Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) demonstram que as concessões de auxílio-doença acidentário para casos de transtornos mentais e comportamentais têm crescido.
Afastamentos provocados por doenças relacionadas a depressão e transtornos de comportamentos aumentaram 3,5% e 13%, respectivamente, quando comparados os meses de janeiro a outubro de 2011 com o mesmo período de 2010. Já os números por acidentes como traumatismos, queimaduras e fraturas, em geral, tiveram uma diminuição.
O levantamento do INSS calcula 3.398 afastamentos por depressão nos dez primeiros meses de 2011 contra 3.294 em 2010. Já os transtornos de comportamento registraram 449 casos entre janeiro e outubro deste ano, enquanto em 2010 foram 397.
Problema recorrente
Os trabalhadores do ramo financeiro estão entre as categorias que mais adoecem mentalmente. Entre os bancários, mais de 65% afirmam já ter sofrido estresse.
Os dados alarmantes, constatados cotidianamente no Sindicato dos Bancários de São Paulo, levou a instituição que representa os trabalhadores, a organizar em 24 de agosto o Seminário Internacional Saúde dos Bancários. Especialistas de diversos países estiveram em São Paulo para discutir como as doenças psíquicas atingem os trabalhadores das instituições financeiras.
De acordo com os bancários, boa parte das doenças está relacionada a cobranças excessivas e más condições de trabalho. Para 65% dos funcionários de agências e 52% dos de concentrações, a pressão excessiva por cumprimento de metas é um grande problema; 72% dos caixas e 63% dos gerentes declararam sofrer pressões abusivas para superar as metas, e 42% dos bancários afirmaram ter sobrecarga de trabalho.
Fonte: Seeb São Paulo