Com o intuito de reforçar as cobranças de solução para várias pendências do interesse dos funcionários, os representantes dos bancários reuniram-se novamente, na quarta-feira 7, em Belo Horizonte com representantes do Banco Mercantil do Brasil.
Os funcionários foram representados na reunião por Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Marco Aurélio Alves e Vanderci Antônio da Silva, diretores do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, Marlene Miranda, diretora da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, e Sérgio Cunha (Marola), diretor do Sindicato dos Bancários de Patos de Minas.
Já o banco foi representado pela Comissão de Negociação Permanente do Mercantil composta por Márcio Ferreira, Superintendente de RH, José Mário Bahia, Gerente RH, Rosana Maia, Coordenadora de RH e Uelques Almeida, Gerente de Desenvolvimento de Negócios.
Durante a reunião foram discutidos os seguintes temas:
PLR
A reunião foi iniciada com os representantes dos trabalhadores criticando o modelo de PLR própria do Mercantil do Brasil 2011 que teve o pagamento impactado negativamente por conta do não cumprimento do indicador Despesas Administrativas. Os bancários questionaram que os critérios para redução de despesas são inalcançáveis e exigiram mudanças profundas neste quesito.
Os representantes do banco admitiram que o não-cumprimento do critério Despesas Administrativas foi motivado, principalmente, pelo indicador alugueis e confirmaram a retirada do quesito no modelo de PLR própria de 2012. O banco se comprometeu a enviar a minuta do programa na primeira quinzena do presente mês para análise dos Sindicatos.
Plano de saúde
Os representantes dos trabalhadores exigiram do banco a inclusão do cônjuge e agregados no plano de saúde sem ônus para o bancário. Os Representantes do banco alegaram que a reivindicação acarretaria em despesas de mais de R$ 500 mil mensais à empresa o que, por hora, inviabilizaria o pleito. Os representantes dos trabalhadores lembraram que, antes de ser um custo a inclusão do cônjuge sem ônus para o bancário é um investimento no ser humano e que ainda irão lutar para o obtenção do benefício.
Segurança bancária
Os representantes dos trabalhadores cobraram do banco solução em relação a falta de segurança durante a alimentação das máquinas de auto-atendimento nas agências pela frente. Os representantes do banco informaram que a reivindicação já está sendo analisada pelo Departamento de Segurança da Empresa e que irá se pronunciar no próximo encontro.
Horas extras no prédio da Tecnologia
Os representantes dos trabalhadores questionam o banco sobre as denúncias de banco de horas irregular no prédio da Tecnologia, localizado no bairro de Santa Tereza em Belo Horizonte. Segundo as denúncias, os funcionários que trabalham em regime de escala nos finais de semana, teriam que compensar as horas trabalhadas nos dias úteis. Os representantes do banco alegaram desconhecer esse procedimento, mas admitiram que há um estudo para tentar anular o excesso de horas extras naquele setor.
Os representantes dos trabalhadores se posicionaram contrários ao banco de horas e que, caso realmente ocorra, não vão medir esforços para que os Trabalhadores sejam respeitados e recebam seus direitos, que nesse caso é o pagamento das horas-extras acrescidas dos adicionais respectivos.
Falta de contratação de funcionários para função de Caixa nas agências
Os representantes dos trabalhadores encaminharam denúncia de falta de contratação de funcionários exclusivos para a função de Caixa nas agências, o que está sobrecarregando os demais Trabalhadores que são obrigados a realizarem indevidamente a função. Os representantes dos trabalhadores exigiram o fim da extrapolação da jornada nas agências e a contratação de mais funcionários para dirimir o problema. Os representes do banco alegaram desconhecer a demanda mas se prontificaram a regularizá-la caso encontrem agências nesta situação.
O diretor do Sindicato, Marco Aurélio Alves, lembra que os representantes dos funcionários já tinham apontado falhas na PLR e exigido mudanças do banco para torná-la mais justa e igualitária. “Vamos continuar pressionando para que o banco atenda as reivindicações dos funcionários, não só em relação a PLR, mas também quanto a valorização dos funcionários, oportunidades de ascensão na carreira e melhores salários”, afirmou.
Para o diretor do Sindicato e funcionário do Mercantil do Brasil, Vanderci Antonio, os trabalhadores exigem o cumprimento da legislação pelo Mercantil sobre as horas extras, com pagamento inclusive de 50% adicional sobre o valor da hora normal trabalhada, conforme previsto em nossa Convenção Coletiva. “Não existe nenhum acordo entre o Sindicato e o Mercantil que autorize a implantação de bancos de horas. Não concordamos com este procedimento e exigimos o pagamento integral dos direitos dos funcionários”, conclui Vanderci.
Fonte: Seeb BH