A posse simbólica do novo presidente do Conselho Nacional do Sesi, Vagner Freitas, na tarde desta segunda-feira (27), teve como ingrediente nova bateria de críticas à taxa de juros. Além do próprio Vagner, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, engrossou o ataque. “Vamos trabalhar pra baixar, porque não tem nenhuma razão, não tem demanda que justifique o maior juro do mundo”, disse Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
“É hora de trazer investimentos e reindustrializar o Brasil. Vamos retomar o caminho do desenvolvimento, e a reindustralização é essencial para essa retomada”, afirmou. Vagner Freitas, ex-presidente da CUT, assumiu a presidência do Sesi em fevereiro, em substituição a Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Inclusivo e sustentável
Para Vagner, o desenvolvimento ser “inclusivo e moderno”. Sustentável, do ponto de vista social e ambiental, garantindo distribuição de renda. “A indústria precisa expandir sua participação no Produto Interno Bruto”, afirmou. Nesse sentido, emendou o presidente do Sesi, trabalhadores e empresários não podem ser reféns de uma “política de juros inadequada, extorsiva e equivocada”. Segundo ele, “o diagnóstico errado conduz a um tratamento errado, que resulta na morte do paciente”. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica (Selic) em 13,75% ao ano.
Assim, Vagner afirmou que o “esforço” para tornar o país mais justo e menos desigual passa não só pela economia, mas pela saúde, educação e inovação. Ele afirmou que, nessa direção, o Sesi colabora com o Estado brasileiro. “É necessário uma educação que forme cidadãos plenamente, que respeitem a diversidade.” Sua gestão também buscara fortalecer a participação dos trabalhadores nas decisões.
Câmbio, impostos e juros
Alckmin, que fechou o evento, afirmou que o Sesi é um “sinônimo de excelência”. E contou que a instituição tinha a escola mais disputada em sua cidade natal, Pindamonhangaba (SP).
Sobre as preocupações da economia, o presidente em exercício citou três fatores: juros, impostos e câmbio. Nesse último, a questão agora é preservar a estabilidade. No segundo caso, afirmou,, o pais caminha para ter “finalmente uma simplificação tributária que vai dar um impulso na indústria e no emprego”. Assim, o foco se volta para os juros, além da conquista de mercados internacionais.