O boletim divulgado no início da noite deste domingo (14) pelo Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass)s informa que o Brasil chega oficialmente a 43.332 mortes por complicações decorrentes da covid-19 desde o início da pandemia, em fevereiro. No último período de 24 horas contabilizado pela entidade, entre as 16h de sábado (13) e as 16h deste domingo, o país registrou oficialmente mais 612 mortes pela infecção.
Segundo o Conass, o país acumula agora um total de 867.624 casos de pessoas testadas que deram positivo para a covid-19, somando mais 17.110 novos contágios registrados no período.
Nas 24 horas contabilizadas entre as 16h de sábado (13) e as 16h deste domingo, foram registrados pelas secretarias estaduais de saúde 17.110 novos contágios testados e 612 mortes. Caso esse ritmo de alastramento, o Brasil terá um milhão de infectados até o fim da próxima semana.
O país ultrapassou o Reino Unido, onde já morreram 41.783 pessoas, na lista de nações com maior número de mortes pelo coronavírus, ficando agora atrás apenas dos Estados Unidos (2.090.358 casos e 115.645 mortes).
A questão brasileira se agrava também pela subnotificação, reconhecida até mesmo pelo Ministério da Saúde do governo Bolsonaro. Ela ocorre principalmente porque o Brasil faz poucos testes entre a população – os testes mais seguros estão sendo realizados somente nos casos mais graves.
Dados de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) têm sido usados por especialistas para estimar que a disseminação da covid-19 em território brasileiro pode ser mais grave que a mostrada pelos números oficiais. Até ano passado, a síndrome era relativamente rara no Brasil – entre março e junho de 2019 causou menos de 400 mortes. Esta ano, porém, já são quase nove mil óbitos tendo a SRAG sido apontada como a causadora.
Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro segue menosprezando a pandemia e demonstrando total desrespeitos pelas vítimas e suas família. Depois de, em sua live semanal da última quinta-feira (11), estimular seguidores a invadir hospitais para checar se há, de fato, presença de doentes de covid-19, ao menos três ocorrências em unidades de atendimento foram registradas até este domingo.
Por conta dos episódios, o procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou que os Ministérios Públicos estaduais investiguem as invasões de hospitais estimuladas por pelo presidente.
Fonte: Rede Brasil Atual