A Contraf-CUT critica a postura do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo pagamento das despesas de um evento festivo do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região (SP e MS), no Theatro Municipal de São Paulo. A informação foi divulgada na quarta-feira, dia 28, pela Folha de S.Paulo.
Segundo a reportagem, a Caixa desembolsou R$ 150 mil e o Banco do Brasil, R$ 75 mil. “É uma situação no mínimo embaraçosa e preocupante. Como pode um juiz ser isento ao julgar processos contra essas instituições?”, argumenta Marcel Barros, funcionário do BB e secretário-geral da Contraf-CUT.
Para o dirigente sindical, está na hora da sociedade se atentar para casos como estes. “Não podemos considerar normal que bancos paguem coquetel, viagens e outras mordomias para juízes”, alerta Marcel.
O presidente da Ajufesp (Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul), Ricardo Rezende, disse que o TRF-3 deveria ter verbas para solenidades “para não depender do auxílio de outras entidades” e que “a celebração da posse” é comum nas instâncias da República.
“Contudo, não está claro o objetivo dos bancos. Cobramos que ambas as empresas venham a público para esclarecer as razões do pagamento desse coquetel para os juízes”, defende Marcel. “As estatais, mais do que nunca, precisam ser exemplos de ética e moralidade no trato do dinheiro público”, concluiu.
Fonte: Contraf-CUT cm Folha de São Paulo