O Banco Mercantil não assumiu os compromissos de suspender as 60 demissões feitas em todo o Brasil e de cumprir o acordo do início da pandemia do coronavírus (Covid-19) de não realizar demissões durante este período, e encerrou a mesa de negociações realizada por videoconferência, na tarde desta quarta-feira (17).
“O banco precisa entender que numa mesa de negociação é necessário compromisso para avançar nas reivindicações do movimento sindical, que são a preservação do emprego, dos salários e o mais importante da vida”, lembrou Magaly Fagundes, membra do Comando Nacional dos Bancários, que conduziu as negociações.
O Mercantil justificou as demissões com um processo de reestruturação, a qual não foi discutida com o movimento sindical, e que os trabalhadores em questão, não teriam função compatível com o salário que recebiam. “Nós queremos mais transparência sobre os números desta reestruturação. Se o banco já encerrou o processo, não tem porque demitir mais trabalhadores”, afirmou.
Antes do encerramento, os trabalhadores conquistaram a reabertura da copa, que havia sido fechada e impossibilitava a alimentação dos funcionários, já que todos os restaurantes estão trabalhando apenas com entregas. Foi reivindicado ainda, o fim da cobrança de metas e o cumprimento da jornada reduzida.
“Estamos recebendo denúncias de que o banco não cumpre nem os acordos garantidos na mesa unificada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)”, explicou Marco Aurélio Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil.
Uma vitória dos trabalhadores é o compromisso da construção de um acordo para os funcionários que estão em teletrabalho, mas sem função.
Fonte: Contraf-CUT