A conselheira eleita pelos trabalhadores para integrar o Conselho de Administração da Caixa, Maria Rita Serrano, lançou neste sábado (10) seu novo livro Rompendo Barreiras. A obra reconstrói sua trajetória de sua vida, e recupera eventos importantes da política regional e nacional. “É o terceiro livro que lanço. Resgatei um pouco a construção da minha história como militante das causas sociais. Primeira presidenta do Sindicato dos Bancários do ABC, em 1994, e vice-prefeita de Rio Grande da Serra”, relata.
Rita lembra que é historiadora de formação, mas “bancária de profissão”. “Meus últimos livros tiveram um cunho mais histórico. Já esse comecei a escrever na pandemia. Em todos nós, a covid-19 trouxe a sensação da efemeridade da vida. Como ela pode ser curta, rápida e nos fez parar para refletir sobre nossa história”, relata em entrevista a Rafael Garcia, da Rádio Brasil Atual. “Também durante anos trabalhei em ONGs com jovens infratores, tentei resgatar tudo isso, essa história”, completou.
A bancária ingressou na Caixa aos 20 anos, em 1989. O lançamento ocorreu neste sábado, com um sarau na sede do Sindicato dos Bancários do ABC e seu livro Rompendo Barreiras estará disponível em plataformas digitais em versão e-book.
Representatividade
Rita conta que sua trajetória tem relação com a resiliência contra o machismo . “Aproveito para deixar várias mensagens. Primeiramente, barreiras que nós mulheres enfrentamos para entrar em espaços públicos. Machismo, toda essa sociedade patriarcal que ganhou uma cara mais dura durante o governo de Jair Bolsonaro. Também tentei resgatar como formamos nossa opinião crítica a ponto de nos fazer termos paixão em tentar mudar o mundo”, disse.
Seu livro reúne ainda uma seleção de artigos sobre a defesa da Caixa e das empresas públicas. Coordenadora do Comitê em Defesa das Empresas Públicas, ela relata a experiência da participação dos trabalhadores em espaços como este. Sobretudo, a importância da participação de mulheres.
A história de Rita também passa por seu entusiasmo na criação da TVT, da Rádio Brasil Atual e da RBA e Revista do Brasil. “Várias vezes falamos da importância da construção de uma TV dos trabalhadores, de canais de comunicação voltados para os trabalhadores. Isso, para sairmos do oligopólio conservador que domina a comunicação. Então, essa história é parte da minha trajetória no sindicato.”