Desde a aprovação da "reforma" trabalhista, em 2017, os bancos privados estão demitindo funcionários que se encontram na estabilidade pré-aposentadoria. A ação ignora a cláusula 27 da Convenção Coletiva do Trabalho dos bancários, que assegura a manutenção do emprego nos dois anos anteriores à aposentadoria. Só entre os dias 17 e 21 de dezembro, segundo o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região (SPBancários), seis funcionários denunciaram terem sido desligados durante o período de estabilidade.
Ao repórter do Seu Jornal, da TVT, André Gianocari, o secretário de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Carlos Damarindo, classifica a medida dos bancos como "truculenta", por desrespeitar o trabalho de anos dos profissionais e impor a eles que o período de pré-estabilidade seja comunicado por meio de uma carta.
De acordo com Damarindo, a fiscalização da prática tem sido cada vez mais difícil desde que as entidades sindicais deixaram de acompanhar a homologação, com anuência da "reforma" trabalhista.
"A gente conseguia ter um controle maior e evitar que isso acontecesse. Hoje, o trabalhador é demitido, não homologa mais no sindicato e depois disso ele vem procurá-lo. Então a gente só pega a informação no pós. É uma situação muito ruim para os trabalhadores e também para os bancos porque vai gerar um passivo trabalhista", explica o secretário.
Fonte: Rede Brasil Atual