A pandemia de Covid-19 e o esforço internacional para lutar contra o vírus mostrou a importância das vacinas para o controle de doenças. Neste 9 de junho, quando se comemora o Dia Nacional da Imunização, é importante combater as fake news que espalham medo e desinformação e reforçar a necessidade de que a cobertura vacinal alcance o maior número de pessoas para a segurança de todos.
O Brasil entrou em junho com pouco mais de 22 milhões de pessoas completamente imunizadas com as duas doses das vacinas contra a Covid-19. De acordo com números de 1º de junho, quase 22% da população tinha recebido ao menos uma dose e cerca de 10% a segunda. Pesquisas mostram ser necessária uma imunização de 75% da população adulta para que as regras de distanciamento, uso de máscaras e de álcool em gel sejam finalmente afrouxadas. E isso ainda não tem data para acontecer no Brasil.
Por estarem na linha de frente do atendimento à população em um dos poucos setores onde não houve lockdown, os bancários estão mobilizados para reivindicar a inclusão da categoria no Plano Nacional de Imunizações (PNI). Pela pressão dos bancários e entidades, realizada nas últimas semanas, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) conseguiram agendar reunião com o governo federal para discutir a entrada da categoria no Plano Nacional de Imunizações.
A reunião foi agendada para o dia 15 de junho, com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e a presença da Fenaban e da Febraban, além do Comando Nacional dos Bancários. “Espero que haja bom senso e respeito com quem está atuando na linha de frente, e com toda população brasileira, que espera ansiosa a vacinação em massa” afirmou Rita Serrano, que, como representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, já havia levado essa demanda dos colegas para a última reunião do Conselho.
A imunização já reflete numa queda significativa do número de mortes da população idosa, que representava 79% dos óbitos em novembro de 2020 e passou para 57,6% no mês de maio. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Butantan, no município de Serrana (SP), com a vacina Coronavac, indicou que o número de casos sintomáticos da Covid-19 caiu 80%; as internações, 86%; e as mortes, 95% após a segunda dose da vacina.
“Nós poderíamos estar na linha de frente, pela expertise que já temos em campanhas de vacinação, somos referência, mas o governo preferiu vender a ideia de remédios que não funcionam, ao invés de garantir insumos para adiantarmos a produção de vacinas”, criticou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
A pandemia da Covid-19, que já matou mais de 3,7 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), também fez com que vacinas fossem desenvolvidas, aprovadas, fabricadas e aplicadas na população em menos de um ano.
Para evitar que sites divulguem falsas informações a respeito da segurança das vacinas, a OMS criou uma rede de segurança das vacinas, onde os sites são fiscalizados quanto à confiabilidade de suas informações. No Brasil, o site listado na rede de segurança das vacinas é o site da Sociedade Brasileira de Imunizações.
Fonte: Fenae