Em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) encerrada nesta quarta-feira (21), o Banco Central (BC) decidiu baixa os juros básicos da economia em 0,25 ponto percentual, para 6,5% ao ano. Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, a redução seguida, a 12ª consecutiva, dá a dimensão da incerteza do governo ante o prolongamento da crise econômica do país.
"Os sinais indicam que a saída do fundo poço é instável e insegura. Há sinalizações de melhoras e pioras em diferentes quadros. Os resultados de janeiro foram ruins em diversos setores da economia. Portanto, a crise é muito mais grave do que aquela que o governo tenta mostrar à sociedade", afirma Clemente.
O especialista acredita que o governo deve reduzir a taxa de juros ainda mais, já que a inflação está abaixo da meta. Atualmente, a taxa inflacionária está em 2,8%, enquanto a meta é de 3 a 6%. "A recessão econômica restringiu de forma dramática a atividade econômica, por isso caiu tanto. Aliás, com a grave crise, o BC deveria ter acelerado essa redução de juros para haver o estímulo à produção", afirma.
Clemente explica que a taxa de juros é um instrumento para ditar o ritmo da economia. Segundo ele, a nova redução é uma tentativa do governo Temer para estimular a produção.
Fonte: Rede Brasil Atual