O imunizante CoronaVac, desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, possui eficácia entre 78% e 100%. Os estudos finais foram divulgados hoje (7) e já foram encaminhados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Instituto Butantan também já encaminhou pedido de registro para uso emergencial das vacinas.
Após dois adiamentos, os estudos de eficácia realizados no Brasil foram divulgados com os seguintes resultados: a CoronaVac alcança 78% de eficácia para casos leves da covid-19; já para casos moderados e graves, possui 100% de eficiência. Ou seja, mortes foram completamente evitadas, de acordo com os estudos. A vacina utiliza vírus inativado, uma tecnologia segura e que conta com domínio histórico de manipulação pelo Instituto Butantan.
Os resultados apresentados pelo Butantan foram revisados por um comitê internacional independente sediado na Áustria. Os estudos conduzidos no Brasil contaram com 13 mil voluntários em oito estados. A vacina funciona com a aplicação de duas doses com 14 dias de intervalo. Cabe à Anvisa acelerar o processo de aprovação para o uso emergencial. De acordo com os protocolos, uma vacina precisa ter ao menos 50% de eficácia para ser aprovada; logo, não há impedimentos técnicos.
A CoronaVac já foi aprovada para uso emergencial na China e na Indonésia. Na China, desde julho, 700 mil pessoas já receberam doses do imunizante. Já a Indonésia começa a vacinação no dia 13 deste mês. A Turquia também deve começar a aplicação da vacina, já que um estudo preliminar de eficácia no país apontou para 91,25% de imunização.
Cronograma
O governador, João Doria (PSDB), manteve a programação para o início da vacinação no dia 25 de janeiro, feriado na capital paulista (aniversário da cidade). O cronograma de vacinação deve ocorrer nas cidades paulistas de segunda a sexta, das 7h às 22h, e das 7h às 17h aos sábados, domingos e feriados.
Nas últimas 24 horas, o estado de São Paulo registrou mais de 14 mil novos casos de covid-19, maior número desde o dia 13 de agosto, até então momento de pico da epidemia. A tendência é de que a situação se agrave nas próximas semanas, em razão das aglomerações e comemorações vistas por todo o estado durante as festas de fim de ano.
Mais detalhes serão divulgados no início da tarde em coletiva de imprensa conjunta de membros do governo estadual e do Instituto Butantan.
Fonte: Rede Brasil Atual