O volume de vendas no varejo cresceu 2,3% em 2018, segundo informou hoje (13) o IBGE, mas com resultados diferentes entre os diversos segmentos. Só três das oito atividades pesquisadas registraram alta, com destaque para a que inclui hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 3,8%. Caíram as vendas de combustíveis, móveis e vestuário. Uma indicação de que o consumo, no ano passado, concentrou-se em itens básicos, como alimentos.
O setor de hipermercados foi o principal responsável pelo resultado. "O desempenho desta atividade vem sendo beneficiado pelo aumento da população ocupada e a manutenção da massa de rendimento real habitualmente recebida, ao longo de 2018", diz o instituto.
A segunda maior contribuição veio do segmento que inclui artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com alta de 5,9% no ano passado. "Além da já citada manutenção da massa real de rendimentos, o comportamento dos preços dos produtos farmacêuticos ao longo de 2018 e a sua essencialidade explicam esse desempenho", aponta o IBGE.
A terceira atividade com resultado positivo, outros artigos de uso pessoal e doméstico, abrange lojas de departamento, óticas, joalherias, artigos esportivos e brinquedos. As vendas registraram alta de 7,6%.
Entre as quedas, o setor de móveis e eletrodomésticos recuou 1,3% no ano. Segundo o IBGE, o comportamento teve influência da base da comparação, pois a atividade cresceu em 2017 em consequência da liberação de recursos do Fundo de Garantia. O mesmo aconteceu com tecidos, vestuário e calçados, com retração de 1,6% em 2018.
Enquanto equipamentos e material para escritório, informática e comunicação formam um setor que ficou praticamente estável (0,1%), a atividade de livros, jornais, revistas e papelaria despencou: -14,7%. O instituto afirma que o setor recebeu impacto do fechamento de livrarias em 2018, além "da contínua substituição dos produtos impressos pelo meio eletrônico, em especial, jornais e revistas".
O segmento de combustíveis e lubrificantes acumulou queda de 5% no ano passado. "A elevação dos preços de combustíveis acima da variação média de preços é o fator relevante que vem influenciando negativamente o desempenho do setor", diz o IBGE.
No chamado varejo ampliado, que inclui dois setores, veículos, motos, partes e peças cresceu 15,1% em 2018. E o de material de construção subiu 3,5%.
Dezembro
No último mês do ano, o volume de vendas caiu 2,2% em relação a novembro. Em relação a dezembro de 2017, a variação foi ligeiramente positiva (0,6%).
Fonte: Rede Brasil Atual