Em cerimônia ocorrida na quinta-feira (12), que reuniu um grande número de militantes e dirigentes sindicais, além de parlamentares do Rio de Janeiro, o presidente da CUT, Vagner Freitas, recebeu a Medalha Tiradentes, maior comenda da Assembleia Legislativa fluminense. A iniciativa de conceder a honraria foi do deputado estadual Gilberto Palmares, do Partido dos Trabalhadores.
Discursaram durante o evento, além do autor da proposta, o presidente da CUT-RJ, Darby Igayara, o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Almir Aguiar, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira Leite, o secretário de Economia Solidária da prefeitura do Rio, Vinícius Assumpção, o coordenador-geral do Sinttel-Rio, Luis Antônio, e o presidente da OAB-RJ, Luis Felipe Santa Cruz.
Para todos eles, a homenagem a Vagner foi justa por sua trajetória, marcada pelo compromisso com a organização e o avanço das lutas da classe trabalhadora. Também foi ressaltada sua defesa intransigente da democracia e do projeto de sociedade dos trabalhadores.
Antes de receber a Medalha Tiradentes, Vagner Freitas falou da sua emoção por ser agraciado pelo parlamento do Rio, estado com o qual tem grandes afinidades. Elogiou a irreverência do carioca, sua cultura, sua alegria e sua postura de vanguarda, politizada e questionadora.
“Não houve nenhuma luta importante para a classe trabalhadora e para o Brasil que não tivesse a participação fundamental do Rio de Janeiro”, lembrou Vagner.
Para ele, a homenagem recebida é, principalmente, uma deferência à Central Única dos Trabalhadores e à classe trabalhadora brasileira.
Vagner denunciou a farsa do julgamento do “mensalão”, apontando seu caráter político e de exceção e o tratamento desumano que o companheiro José Genoino, um dos políticos mais honrados e comprometidos com a luta por um país mais justo e igualitário, vem sofrendo.
“Como a elite não consegue derrotar o nosso projeto político de transformação social no voto, resolveu apelar para o tapetão. Estamos reagindo contra isso até por uma questão de autodefesa. A decisão do STF põe em risco os trabalhadores e todos os brasileiros e brasileiras humildes, já que condena a partir de deduções e ilações”, alertou.
Sobre Genoino, Vagner disse que o tratamento dispensado ao companheiro afronta principalmente os direitos humanos. “Além de preso em precárias condições de saúde, Genoíno está proibido de falar, está amordaçado. Portanto, ele é um preso político.”
- Não temos medo de ditadura. Se insistirem com a intolerância e a ditadura, terão um militante da CUT em cada esquina lutando por democracia – avisou.
O presidente da CUT pregou também na necessidade de uma reforma política no país, com o financiamento público de campanha, para que o filho da classe trabalhadora possa concorrer a cargo eletivo em condições de igualdade com a elite, e de uma reforma tributária, para que os ricos, paguem impostos , pois hoje apenas os assalariados são tributados no Brasil.
Darby Igayara se disse orgulhoso pelo fato de a Central Única dos Trabalhadores, liderada por Vagner, estar na linha de frente da luta em defesa dos petistas presos na Papuda, em Brasília. “Os companheiros condenados injustamente e sem provas são mártires da nossa luta. E nós da CUT não vamos abandoná-los”.
Juvandia disse que a homenagem a Vagner é justa e merecida. Para ela, tanto ele quanto a CUT merecem parabéns pela luta, combatividade e pelo comprometimento com os direitos da classe trabalhadora.
Fonte: CUT-RJ