Os funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovaram a proposta do ACT sobre o Benefício de Assistência e Saúde (ACT Saúde) do exercício de 2022-24.
Foram 1.048 votos (56,40%) favoráveis nas assembleias extraordinárias realizadas, nesta quinta-feira (21), no Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco e São Paulo, as bases onde atuam os funcionários da instituição. Os votos contrários chegaram a 810 (43,60%).
A proposta aprovada foi construída em um grupo de trabalho paritário e depois aprovada pela diretoria do banco. O BNDES também se comprometeu a pagar o reajuste do ACT passado, que o governo anterior bloqueou, de cerca de 5%, de forma retroativa.
Para o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius de Assumpção, “a comissão de negociação foi muito firme na luta pela garantia do direito adquirido, preservando o plano de saúde nas condições atuais, um plano gratuito”.
Vinícius pontuou que, no longo processo de negociação com o banco, “impedimos qualquer coparticipação e mensalidade, que é uma conquista histórica do funcionalismo do BNDES”. Ele explicou que “as únicas modificações foram o reembolso casal e o congelamento do acesso dos genitores dos empregados ao plano”.
O presidente da Associação de Empregados do BNDES (AFBNDES), Arthur Koblitz, observou que, na negociação, foi derrotada a proposta do banco para implementar coparticipação e mensalidade. “A grande participação do funcionalismo do BNDES confirmou a estratégia negocial que tínhamos em mesa. E o resultado final disso foi arrancar o reajuste do ano passado e manter os direitos adquiridos do plano de saúde preservados. Foi uma grande vitória”, afirmou.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro (SeebRio), José Ferreira, lembrou que também foram aprovadas “as cláusulas sindicais, que fortalecem a associação, sindicato, federações e a confederação, mas que tinham sido retiradas pelo governo Bolsonaro, resgatando o direito a reuniões, utilização de auditório e retorno ao desconto na folha de pagamentos”.
Além do acordo, o banco se comprometeu a apresentar, no período de um ano, um novo plano, apenas para quem desejar migrar, com mensalidade e o atrativo do pós-emprego (plano de saúde para a aposentadoria complementar da FAPES sem o INSS).
Com pequena participação, de apenas 59 votantes de um total de 1,703, os aposentados rejeitaram a proposta que tratava para eles no reembolso casal e genitores.