Em protesto contra a extinção do Ministério do Trabalho já anunciada pelo futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL), trabalhadores e servidores públicos realizaram mais um ato nesta terça-feira (18) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, denunciando os retrocessos que poderão ocorrer com o fim da pasta criada em 1930.
De acordo com o futuro ministro da Casa Civil, Onyz Lorenzoni, o Ministério do Trabalho será dividido em três áreas, sendo que cada uma delas ficará sob comando das pastas de Economia, Justiça/Segurança Pública e Cidadania. Na prática, segundo os trabalhadores, a falta de um ministério, que centralize os interesses da categoria, impedirá a luta por direitos e a negociação com os empregadores.
Os trabalhadores apontam ainda que a própria economia do país será impactada com o incentivo de Bolsonaro para o crescimento da informalidade, que já vem tomando forma após a "reforma" trabalhista e a nova lei de terceirização.
"Quando o trabalhador é bem remunerado, ele vai ao mercado comprar mais. O mercado para poder vender mais, ele também encomenda mais da indústria e do campo, com isso tem condição de haver um ciclo virtuoso e que todo mundo ganha. Essa aposta de reduzir direitos é uma aposta ultrapassada, antiga, antiquada e que a humanidade já vivenciou essa época", afirma o advogado o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF), Ulisses Borges, ao repórter Uélson Kalinovski, do Seu Jornal, da TVT.
Fonte: Rede Brasil Atual