Novembro 26, 2024
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Uni Juventude Brasil repudia retirada de direitos na América Latina

A alteração do Estatuto da Juventude do Chile, que sacrifica ainda mais os jovens, foi um dos temas discutidos durante a 7º Reunião Enlace da Uni Juventude Brasil. A reunião foi realizada no Sindicato dos Bancários de São Paulo, no dia 5, e contou com a participação de várias entidades. 

A bancária e vice-presidenta da Uni Juventude Brasil, Lucimara Malaquias, destaca que essa reunião tem como objetivo criar um fórum de discussão permanente e criar uma rede para atualizar as pautas de interesse comum para a juventude trabalhadora. Dentre os assuntos, o que mais preocupa atualmente é a alteração do Estatuto da Juventude, votado no dia 12, pelo parlamento chileno.

As mudanças, segundo Lucimara, eliminam o descanso dominical, a indenização por anos de serviço, o direito legal de gozar de férias, autoriza jornada de trabalho diária de até 12 horas, ataca direitos trabalhistas históricos e dificulta a atividade sindical e de fóruns existentes de debates.

“Essas alterações atacam direitos da juventude, a parcela da população mais prejudicados diante dessa conjuntura atual. Com essas alterações, será permitido inclusive o trabalhador realizar vários turnos de trabalho no mesmo dia, o que poderá aumentar os acidentes. Nós repudiamos e não aceitamos a retirada de direitos.”

A representante ainda relembra que o mesmo que acontece no Chile se assemelha às propostas de Mauricio Macri, presidente da Argentina, e às medidas que o governo ilegítimo de Temer vem promovendo no Brasil. “Esse contexto exige uma mobilização internacional dos trabalhadores, em especial da juventude que tem sido muito atacada com o corte de projetos e com a falta de oportunidades no mercado de trabalho, e quando consegue alcançar alguma vaga, o trabalho é informal ou extremamente precário”, finaliza.

Solidariedade

A vice-presidenta da Uni Juventude Brasil ainda destaca que diante do que vem acontecendo no Chile, as cinco entidades Contraf-CUT, Contratuh,  Contracs, Siemaco e Federação dos Trabalhadores em Saúde do Estado de São Paulo escreveram e assinaram uma carta, protocolada na embaixada no Brasil e endereçada ao presidente chileno Sebastian Piñera, em solidariedade aos jovens trabalhadores e repudiando as medidas que retiram direitos e afetam a saúde e o bem-estar das pessoas.

Veja a íntegra das cartas, em anexo, abaixo.

Outras pautas

Na mesma reunião também foram debatidas as resoluções do Congresso Mundial da Uni Américas e as estratégias para implementação nos sindicatos. A vice-presidenta ainda comenta que a juventude conquistou uma cota de participação de 10% nos congressos e reuniões da entidade internacional.

“Foi uma conquista histórica, fruto da mobilização da juventude nos sindicatos. Agora o desafio é implementar e formar os jovens dirigentes”, enfatiza.

Outro assunto discutido foi a participação dos jovens na 2º Oficina de Formação, organizada pela Rede de Jovens que será realizada no dia 25 de setembro, na sede campestre do Sindicato dos Bancários de Curitiba.  

Fonte: Seeb SP