Novembro 27, 2024
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Preços de alimentos sobem na primeira 'prévia' da inflação em 2019

Com alta nos preços dos alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que havia caído 0,16% em dezembro, subiu 0,30% no primeiro mês de 2019. Mesmo assim, foi o menor resultado para janeiro desde a implementação do Plano Real, em 1994, segundo o IBGE, que divulgou o resultado na manhã de hoje (23). O acumulado em 12 meses da "prévia" da inflação oficial ficou em 3,77%.

Grupo de maior peso na composição do índice, Alimentação e Bebidas registrou alta de 0,87% e respondeu sozinho por 0,22 ponto percentual na taxa total do mês. Segundo o instituto, o aumento ocorreu devido à alimentação no domicílio, que foi de 0,22%, em dezembro, para 1,07%, com destaque para itens como frutas (6,52%) e carnes (1,72%). O IBGE destaca ainda a cebola (17,50%) e a batata inglesa (11,27%), apesar de altas menores que as de dezembro.

Comer fora teve aumento menor, passando de 0,58%, no mês passado, para 0,53%. Mas a refeição subiu mais, 0,67%.

Entre as quedas, Transportes variou -0,47%, menos que em dezembro (-0,93%). Com recuo de 2,73%, a gasolina representou impacto individual de -0,12 ponto no IPCA-15. O preço só aumentou na região metropolitana de Salvador. Também caíram etanol (-1,17%), óleo diesel (-3,43%) e passagens aéreas (-3,94%, depois de alta de 29,61% no último mês de 2018).

Ainda nesse grupo, o IBGE apurou aumentos nas tarifas de ônibus interestaduais (2,63%), intermunicipais (1,12%) e ônibus urbanos (1,04%). Nesse último item efeito dos reajustes aplicados em Belo Horizonte e São Paulo, onde também houve elevação das tarifas de trem e metrô, sempre de 7,5%. No Rio de Janeiro, houve aumento no táxi. 

No grupo Habitação, que variou 0,08% neste mês, a energia elétrica caiu 0,73%, na quarta queda seguida, embora menos intensa. Aumentaram a taxa de água e esgoto (0,70% e o gás encanado (1,69%).

Com aumento de 2,23% nos itens de higiene pessoal, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais teve a segunda maior alta de janeiro: 0,68%, representando impacto de 0,08 ponto.  

Entre as áreas pesquisadas, a região metropolitana de Curitiba teve deflação (-0,08%), com influência das quedas do preço da gasolina e da tarifa de energia. A maior variação foi a de Salvador (0,80%), sob impacto de frutas e carnes. Em São Paulo, o IPCA-15 variou 0,21%. No acumulado em 12 meses, a taxa vai de 2,72% (Fortaleza) a 4,45% (Porto Alegre).

O IPCA e o INPC de janeiro serão divulgados no dia 8 do mês que vem.

 

Fonte: Rede Brasil Atual