Bancárias e bancários da Caixa Econômica Federal da Baixada Fluminense, aprovaram a decretação do estado de greve, em assembleia virtual realizada nesta quinta-feira, dia 22 de abril.
Foram 91 votos: 83 votos a favor (91,21%) e 6 votos contra (6,59%).
O resultado é uma resposta dos bancários, após a direção do banco anunciar a venda de ações do banco, que a privatização não será bem vinda.
O diretor do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e funcionário da Caixa, Márcio Wanderley, ressaltou a força da categoria bancária: "Esta assembleia demonstrou a nossa capacidade de unidade frente aos ataques que estamos recebendo deste governo neoliberal e ultrapassado. Estamos organizando uma live, na segunda-feira, para demonstrarmos a nossa unidade nacional de luta".
Porque participar da luta na Caixa:
1°) A venda de ações da Caixa Seguridade consolida o projeto de privatização da Caixa Econômica em partes, abrindo mão de importantes ativos do banco;
2°) A Caixa quer transformar os empregados em cúmplices da privatização. A estratégia é seduzir o bancário a comprar ações e transformá-lo em agentes da privatização da própria empresa;
3º) Comprando ações, o empregado contribuirá para fechar o seu próprio posto de trabalho. Ou seja, fica com as ações, mas perde o emprego;
4º) A privatização da Caixa compromete o futuro de outros patrimônios dos empregados, como o Saúde Caixa e a Funcef;
5º) O banco ainda está aproveitando o momento para impor metas. Cada agência deve vender parte das 450 milhões de ações a serem abertas na bolsa no dia 29 de abril. Ou seja, como acionistas, os bancários serão reféns da própria exploração.