Novembro 25, 2024
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Movimento Sindical Bancário se une ao movimento popular por educação pública de qualidade

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da qual o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense é filiado, manifestou apoio ao movimento em defesa da educação pública de qualidade. O compromisso foi firmado na 2ª Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), em documento de apoio enviado ao Fórum Nacional Popular da Educação (FNPE), que organizou o evento, em Natal, de 15 a 17 de julho.

O encontro, que reuniu movimentos sociais de todo o país em defesa do ensino público, gratuito, laico e de boa qualidade, discutiu caminhos para ampliar a luta pela educação universal, desmilitarizada, democrática, popular, com participação social e em defesa do legado do educador Paulo Freire.

No último dia do evento, com a participação de cerca de 2,5 mil pessoas, foi aprovada a Carta de Natal, com esse compromisso. Em um trecho, o texto diz que está sendo proposta “uma plataforma em defesa do Estado democrático de direito, em defesa das instituições republicanas, da vida e da soberania popular, dos direitos sociais e da educação, que mobilize ainda mais o amplo setor da sociedade”.

Entre as principais bandeiras de lutas das trabalhadoras e trabalhadores da educação, apresentadas na Conape, estão a revogação da Emenda Constitucional 95, que limita investimentos em saúde e educação, e de outras medidas que fragilizam as políticas sociais; a retomada de investimento na educação pública e em outras áreas sociais; e o fim do congelamento dos recursos primários associados ao poder executivo; entre outras.

“A presença da Contraf-CUT na Conape 2022 é uma importante manifestação de unidade da classe trabalhadora em defesa das causas populares e democráticas, como a educação pública, laica, gratuita e universal”, disse o secretário de Formação Sindical da Contraf-CUT, Rafael Zanon, que participou do evento. “A união será decisiva para que seja revertido o desmonte da educação que ocorre no país desde 2016, com o golpe contra a presidenta Dilma, e que ganhou no atual governo proporções nunca vistas antes”, completou.

Veja a seguir o documento de apoio ao movimento pela educação, enviado ao FNPE pela Contraf-CUT.

Contraf-CUT e trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro presentes na Conape 2022

O direito a uma educação pública gratuita, de qualidade e universal é uma luta permanente dos movimentos sociais e se insere nas pautas de reivindicação e mobilização também dos sindicatos. A Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro se junta a esse movimento, participando e apoiando a Conferência Nacional Popular de Educação 2022, por entender que a construção coletiva na defesa da educação é papel de toda população.

O Brasil é um dos países mais desiguais do planeta e o sistema educacional atual acaba por reproduzir e acentuar esse abismo. As grandes redes educacionais privadas, ao mesmo tempo que propagam uma educação não inclusiva ao incentivar e buscar uma educação paga, que vise o lucro e atenda aos interesses do mercado privado, utilizam sua influência política e poder econômico para atacar de todas as formas a educação pública, seja no Congresso Nacional ou nos governos neoliberais, que precarizam e sucateiam a educação pública. Também contam com apoio da grande mídia em campanhas que enfraquecem a imagem da educação pública na população.

O objetivo do projeto neoliberal é a privatização de todos os bens públicos a serviço da população, incluindo a educação, a segurança, a saúde e o sistema financeiro.

As experiências privatistas mostram que esse caminho exclui e desumaniza, divide as pessoas em classes sociais com diferentes acessos e direitos, transforma os cidadãos em apenas consumidores e os serviços públicos em mercadoria. A educação não pode ser mercadoria. A saúde não pode ser mercadoria, o acesso aos bancos deve ser universal e a segurança deve estar a serviço de todos e todas.

Assim como a luta na defesa do direito de todas as pessoas terem acesso ao sistema financeiro e a luta em defesa dos bancos públicos brasileiros não cabem apenas a nós trabalhadores do ramo financeiro, seria injusto depositar a luta em defesa da educação pública apenas aos profissionais da educação. Por isso a Contraf-CUT e os trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro somam forças nesse caminho. Apoiamos as deliberações da Conape 2022 e subscrevemos juntos a 
Carta de Natal 2022.

Fonte: Contraf-CUT