Novembro 23, 2024
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Trabalhadoras se preparam para tomar as ruas no dia 8 de março

Na próxima sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, estão previstos atos em todo o país, organizados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e que contará com a adesão da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

“O lema, neste ano, é ‘Mulheres em defesa da democracia, pela igualdade salarial e contra todos os tipos de violência’. Queremos chamar a atenção para o papel das mulheres na proteção do Estado Democrático de Direito, que essa proteção da democracia significa proteger os direitos já conquistados por nós e que sem a democracia não conseguiremos avançar na luta contra a violência de gênero”, explicou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes.

A presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT Nacional, Juvandia Moreira, ressaltou que, historicamente, o movimento sindical teve papel fundamental contra as desigualdades de gênero e, com isso, no fortalecimento de ações públicas de combate à violência contra a mulher.

“A luta pela igualdade de gênero em todos os aspectos da vida, dentro e fora do trabalho, é um compromisso nosso, para a construção de um mundo melhor, e inclui o combate às várias violências contra as mulheres, como o feminicídio, os constrangimentos físicos, sexuais, morais e as desigualdades econômicas, porque as mulheres ainda seguem recebendo menos que os homens, no mercado de trabalho, e são a maioria entre a população com menor renda”, observou. “Por isso é tão importante a participação de todas nós, nas ruas, no próximo dia 8 de março, para levantar nossas bandeiras por um país mais justo e digno para todas e todos”, pontuou.

O lema das mobilizações e atos para o 8 de março vem acompanhado das seguintes pautas:

  • Combate à violência e ao feminicídio;
  • Educação sem violência de gênero;
  • Combate ao assédio moral no local de trabalho;
  • Defesa da vida;
  • Igualdade salarial;
  • Garantia dos direitos reprodutivos;
  • Campanha Brasil contra a misoginia;
  • Pelo fim do genocídio na Palestina;
  • Ratificação das convenções 156 e 190, da OIT; e
  • Economia de cuidados.

Novo pico de feminicídio

Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2023, mais de 2.600 brasileiras foram vítimas de feminicídio, segundo levantamento divulgado neste mês pelo Monitor de Feminicídios no Brasil (MFB) – iniciativa conjunta da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Os números são bem superiores aos registrados em 2022, quando, segundo o Monitor da Violência, do portal G1 e do Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEV-USP), o país havia registrado 1.410 casos de feminicídios e, até então, o maior registro de casos desde que a lei de feminicídio entrou em vigor, em 2015.

“O Brasil segue como um país violento para as populações minorizadas. Mas para superar essa realidade inaceitável, temos que falar sim do assunto, fortalecer e criar mais canais de denúncias e de proteção às mulheres”, destacou Fernanda Lopes.

A secretária da Mulher da Contraf-CUT completou que a categoria bancária mantém, em vários pontos do país, entidades com o programa “Basta! Não vão nos calar!”, de assessoria jurídica humanizada a mulheres em situação de violência (clique aqui e saiba mais).

Locais dos atos de 8 de março

São Paulo                               

São Paulo (capital) – Concentração às 14h, no Espaço Cultural Lélia Abramo – R. Carlos Sampaio, 305 – Bela Vista. Do local, os manifestantes seguirão em caminhada até a Avenida Paulista.

Ato principal: 17 horas, em frente ao MASP (Avenida Paulista)

Sorocaba – A partir das 16h na Praça Cel. Fernando Prestes – Centro.

Sergipe

Aracaju – Concentração às 7h na Praça da Bandeira. A marcha será realizada a partir das 9h em direção ao Palácio dos Despachos, na Avenida Adélia Franco. A bandeira de luta levada às ruas será ‘Pela vida de todas as mulheres, pelo fim da violência e contra o fascismo’.

Santa Catarina

Florianópolis: Marcha 8M “TRANSformando luto em lutas”
14h às 18h no Largo da Alfândega:
14h às 17h – Rodas de conversa, distribuição de materiais
17h – Místicas de concentração, agitação cultural e performances
18h – Saída da marcha

Lages:  Ato “Pela vida das mulheres” – 8h às 17h – Praça João Costa
Caçador – local: Largo Casanjure
Com cartas do coletivo de mulheres. Diálogo com a população com orientações e informações direcionado às mulheres, panfletagem com um Bombom.
Uma banca com material de divulgação dos recursos federais destinados para o município
Horário: 9:30 às 11h e das 13:30 às 15:30h

Jaraguá do Sul – Local: Praça da Meia Lua, ao lado do Museu da Paz
Das 8 h às 17h: Concentração; Organização do espaço/cartazes, faixas e outros; Panfletagem e conversas com a comunidade.
Das 17h às 19h: Falas do Coletivo de Mulheres/atividades culturais.
Às 19h: Aula Magna Com Mariana Franco/Transformando Luto em Lutas.
Após a Aula Magna seguirão em marcha até a Praça Ângelo Piazera.
Às 20h/Praça Ângelo: Leitura do Manifesto pela Vida das Mulheres.
Haverá a participação especial da Bateria do Carnavale.

Chapecó
A programação em alusão ao Dia da Mulher em Chapecó contará com três ações principais:
Quinta-feira (7/3), às 19h, no Sindicato dos Bancários: Debate “Silenciar ou resistir”, com a professora Márcia Ione Surdi.
Sexta-feira (8/3), das 9h às 12h, na Praça Coronel Bertaso: Ato em defesa da mulher
Segunda-feira (12/3), às 18h, na Câmara Municipal: debate “Violência e política de gênero”, com Maria Tereza Capra

Joinville
Praça da Bandeira em Joinville, concentração as 18h e início da passeata às 19h.
Marcha TRANSformando LUTO em LUTAS! Nós queremos vivas/vives em todos os lugares!  

Blumenau
9 de março (sábado) – 14h
Piquenique Transfeminista, no Parque Ramiro Ruediguer  

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro (capital) – às 9 horas, participação e construção do ato de levante feminista contra o feminicídio na Câmara dos Vereadores.

Ato unificado com concentração na Candelária, às 16 horas e posterior caminhada pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde haverá o ato às 18 horas.

Às 18:30 haverá o Simpro Samba, roda com microfone aberto para mulheres e performance da artista Marta Moura, com temática feminista, também na Cinelândia.

Rio Grande do Norte

Natal – Concentração a partir das 14:30h, na calçada do Banco do Brasil, seguido de caminhada até a Praça Cívica.

Mossoró – Serão dois atos. O primeiro às 8:30h no Centro Feminista 8M e às 15:30h, na Praça do PAX.

Piauí

Teresina – Ato com concentração na Praça do FRIPISA, às 8 horas, com caminhada pelas ruas da capital, com encerramento na Praça Rio Branco.

Pernambuco

Recife – Concentração às 15 horas, no Parque 13 de Maio. Saída prevista às 17h em direção ao Pátio de São Pedro.

Paraná

Curitiba- Concentração às 15h, na Praça Santos Andrade, mas a partir das 17h começam as intervenções culturais. O ato está previsto para às 18h30. Na sequência, às 19h, começará a marcha que sairá da Rua João Negrão com encerramento na Boca Maldita, no Centro de Curitiba.

Paraíba

João Pessoa – O “Ponto de Cem Réis” será o local de encontro, a partir das 9h. Haverá um ato político-cultural, com a realização de oficinas, rodas de diálogo, Feira Preta e apresentações culturais.

E no dia 22 de março será o encerramento da jornada do 8M2024, também em João Pessoa, na Praça da Amizade, no Bairro do Rangel. Haverá vários serviços destinados às mulheres das comunidades do bairro.

Pará

Belém – concentração a partir das 8h na Praça da República. Com apoio da CUT, o ato é convocado pela Frente Feminista Pará. Com os motes “Pela Vida Das Mulheres Da Amazônia à Palestina. Nenhuma a Menos!” e “Em Defesa dos Territórios, Contra a Fome”, a marcha é pelo fim da violência contra as mulheres, pelo direito ao aborto seguro e legal, e contra o genocídio do povo palestino.

Abaetetuba – concentração na orla da cidade às 7h30. Mote: “Pela vida das Mulheres e dos territórios. Águas territórios de vidas”

Altamira – concentração em frente às Lojas Americanas, às 8h. Mote: “Enfrentando as Violências Contra Meninas e Mulheres: Cuidado à Saúde Mental e Mudanças Climáticas”

Ananindeua – concentração no bairro Águas Brancas, às 9h, com o mote “Mulheres na luta por direitos sociais, creche, transporte, saúde e pelo fim da violência”

Capanema – concentração a partir das 7h, na sede da FETAGRI Regional Bragantina e do MMNEPA. Bandeira de luta é “Mulher na política muda a política e constrói bem viver”

Marabá – concentração no Incra (Bairro Amapá – núcleo cidade nova), às 8h, com o mote: “Lutaremos! Por Nossos Corpos e Territórios, nenhuma a menos”.

Mocajuba – atividade organizada pela Rede Comunitária de Coletivos de Mulheres Quilombolas de Mocajuba será realizada no Quilombo Tamabaí-Açú, durante todo o dia.

Também em Mocajuba, no Mercado Municipal, será realizada a IV Feira Comunitária Mulheres Quilombolas.

São João do Araguaia – concentração na Praça da Prefeitura, às 7h00. Mote: “Quebradeiras de Côco ecoando a Voz”

Mato Grosso do Sul

Campo Grande – O ato começa às 08h, na Rua 14 de julho esquina com a Avenida Afonso Pena.

Goiás

Goiânia – Concentração a partir das 16 horas, na Catedral Metropolitana de Goiânia – Avenida Universitária, Praça Dom Manuel, Setor Central.

Distrito Federal (DF) 

Às 16h, começa o ato político-cultural na praça Zumbi dos Palmares. Mais tarde, às 19h, tem início o show das trabalhadoras, em frente à CUT-DF, também no Conic, com apresentação das cantoras Emília Monteiro e seu repertório de ritmos do norte, além de Kris Maciel, que promete animar a noite com samba, e Alê Terribili cantando MPB.

Ceará

Fortaleza – As atividades acontecerão entre 8h e 17h na Praça do Ferreira. A programação do 8 de Março contará com atrações culturais, feira feminista, cortejo e tendas de orientação nutricional, caminhão da cidadã, serviços de fisioterapia, orientação psicológica, aferição de pressão e glicemia, massoterapia e orientação sobre saúde da mulher.

A concentração da caminhada, que será a grande ação do dia, será a partir das 16, também na Praça do Ferreira, com saída marcada para as 16h30.

Bahia

Salvador – Caminhada às 13h, na Praça do Campo Grande.

Fonte: Contraf-CUT