A Contraf-CUT, junto com a Comissão de Negociação dos Empregados, retomou nesta segunda-feira (6) os debates com a direção do BNDES, conforme havia sido informado que ocorreria na assembleia dos funcionários, realizada no dia 17 de dezembro, no Rio de Janeiro.
Na primeira rodada em 2014, houve a apresentação pelo banco de uma minuta de proposta para o acordo da campanha salarial de 2013, com algumas novas cláusulas, porém sem que constasse no texto qualquer menção à formalização das apresentações do GEP Carreira, realizadas em novembro pela Área de Recursos Humanos (ARH), como a base da negociação para a construção final da proposta do Plano de Carreira.
Diante do entendimento da necessidade dessa formalização no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2013/2014, uma vez que o próprio presidente do BNDES, Luciano Coutinho, já oficializou a apresentação como a base da proposta a ser negociada, inclusive estipulando o prazo de 15 de fevereiro como o limite para a conclusão dos trabalhos, a Comissão dos Empregados insistiu para que a minuta retorne à apreciação da diretoria do banco, o que deve acontecer nesta terça-feira (7) para a inserção de cláusula com redação do item 1 do referido documento do presidente, que diz:
- “O BNDES considera que a base da proposta do novo plano de carreira é a apresentação realizada nos dias 18 e 19/11/13 pela Área de Recursos Humanos”.
Para Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, foi uma surpresa a proposta do GEP Carreira novamente não constar da redação formal do ACT. “Esse é o ponto que vimos batendo o tempo todo na mesa de negociação e o que vem retardando a apresentação de uma proposta global às assembleias, e mesmo quando o presidente do BNDES o fez diretamente, por escrito, à Contraf-CUT, em dezembro último, a diretoria do banco não o apresenta no ACT”.
“Espero sinceramente que tenha ocorrido uma incompreensão da importância na construção do instrumento normativo por parte da diretoria do BNDES ou, caso contrário, estamos diante de um problema muito maior”, argumenta Miguel.
Outra questão importante é o tratamento do ponto do dia 10 de dezembro, data da paralisação de 24 horas. A minuta apresentada traz consigo o abono integral do dia, sujeito por questões formais à apreciação da proposta em assembleia geral. Como a minuta retornou para ajustes em função da formalização do GEP Carreira, não deverá haver nova assembleia antes de sexta-feira (10), data máxima para ajuste do ponto no sistema do banco.
Diante da intenção de abonar o ponto e da falta de tempo hábil antes de sexta-feira para uma assembleia, a Comissão dos Empregados cobrou que a administração do BNDES publique informativo orientando os empregados sobre o procedimento a ser adotado. Até que tal ocorra, os empregados devem deixar a marcação em branco sem lançar qualquer código.
A análise das demais condições da proposta será realizada quando da alteração solicitada na minuta. Caso a formalização do GEP Carreira dentro do ACT seja concretizada, haverá indicação de assembleia geral deliberativa sobre a proposta para a próxima semana.
Novas rodadas de negociações
Na reunião desta segunda-feira também ficou definida a realização de três rodadas durante o mês de janeiro, uma a cada semana, para que sejam debatidas finalmente as questões relativas à GEP Carreira.
Já está agendada uma nova reunião para esta quinta-feira (9), com previsão de durar todo o dia, para iniciar a discussão dos pontos de ajustes e melhorias do GEP Carreira.
“Diante de tanta protelação, é grande a ansiedade para iniciarmos logo a negociação que realmente é a mais importante no momento, que é a efetivação da GEP Carreira, com os fundamentos já divulgados, como a Senioridade e a Incorporação de Função, por exemplo. Ainda temos que correr contra o tempo, já que teremos até o dia 15 de fevereiro para concluir essa negociação”, conclui Miguel.
Fonte: Contraf-CUT