Abril 19, 2024
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Brasil tem 239 novas mortes por covid-19, e média móvel sobe há 30 dias

O Brasil chegou nesta terça-feira (20) à marca de 692.280 vidas perdidas e a 36.001.760 pessoas infectadas pela covid-19 desde o início da pandemia, em março de 2020. De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), entre segunda e ontem outras 56.697 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus. A média móvel diária (verificada em uma semana) de mortes de pessoas com covid-19 subiu pelo 30º dia seguido com os 239 óbitos registrados ontem pelo Conass.

É a maior média de mortes por covid desde agosto. Na comparação com os últimos 7 dias, a média de óbitos é de 157. A de casos também segue em alta, com 43.549 casos da doença registrados em média por dia. Segundo a mais recente edição do Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na sexta (16), há uma tendência de aumento de casos de covid na população adulta em todos os estados do país. 

Cuidados no Natal e no Réveillon 

Em razão da proximidade das celebrações de final de ano, o pesquisador e coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, reforçou a importância da manutenção de cautela, especialmente para as pessoas com maior risco de desenvolver casos graves.

“O uso de máscaras adequadas no transporte público, locais fechados ou mal ventilados e nas aglomerações é recomendado até que o cenário epidemiológico volte à situação de baixa circulação do Sars-CoV-2”, explicou Gomes. 

O esquema vacinal atualizado também é uma garantia de segurança, de acordo com infectologistas. A recomendação é ter os comprovantes de imunização inclusive nas confraternizações. A vacina é fundamental porque, embora não impeça os casos leves de covid, diminui muito o risco de formas graves da doença. 

Vacinação

Mas, de acordo com dados do Ministério da Saúde, apenas 49,78% da população total tomou a dose de reforço contra a doença do novo coronavírus. No geral, 80,24% receberam duas doses ou dose única. A maioria – 84,91% – está parcialmente imunizada com apenas uma das doses necessárias. Entre as crianças de 3 a 11 anos, somente 37,41% estão totalmente imunizadas.

“A minha vontade de ‘infecto-raiz’ é falar para não fazer festa de final de ano, mas não é algo factível, sinceramente. Mesmo com a maior circulação do vírus agora e uma taxa de mortalidade que não é de 4.000, mas de cem por dia e isso é alto, se a gente começa a falar assim as pessoas não vão seguir nada”, justificou a infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), ao jornal Folha de S.Paulo

Outras formas de evitar a transmissão é preferir encontros em ambientes abertos, locais com ventilação natural, deixando janelas e portas abertas. O uso de máscara, álcool em gel, distanciamento físico e higiene das mãos também seguem recomendados.

Fonte: Rede Brasil Atual