Nesta última terça-feira, 3 de agosto, funcionárias e funcionários dos Bancos Bradesco e Santander, realizaram Encontros Nacionais onde definiram planos de lutas contras ataques dos bancos e formalizaram pauta específica de reivindicações.
Confira abaixo o que foi definido nos encontros, banco a banco.
Santander
O Encontro Nacional dos Funcionários do Santander, realizado nesta última terça-feira (3) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco, trouxe aos delegados o debate sobre os planos de previdência fechados, os ataques que os mesmos vêm sofrendo, tanto da parte dos bancos quanto do governo, e a análise dos resultados do balanço do banco e da holding de empresas grupo.
O debate sobre os ataques aos planos de previdência continuou com apresentações sobre os planos fechados do Santander (Banesprev, Sanprev, SantanderPrevi e Bandeprev).
No período da tarde, a economista Catia Uehara, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentou dados sobre o balanço do banco e informações importantes sobre empresas que fazem parte da holding do Santander.
No segundo trimestre de 2021, o Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 4,171 bilhões, crescimento de 98,4% em relação ao obtido no mesmo período do ano passado. O lucro obtido nos primeiros seis meses no Brasil representou 22,5% do lucro global do conglomerado, que foi de € 4,205 bilhões.
Ao final do encontro, os delegados apresentaram propostas de ações para resistir aos ataques contra os direitos dos trabalhadores e avançar na conquista de novos direitos.
Claudio Merçon (Cacau), membro efetivo da COE Santander, disse que “o encontro foi muito importante para esclarecer os pontos em relação às previdências e traçar o plano de lutas para os desafios que teremos daqui pra frente”.
Tanto o plano de lutas, quanto os documentos e apresentações feitas durante o encontro serão disponibilizadas aos representantes da COE e das entidades sindicais que fazem parte do Comando Nacional dos Bancários, que se encarregarão de fazer o repasse para suas bases.
Bradesco
Emprego, saúde e segurança são os principais pontos da minuta específica de reivindicações do Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco, realizado nesta última terça-feira (3), digitalmente. O documento será encaminhado à direção do banco.
Os trabalhos do dia começaram pela manhã com uma análise de conjuntura feita pela presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Nós temos que discutir o Brasil que a gente quer, para pensar numa solução para este mundo que está tão doente. É importante falar do geral, para depois falarmos do específico. Olhando o geral para saber como vamos atuar por banco”, salientou.
Na sequência, o reflexo da pandemia na saúde do trabalhador entrou em debate.
A Secretária de Bancos Privados da Fetraf RJ/ES, Renata Soeiro, relatou que “o Encontro foi importantíssimo para reunirmos as propostas surgidas nas reuniões regionais de todo o país, e elencar prioridades na construção da nossa minuta de revindicações nas mesas especificas”.
O coordenador do Coletivo de Segurança Bancária da Confederação, Elias Jordão, foi o convidado especial da mesa sobre unidades de negócio e segurança bancária. Para ele, “o ano de 2022 será fundamental para a segurança do bancário dentro das agências”.
Gustavo Cavarzan, técnico da subseção do Dieese da Contraf-CUT, mostrou que o fechamento dos postos de trabalho e o de agências são dois dos principais pontos do lucro do Bradesco nos últimos meses.
O teletrabalho também entrou na pauta. Os delegados e as delegadas do encontro nacional debateram a necessidade de negociar com o banco sobre o acordo de teletrabalho, assinado em 2020.
Fonte: Fetraf RJ/ES