Novembro 27, 2024
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Bancárias participam do encontro da Rede Uni Mulheres

Bancárias de vários pontos do Brasil participaram do encontro da Rede Uni Mulheres, nos últimos dias 11 e 12, que reuniu mulheres do Chile, Brasil Argentina e Uruguai, em Buenos Aires, na Argentina.

O objetivo do evento é a troca das experiências feministas nos diversos países para montar uma pauta em comum que fortaleça a luta na construção de avanços para as mulheres. “Foi uma experiência muito rica, pois conseguimos vivenciar a retomada da esperança das argentinas com a eleição deste novo governo democrático e ainda o medo das companheiras uruguaias pelos retrocessos impostos com o governo de direita que assumiu recentemente e fez com que elas temessem que tudo que foi conquistado com os governos de esquerda anteriormente possam se perder. Além disso, houve o relato das mulheres do Chile, que contaram como foi todo o processo da crise que eclodiu no país e os planos de resistência”, afirmou Elaine Cuttis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Nós estamos num momento de transformações, no qual é fundamental que esta troca seja cada vez mais permanente para fortalecer a unidade de toda a classe trabalhadora e, principalmente das mulheres, que geralmente são as mais impactadas pelo retrocesso”, completou.

Convenção 190 da OIT

Também foi debatido a aprovação, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Convenção 190 que trata da violência no mundo do trabalho. O texto aprovado é fruto de um debate, iniciado por movimentos de mulheres, que começou em 2009, na Confederação Sindical Internacional (CSI), e venceu resistências dos empregadores que consideravam o tema uma questão a ser resolvida por políticas públicas. As diretrizes da Convenção só passarão a valer a partir da ratificação pelos países. É após a adoção da Convenção que os tribunais passam a se pautar pela norma aprovada. “O grande desafio agora é poder estar todas unidas para conquistar a ratificação da convenção da OIT em todos os países “, explicou Elaine.

‘Basta! Não irão nos calar’

A delegação brasileira apresentou algumas das ações deitas no país para defender os direitos das mulheres bancárias. Um dos destaques que mais chamou a atenção foi o novo projeto do Sindicato dos Bancários de São Paulo, de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica.

projeto do Sindicato, que faz parte da programação dos 16 Dias de Ativismo, uma campanha mundial para combater o feminicídio e outros crimes contra a mulher, oferecerá atendimento jurídico especializado em violência doméstica e de gênero e atuará, em parceria com a Rede Municipal de Enfrentamento à Violência Doméstica, atendendo as demandas jurídicas que não podem ser absorvidas pela Defensoria Pública. É uma contraofensiva do movimento sindical contra o atual retrocesso político e social.

#UniSororidad

As bancárias brasileiras relataram ainda o trabalho para a campanha para manifestar e mostrar resistência contra a violência. Com a hashtag #UniSororidad, o movimento acontece na rede social Twitter todos os dias 25 de cada mês e mostra informações e protestos sobre a realidade do gênero na sociedade.

Contraf-CUT apoia a campanha. “É extremamente importante reforçar a nossa luta de combate à violência contra a mulher. O nosso objetivo é sensibilizar e dar ainda mais visibilidade contra este grave problema e salientar a importância de ações efetivas para o combate à violência”, afirmou Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT. Para Elaine, a campanha é extremamente importante, pois dará visibilidade ao tema nas redes sociais. “Nosso objetivo é mostrar os números da violência e cobrar ações efetivas para erradicar o problema na sociedade. Portanto, nos dias 25, precisamos estar unidas usando a hashtag #UniSororidad no Twitter”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT