Entre 2016 e 2020, o câncer de mama foi a principal causa de morte de mulheres no Brasil. O número representa 16,3% do total de óbitos no período, de acordo com levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Nesse sentido, é possível entender como campanhas de conscientização sobre a doença, como o Outubro Rosa, são extremamente importantes.
A campanha divulga a necessidade da realização de exames nas mamas com frequência, já que há chances maiores de um tratamento bem-sucedido quando o câncer de mama é descoberto logo no início.
Porém, segundo Larissa Ghermandi, que é médica, existem também outras atitudes que podem e devem ser tomadas para evitar a doença. Afinal, 30% dos casos de câncer de mama poderiam ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis.
"Para afastar fatores que podem desencadear a doença, é importante cuidar do corpo e da mente de forma preventiva, praticando atividades físicas, mantendo uma alimentação saudável e controlando o peso corporal", afirma Ghermandi.
A médica alerta ainda que o autocuidado é também aliado na prevenção e diagnóstico precoce. "Além dos nódulos ou caroços fixos e indolores, deve-se observar alterações e inchaços em toda a região dos seios e axilas, que são sinais de que é necessário investigar", diz.
Caso na família é fator de risco do câncer de mama?
Quando se fala em câncer de mama, uma dúvida muito frequente está relacionada a hereditariedade. Porém, segundo Ghermandi, casos na família representam maior risco de desenvolvimento do câncer apenas para parentes em primeiro grau.
"Para estas pacientes, a indicação é que seja feito o acompanhamento anual com exames. Para mulheres a partir dos 50 anos, o Ministério da Saúde recomenda o rastreamento via mamografia a cada dois anos, quando não há sinais ou sintomas", explica a médica.
Fonte: Larissa Ghermandi, médica da família da operadora de saúde Sami.