Maio 05, 2024
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Contraf-CUT completa sete anos de lutas e conquistas dia 26 de janeiro

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) completa sete anos de lutas e conquistas neste sábado 26 de janeiro. A entidade foi fundada em 2006, durante uma assembleia histórica em Curitiba, ampliando o espaço de atuação da extinta Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT), construída em 1992, e assumindo a representação dos trabalhadores do ramo financeiro.

 

O primeiro presidente da Contraf-CUT foi o funcionário do Itaú, Luiz Cláudio Marcolino, que também presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo e hoje é deputado estadual do PT de São Paulo.

 

O 1º Congresso da Contraf-CUT foi realizado no dia 25 de abril de 2006, em Nazaré Paulista (SP). Vagner Freitas, empregado do Bradesco e hoje presidente da CUT, foi eleito presidente.

 

Já o 2º Congresso da Contraf-CUT aconteceu nos dias 14 e 15 de abril de 2009, em São Paulo, que elegeu o bancário do Itaú e ex-secretário-geral Carlos Cordeiro para presidente.

 

E o 3º Congresso da Contraf-CUT ocorreu nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril de 2012, em Guarulhos (SP), onde Carlos Cordeiro foi reeleito presidente. A entidade coordena o Comando Nacional dos Bancários e representa mais de 90% de todos os bancários do Brasil.

 

A Contraf-CUT é também referência internacional para os trabalhadores de todo mundo. É filiada à UNI Global Union, o sindicato mundial que representa cerca de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços. Carlos Cordeiro é também o atual presidente da UNI Américas Finanças, que organiza os bancários do continente americano.

 

Uma longa tradição de luta

A Contraf-CUT é a herdeira institucional de uma longa tradição de luta dos bancários brasileiros, que remonta ao início do século 20, quando os trabalhadores das casas bancárias fundaram suas primeiras associações.

 

Todas as conquistas da categoria foram obtidas com organização e unidade, em um século de lutas – desde a jornada de 6 horas em 1933 até os aumentos reais de salário, a valorização do piso e o avanço no combate ao assédio moral e à igualdade de oportunidades dos últimos anos.

 

Essa luta foi brutalmente interrompida pelo golpe militar de 1964 e retomada em meados da década de 1970, quando bancários, metalúrgicos, químicos, professores e outras categorias profissionais criaram o que ficou conhecido como o “novo sindicalismo”, convergindo para a criação da CUT em 1983.

 

Com a ascensão das lutas sindicais na década de 1980, os bancários sentiram a necessidade de reorganizar suas entidades nacionais, para articular a organização e as mobilizações em todo o país. Assim nasceu o Departamento Nacional dos Bancários da CUT (DNB-CUT), em 1985, sucedido de 1992 a 2006 pela Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT).

 

Conquistas e desafios

Ao longo desses sete anos, a Contraf-CUT fortaleceu a unidade nacional dos bancários e esteve à frente de todas as campanhas salariais, coordenando o Comando Nacional dos Bancários e consolidando a convenção coletiva nacional de trabalho, que completou 20 anos em 2012, válida para funcionários de bancos públicos e privados de todo país.

 

 

Com a força da unidade nacional e da mobilização, os bancários concretizaram sonhos e ampliaram conquistas. Em 2012, os trabalhadores arrancaram aumento real pelo nono ano consecutivo, elevação dos pisos e melhoria na participação dos lucros, além de importantes avanços sociais.

 

“Apesar de todas as vitórias, os desafios ainda são imensos, como o emprego decente, condições dignas de saúde, segurança e trabalho, igualdade de oportunidades, a regulamentação do sistema financeiro e uma inclusão bancária sem precarização e sem exclusão”, destaca Carlos Cordeiro.

 

Leia aqui entrevista de Carlos Cordeiro , na qual faz um balanço da campanha nacional do ano passado e analisa os desafios do movimento sindical bancário no futuro imediato, tanto no campo estritamente sindical quanto em relação à disputa que os trabalhadores devem fazer na sociedade para defender seus interesses, diante da ofensiva dos conservadores e neoliberais.

 

“É importante também pautar a discussão dos temas que interessam aos trabalhadores e à sociedade. A reforma tributária é um deles. Que reforma tributária os trabalhadores querem? E dentro dela qual o papel do Estado, quem vai financiar o Estado, quais as políticas públicas, as políticas sociais? Nós do movimento sindical, que somos a referência dos trabalhadores, precisamos entrar nesta disputa mais fortalecidos ainda, organizados e articulados”, aponta o presidente da Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT