O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 4,280 bilhões, no 1º trimestre de 2023. Os dados representam queda de 37,3% em relação ao mesmo período de 2022 e crescimento de 168,3% quando comparado ao resultado do 4º trimestre do mesmo ano (o lucro do 4º trimestre foi de R$ 1,437 bilhões).
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O Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROAE) do banco ficou em 10,6%, com queda de 7,4 pontos percentuais (pp) em doze meses. Segundo o relatório, “a geração de receitas com a margem de clientes, prestação de serviços e operações de seguros absorveu as maiores despesas com PDD (provisão para devedores duvidosos), em decorrência da inadimplência no segmento massificado (PF e PJ) e o aumento já esperado das despesas operacionais, principalmente pelo efeito do acordo coletivo”.
Um desses eventos de inadimplência refere-se ao caso das Lojas Americanas, que divulgaram ao mercado, em janeiro de 2023, fato relevante para informar a detecção de inconsistências contábeis em demonstrações financeiras de exercícios anteriores estimadas em cerca de R$ 20 bilhões, dos quais o Banco Bradesco seria uma das principais instituições afetadas.
A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias caiu -1,0% em doze meses, totalizando perto de R$ 6,9 bilhões. Por sua vez, as despesas de pessoal mais PLR cresceram 8,7% no período, somando R$ 5,6 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas de prestação de serviços e tarifas do banco foi de 122,7%.
A holding começou 2023 com 86.212 empregados, com queda de 1.276 postos de trabalho em doze meses e de 2.169 postos fechados no trimestre imediatamente anterior. Em 12 meses foram encerradas 93 agências e 174 unidades de negócio, totalizando, 2.855 agências e 799 unidades de negócios. O total de clientes do banco aumentou em 1,9 milhão, totalizando 76,7 milhões de clientes.
Fonte: Contraf-CUT