Novembro 25, 2024
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Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense faz ato no Santander pelo Dia Nacional de Luta contra Terceirização

Na manhã desta terça-feira, 30 de novembro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense protestou em agências do Banco Santander, em Duque de Caxias.

As ações fazem parte do Dia Nacional de Luta contra Terceirizações, onde denunciam a prática utilizada pelo banco, que está abrindo empresas e realocando trabalhadores da categoria bancária para realizar os serviços bancários a partir destas empresas.

Ocorreram atos, protestos e manifestações em todo o país. 

As diretoras e diretores do Sindicato panfletaram e falaram para clientes, funcionárias, funcionários e para o público em geral, sobre esta prática maléfica aos trabalhadores. 

Gentil Ramos, Diretor do Sindicato e funcionário do Santander, explicou sobre este dia de luta: “Durante o governo Temer, após o golpe, o governo sancionou o Projeto de Lei 4330, que normalizou a terceirização no país. Os banqueiros aproveitaram para terceirizar e, assim, precarizar, setores estratégicos do banco. Hoje temos trabalhadores fazendo o mesmo trabalho dos bancários, cumprindo as mesmas etapas e, inclusive, acessando dados de clientes, mas sem os mesmos direitos. Isso retira direitos, precariza e coloca em risco os trabalhadores que já estão nas agências, pois o banco irá priorizar sempre o menor custo. Somos totalmente contra isso”.

Lucros

O Banco Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 12,467 bilhões nos nove primeiros meses de 2021, crescimento de 29,4% em relação ao mesmo período de 2020 e de 4,1% no trimestre, e uma rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROE) de 22,4%, alta de 1,4 ponto percentual (p.p.) em doze meses. De julho a setembro deste ano, o lucro líquido do banco no país atingiu R$ 4.340 bilhões, 27,6% do lucro global, que foi de € 6.379 bilhões, alta de 87% em doze meses e 25% no trimestre.

Mas, em um ano, o Santander fechou 139 agências e 35 postos de atendimento bancário (PABs), o que gera economia com a manutenção de sua estrutura. E, mesmo assim, a receita com prestação de serviços tem aumentado. Em 12 meses, a renda obtida com tarifas bancárias cresceu 7,9%, totalizando R$ 14,4 bilhões, o que é suficiente para que o banco cubra mais do que dobro de todas as despesas que tem com seus funcionários.

Em setembro de 2021, as receitas com tarifas seriam suficientes para pagar todas as despesas com os funcionários e ainda sobraria 113,14% do valor. E esta é uma arrecadação ínfima obtida pelo banco se comparada a que ele obtém com as demais transações financeiras.