O Brasil teve hoje (28) mais um dia com registro de mais de mil mortos em 24 horas pela covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Com o acréscimo, já são 26.754 vítimas da pandemia. Já o número de casos confirmados chegou a 438.238, com 26.417 novos registros. A subnotificação é realidade, atestada por diferentes instituições médicas.
A curva epidemiológica no Brasil segue em ascensão e não existe uma previsão concreta de quando a pandemia deve parar de crescer. Diante desse cenário, o consenso de especialistas é o isolamento social, para evitar mais rápida disseminação da doença e consequente colapso do sistema de saúde.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o
Brasil, sozinho, tem 25% das mortes diárias causadas pela covid-19 no planeta – de quatro óbitos, um ocorre no Brasil –, o que faz o país ser o o epicentro mundial da doença. A América Latina representa 40% das mortes diárias provocadas pelo vírus.
Epicentro
São Paulo é o local mais afetado pela pandemia. Com 95.865 casos confirmados, os mortos já são 6.980. A taxa de ocupação de UTIs segue alta, com relativa estabilidade em alguns municípios. Na capital, 92% dos leitos estão ocupados. Outras cidades apresentam problema ainda maior, como Guarulhos, na região metropolitana, com 100% de lotação.
Já a taxa de isolamento no estado segue abaixo do ideal. Inicialmente pensada em 70%, a classe médica já aceita que um índice de isolamento de 55% já traria resultados positivos no controle do contágio. Entretanto, a realidade mostra 48% de isolamento no estado e 49% na capital. Mesmo com a adesão insuficiente da população e com a perspectiva de explosão no número de infecções nos próximos dias, o governo João Doria (PSDB), anunciou um programa de relaxamento das medidas sanitárias, a começar na próxima segunda-feira (1º).
Estado da pandemia
Um dia depois do anúncio das medidas de relaxamento, São Paulo também registrou hoje recorde de novos casos computados em um dia. Foram 6.382 casos. E o número de mortos também subiu expressivamente, passando de uma média abaixo de 100 nos últimos cinco dias para 268 hoje.
Segundo estado mais afetado, o Rio de Janeiro apresentou pelo terceiro dia consecutivo mais de 200 mortes em período de 24 horas. Com 4.856 mortos, o estado é o segundo a ultrapassar, sozinho, o número de vítimas de toda a China. O gigante asiático, de 1,3 bilhão de habitantes, foi o primeiro epicentro da doença do mundo e teve pouco mais de 4 mil mortos.
Fonte: Rede Brasil Atual