Com o estado de calamidade vivido no estado do Rio Grande do Sul, bancos como o Bradesco, Santander, Itaú, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, anunciaram medidas para amenizar os impactos sobre seus funcionários e funcionárias.
As empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal que tenham sido vítimas das inundações no Rio Grande Sul têm direito garantido, previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a um adiantamento emergencial de até 10 salários padrão de referência de seu cargo efetivo, desde que o município em que residem tenha decretado estado de calamidade pública. Os valores podem ser devolvidos em até 60 parcelas iguais e sem juros, com valor limitado a 30% do salário.
O Itaú anunciou medidas para mitigar os impactos sobre seus funcionários. Uma delas é a antecipação da Gratificação Semestral, além do pagamento adiantado da primeira e segunda parcelas do décimo terceiro salário. Adicionalmente, o banco também efetuou o pagamento dos estagiários. Outras alternativas estão sendo estudadas e, assim que finalizadas, serão divulgadas.
O Santander anunciou três medidas para mitigar os impactos sobre seus mais de 1200 funcionários localizados nas regiões impactadas: a antecipação do décimo terceiro salário, abono do ponto eletrônico para as ausências no mês de maio e o reforço no suporte do PAPE, que acolhe não somente os funcionários, como as famílias, num atendimento 24 horas por dia.
As medidas anunciadas pelo Banco do Brasil para os trabalhadores foram:
1. Reforço no atendimento das redes de gestão de pessoas (Gepes), com prioridade aos funcionários do Rio Grande do Sul;
2. Liberação do Programa de Assistência Social (PAS), um mecanismo de crédito do banco, voltado aos funcionários;
3. Flexibilização de antecipação de férias para os trabalhadores do Rio Grande do Sul, em caso de solicitação pelo próprio funcionário;
4. Abono 478, mecanismo interno para justificar as faltas em situações específicas, nesse caso por causa da situação de calamidade pública. Essa proposta também inclui a possibilidade do home office;
5. Flexibilização do trabalho remoto;
6. Adição de funcionários de outras localidades do país como reforço nas dependências do RS;
7. Substituição de todas as funções gerenciais, em dependências do RS, para compor um comitê, com objetivo de estruturar e atender melhor as demandas;
8. Adiantamento salarial, considerando a margem consignável de cada funcionário.
No Bradesco, as medidas visam proporcionar suporte psicológico, financeiro e logístico aos trabalhadores afetados pela situação de emergência no estado. Conheça-as:
- Apoio psicológico: Funcionários, dependentes e familiares terão acesso a suporte psicológico gratuito 24 horas, por meio do canal 0800 701 1212 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.;
- Monitoramento ativo: Assistentes sociais monitorarão ativamente os funcionários diretamente impactados pela calamidade;
- Antecipação do 13º salário: A primeira parcela do 13º salário será antecipada para o dia 17 de maio;
- Vale alimentação emergencial: Um vale alimentação no valor de R$ 835,99 será concedido em 31 de maio;
- Flexibilização de férias: Os funcionários poderão antecipar ou prorrogar suas férias conforme suas necessidades;
- Abono de faltas e flexibilização da jornada: As faltas serão abonadas e haverá flexibilização na jornada de trabalho, com a possibilidade de manutenção do trabalho remoto, se necessário;
- Alteração do VR para VA: Haverá suporte na solicitação de alteração do direito de Vale Refeição (VR) para Vale Alimentação (VA), sem período de carência, devido à dificuldade sistêmica de acesso causada pela falta de internet;
- Telemedicina: Atendimento médico será disponibilizado via telemedicina pelo App Bradesco Saúde;
- Empréstimo social (VivaBem): Empréstimo em condições diferenciadas de até dois salários, com crédito em até dois dias úteis após a solicitação, devolução em 48 meses, sem juros, e carência de seis meses para início do pagamento.
- “Essas medidas foram planejadas para mitigar os impactos da calamidade na vida dos funcionários do Bradesco no Rio Grande do Sul, oferecendo o suporte necessário em um momento crítico. Conforme a situação evolui, novas medidas emergenciais poderão ser adotadas para continuar atendendo às necessidades dos trabalhadores”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco.
As deliberações também são resultado de reuniões do comitê de crise, composto por representantes sindicais bancários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) e do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários/POA), juntamente com membros da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).