A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) é veementemente contra a ação movida pelo atual presidente da Caixa, Pedro Guimarães, de indenização por danos morais contra Pedro Eugenio Beneduzzi Leite, de acordo com matéria veiculada no site Consultor Jurídico, na última sexta-feira (28).
Pedro Eugenio, empregado aposentado do banco é ex-presidente da Fenae. A ação que tramita na Justiça de Brasília, em caráter sigiloso, se utiliza da tática de criação do inimigo interno e da criminalização da política, configurando-se ainda como um atentado contra a liberdade de expressão traduzida na organização autônoma dos trabalhadores do banco.
A ação do presidente da Caixa contra Pedro Eugenio é mais uma na estratégia de enfraquecimento da instituição. “Começa-se com a censura a um empregado, o lado mais frágil, para depois atacar a sociedade civil organizada e suas entidades representativas. O movimento nacional dos empregados precisa unir-se para defender o banco, resistindo aos retrocessos perpetrados por gestores de plantão”, declarou Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e empregado da Caixa.
“Recebemos informações de que a orientação do governo é de também fazer uso de ações judiciais para tentar intimidar e censurar aqueles que vêm atuando em defesa da empresa. Mesmo diante dessas ameaças, não vamos nos calar”, ressaltou Fabiana Uehara, secretária de Cultura da Caixa e representante da Confederação nas negociações com o banco.
A Fenae também emitiu uma nota na qual se coloca “ao lado dos trabalhadores na construção de uma empresa onde haja condições dignas de trabalho e onde sejam criadas as situações adequadas para que a Caixa cumpra a meta de ser o principal pilar das políticas públicas implantadas no país. A crítica pública é necessária sempre que um gestor, qualquer que seja, demonstrar descaso pelas diretrizes inerentes da Caixa. Sempre nos posicionamos diante de várias ameaças à função republicana da Caixa e jamais nos silenciaremos diante de tentativas sistemáticas de desmoralizar a instituição e seus trabalhadores.”
Fonte: Contraf-CUT