SANTO

Na capital do Espírito Santo, a mobilização dos empregados retardou em uma hora a abertura da agência da Reta da Penha.  “Essa reestruturação é a mudança do conceito da Caixa. É uma medida de desmonte da empresa como banco público”, denunciou a diretora do sindicato Rita Lima.

BAHIA

O sindicato dos bancários da Bahia realizou reuniões com empregados da Superintendência Regional, CICOC/REMOB, GIHAB e da agência digital, no Edifício 2 de Julho, na Paralela. Na oportunidade, os diretores do sindicato chamaram atenção para a necessidade dos trabalhadores participarem das mobilizações contra os ataques aos direitos. Trataram também das ameaças ao Saúde Caixa e ao acordo coletivo de trabalho, que vence em 31 de agosto.

CEARÁ

Em Fortaleza, a manifestação aconteceu na agência da Praça do Ferreira, onde os diretores do sindicato realizaram conversas com clientes e empregados denunciando os ataques ao banco e mostrando a importância de se manter a Caixa 100% pública. “Nunca se viu tamanha mudança no perfil da Caixa. O nosso foco é manter o papel social da Caixa, que o banco permaneça 100% público, atendendo a população, porque a Caixa é do povo brasileiro. Mas para que possamos vencer essa batalha, precisamos fortalecer ainda mais nossa mobilização e unidade, para garantir nossos direitos e a Caixa que queremos”, disse o diretor do sindicato e da Fenae, Marcos Saraiva.

MARANHÃO

Os bancários maranhenses concentraram na Praça Deodoro, no Centro de São Luís, em frente a Caixa, para defender os direitos dos trabalhadores. Os sindicalistas destacaram a política de demissão voluntária e o fechamento de agências realizadas pela gestão da Caixa e que ocasionará uma série de prejuízos aos bancários e à população.

SERGIPE

O Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) se reuniu na Superintendência para falar contra o projeto de redução do perfil social da Caixa. Os sindicalistas também leram a carta do movimento sindical bancário (CEE/Caixa), Contraf-CUT, Fenae, Federação dos bancários da Bahia e Sergipe).

Rodada de Negociação

No dia 12 de fevereiro, a Comissão Executiva dos Empregados se reúne com a Caixa para mais uma rodada de negociação. A cobrança referente à reestruturação será pauta na reunião.

As mudanças anunciadas pelo Banco do Brasil na segunda-feira (3) no plano de carreiras e salários pode levar à redução da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) paga aos funcionários, segundo o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“A PLR é paga com base no valor de referência (VR) da gratificação paga aos funcionários. As mudanças anunciadas pelo banco reduzem o VR e, com isso, a PLR também pode ser reduzida”, explicou o representante dos funcionários.

A próxima parcela da PLR, que tem que ser paga até o final de março, ainda não sofre alterações. “O valor é referente ao semestre passado, quando ainda valia o VR anterior. Mas, a partir deste ano o banco quer economizar reduzindo o valor a ser pago de PLR aos funcionários. Temos que nos mobilizar para garantir nossos diretos e impedir mais esse ataque aos trabalhadores”, disse Fukunaga.

Remunerações mensais

As mudanças também atingem as remunerações mensais. Com a alegação de aumentar as remunerações para evitar a perda de funcionários para bancos e outras empresas privadas, o banco instituiu um bônus de até quatro salários por ano para quem cumprir metas. Mas, em contrapartida, o banco vai reduzir os valores de referência das gratificações pagas aos funcionários.

Segundo o coordenador da CEBB, as mudanças geram perdas de até 15% da remuneração mensal dos funcionários. “O banco tenta vender isso como sendo algo bom, que vai equiparar os salários aos do mercado privado. Todos sabemos que cargos em empresas públicas são disputados devido ao salário acima da média do mercado. As pessoas conquistam uma vaga em concursos”, disse. Para ele, as mudanças implantadas reduzem os salários dos funcionários concursados, de carreira, que conquistaram o emprego por méritos próprios, e aumentam o dos “funcionários” que ocupam cargos preenchidos por nomeação do governo e da direção do banco, indicados pelo marcado privado.

“A proposta traz redução de salários para o conjunto dos funcionários e aumento para uns poucos indicados pelo mercado. E o governo vende a ideia de que isso é bom. É bom pra quem?”, questiona Fukunaga.

Mobilização

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) soltou um comunicado na terça-feira (4) orientando os sindicatos e federações de trabalhadores bancários a realizarem atividades de mobilização nos dias 6 e 12 de fevereiro. No dia 6, a orientação é para que sejam realizadas atividades em frente das agências do Banco do Brasil para alertar os funcionários e a população sobre o engodo do governo, que vende algo prejudicial como sendo algo bom. No dia 12, a orientação é adentrar nas agências para mostrar aos funcionários o quanto eles perdem com a proposta apresentada na segunda-feira (3).

“Orientamos os funcionários a irem de preto nestes dias e fazerem os protestos ganharem as redes sociais, com fotos das manifestações e hashtag específica”, concluiu o coordenador da CEBB.

As postagens de funcionários e dirigentes nas redes sociais devem conter a hashtag #deformaBB.

Material

A Contraf-CUT vai produzir uma edição especial do boletim Espelho para ser distribuído aos funcionários nas atividades do dia 12. Assim que estiver pronto, o arquivo do material será enviado para todos os sindicatos e federações e disponibilizado na área restrita do site.

Fonte: Contraf-CUT

 As bancárias de todo o Brasil têm até sexta-feira (7) para responder a pesquisa sobre quais são as principais bandeiras de luta a ser defendidas pelo movimento sindical no Dia Internacional da Mulher, dia 8 de março.

“O Dia Internacional da Mulher é uma data reconhecida historicamente por ser de lutas e conquistas para as mulheres. Por isso, precisamos ouvir da nossa base quais são os pontos que ela considera mais urgentes para lutarmos já em 2020”, explicou Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A pesquisa é composta por apenas uma pergunta, na qual o entrevistado pode escolher até cinco alternativas. O questionário aparece no pop up na home principal ao entrar no site da Confederação ou clicando neste link.

Fonte: Contraf-CUT

Para o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, a proposta, que vem sendo chamada de “reforma” administrativa pelo governo de Jair Bolsonaro, significa o desmonte do Estado brasileiro, com risco inclusive a todos os serviços públicos prestados à população.

Silva cita o que acontece hoje com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como uma política deliberada de desmonte como forma de colocar a população contra o serviço público em vez de cobrar a responsabilidade do Estado em criar condições para que funcione.

“Nós já vivenciamos isso no passado e na verdade quem é prejudicado de fato, além dos servidores, é a população na ponta, que precisa de um serviço público chegando com qualidade e com boa atenção”, avalia Silva em entrevista ao jornalista Rafael Garcia, da Rádio Brasil Atual.

O temor do secretário-geral leva em conta a agenda de ataques aos trabalhadores prevista para este ano. À imprensa nesta semana, Bolsonaro confirmou que o governo enviará ao Congresso a “reforma” administrativa, que altera a forma como o Estado é organizado, atingindo servidores da União, dos estados e dos municípios.

Segundo o presidente da confederação, a proposta deve acabar com auxílios ou direitos que melhorem a remuneração dos servidores, pôr fim ao reajuste de salários retroativos, proibir promoções e progressões por tempo de serviço e a impor aposentadoria como forma de punição.

O governo defende que a “reforma” traria mais modernidade ao sistema. O secretário-geral do Condsef, entidade que representa 80% dos servidores do Executivo federal de todo o país, contesta ao argumentos usados, como o de que os funcionários seriam “privilegiados”. “O governo repete uma mentira várias vezes e, infelizmente, a massificação dessas mentiras termina passando como verdade”, critica Silva.

“Não é verdade que existe um inchaço da máquina pública. Em 1988, época em que foi atualizada a Constituição brasileira, nós tínhamos 710 mil servidores públicos federais do Executivo, em atividade. Depois de 32 anos, da Constituição, uma população que lá em 88 eram 164 milhões de pessoas, hoje a população passou para 210 milhões, e pasme, o número de servidores em atividade para atender a população caiu de 710 mil para 610 mil. Então 100 mil trabalhadores a menos para atender um montante da população que cresceu”, afirma Ronaldo da Silva.

Juízes, procuradores e parlamentares ficarão de fora da chamada “reforma” administrativa. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, apenas o Congresso pode regular essas carreiras públicas.

A proposta do governo Bolsonaro ainda deve ser divida em partes, entre projetos de leis e decretos, alterando inclusive a abertura de concursos públicos, que praticamente deixarão de ser a porta de entrada, e a estabilidade do servidor. Outro risco, de acordo com Silva. “A estabilidade e o concurso público é justamente para blindar os trabalhadores de maus gestores”, explica.

O secretário-geral ainda destaca que o governo “engana” quando diz as mudanças irão atingir apenas os servidores futuros. Segundo ele, os atuais servidores também correm risco com os ataques do governo, a começar pela privatização de empresas públicas que estão sendo vendidas pela equipe econômica de Bolsonaro.

“Privatizar as empresas públicas, que não são patrimônio de governo a, b ou c, são patrimônios do povo brasileiro, é o povo que irá pagar mais caro por esse serviço que muitas empresas públicas prestam para a população”, ressalta.

Agora, diante da agenda de ataques, o Condsef organiza uma série de mobilizações para denunciar o desmonte do Estado brasileiro. De acordo com o secretário-geral, no dia 13 de fevereiro, os servidores devem aprovar um dia para construção de uma greve nacional do setor, além de agendar atos de protestos para o dia 18 de março.

Fonte: Rede Brasil Atual

A União concluiu a venda das ações excedentes do Banco do Brasil em poder do governo, informou a Agência Brasil, nesta terça-feira (28). A operação, que arrecadou R$ 1,06 bilhão, ocorreu na quinta-feira (23), mas só foi divulgada na segunda (27) pelo Ministério da Economia.

Foram vendidas 20.785.200 ações ordinárias para que a União mantivesse a condição de maior acionista e não afetasse o controle da instituição financeira pelo governo.

A venda das ações segue a política de privatizações definida pelo governo. Segundo nota divulgada pelo Ministério da Economia, o dinheiro retornará aos cofres públicos, podendo ser usado para reduzir a dívida pública ou fazer investimentos, seja em obras públicas, seja em outros.

Neste ano, o governo quer vender cerca de R$ 150 bilhões de participações da União em empresas. A venda das ações excedentes do Banco do Brasil tinha sido incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND) em 22 de agosto do ano passado. Os papéis estavam depositados no Fundo Nacional de Desestatização, operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização Nacional dos Empregados (COE) do Bradesco, com representação de federações e sindicatos, se reuniu, nestas segunda e terça-feira (27 e 28), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), para definir estratégias e pontos de pauta de negociação com o banco em 2020.

Para isso, na segunda-feira, a técnica da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da Contraf-CUT, Barbara Valejos, fez uma análise de conjuntura. Na sequência, os membros da COE relataram a realidade de suas bases.

“Nosso objetivo é retomar as negociações com a minuta de reivindicações específicas. Para isso, precisamos nos preparar, pois sabemos que teremos um ano pela frente que promete ser de muita luta em defesa do emprego e dos direitos dos bancários e bancárias do Bradesco“, afirmou a coordenadora da COE Nacional Bradesco, Magaly Fagundes.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realiza, a partir desta terça-feira (28), uma pesquisa para saber a opinião da categoria sobre quais são as principais bandeiras de luta a ser defendidas pelo movimento sindical no dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher.

“O Dia Internacional da Mulher é uma data reconhecida historicamente por ser de lutas e conquistas para as mulheres. Por isso, precisamos ouvir da nossa base quais são os pontos que ela considera mais urgentes para lutarmos já em 2020”, explicou Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT.

A pesquisa é composta por apenas uma pergunta, na qual o entrevistado pode escolher até cinco alternativas. O questionário aparece no pop up na home principal ao entrar no site da Confederação ou clicando neste link.

Fonte: Contraf-CUT

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) lança nesta quinta-feira (30), em Brasília o livro Tijolo por Tijolo: meio século de história do pessoal da Caixa. Trata-se da primeiro livro que registra a trajetória de mobilizações dos empregados do banco. A obra valoriza o investimento no resgate da memória viva de 48 anos de união, lutas e conquistas por uma Caixa pública.

A publicação aborda a relação entre desenvolvimento, distribuição de renda e inclusão social, tema que para a Fenae, na condição de protagonista desde 29 de maio de 1971, quando foi fundada, responde pela defesa do caráter público da Caixa Econômica Federal e pelo respeito aos direitos dos trabalhadores. O resultado é uma detalhada e certeira exposição dos mecanismos que levaram os empregados da Caixa a deflagrar movimentos nacionais fortes, amplos e unificados nas últimas cinco décadas.

Dividida em sete capítulos, com prefácio de Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae, e posfácio do conhecido sociólogo Jessé Souza, a obra cruza a saga nacional do Estado Democrático de Direito como mediador confiável do destino da sociedade e de seu desenvolvimento com a própria trajetória da Fenae e engajamentos individuais e coletivos de milhares de empregados do único banco 100% público do país. Os redatores são três jornalistas cariocas: Aydano André Motta, Luciano Dias e Lucila Soares, com a colaboração direta e indireta de muitas pessoas. O título é resultado da parceria da Fenae com o Selo Perfil/Verso Brasil Editora.

O livro revela o que muita gente já sabe, mas carece de mais informação: o lado dos trabalhadores não combina com choque de gestão, arrocho fiscal, alta dos juros e venda do patrimônio público para a iniciativa privada. Do caminho da luta contra o retrocesso, que envolve o cotidiano de muitos bancários e bancárias, surge a sabedoria de uma Caixa pública, social e forte. Isso está diretamente relacionado ao fato de que, para tornar-se sustentável, o Brasil precisa ser economicamente viável, socialmente justo, culturalmente ousado e ecologicamente correto.

O livro Tijolo por tijolo: meio século de história do pessoal da Caixa funciona como uma espécie de guia preliminar de um movimento de trabalhadores que não é algo linear, mas atua de dois modos: gradualmente e subitamente. O foco, como sempre, é a mobilização em defesa da Caixa e de seus trabalhadores, aliada a uma política de fortalecimento das Associações de Pessoal da Caixa (Apcefs).

Mais do que um evento local, o lançamento do livro no Distrito Federal será seguido por iguais iniciativas em outros estados, sempre em parceria com as Apcefs nas diversas regiões do país. A proposta é de uma obra que não esconde sua veia militante e de compromisso com a Caixa pública e social, baseada na reflexão crítica, na resistência e na construção de alternativas.

Serviço

Lançamento do livro Tijolo por tijolo: meio século de história do pessoal da Caixa;

Data: Dia 30 de janeiro de 2020;

Horário: A partir das 19 horas;

Local: Sede social da Apcef/DF: SCEN Trecho 3 – Conjunto 3 – Lote 2A/2B – Brasília.

Fonte: Rede Brasil Atual