O desemprego, que segue em alta pelo país, atinge ainda mais a população negra, segundo os dados do IBGE. No primeiro trimestre, os pardos (classificação usada pelo instituto) eram 52,6% dos 13,7 milhões de desempregados no país e os pretos, 11,6%, somando 64,2% e mantendo tendência de alta – há seis meses, eram 63,7%.
Em igual período de 2012, eles correspondiam a 48,9% e 10,2%, respectivamente. Nessa mesma comparação, a participação dos brancos diminuiu de 40,2% para 35,2%.
Além disso, o total de desempregados quase dobrou nesse período. Passou de 7,6 milhões, no primeiro trimestre de 2012, para 13,7 milhões.
A taxa de desemprego dos brancos foi de 10,5%, abaixo da média nacional (13,1%). Já a de pretos e pardos ficou acima: 16% e 15,1%. Nos três casos, houve crescimento em relação a 2012.
Segundo o IBGE, que divulgou nesta quinta-feira (17) mais informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, os pardos representavam 48,1% da população fora da força de trabalho. Os brancos eram 42,5% e os pretos, 8,4%.
As mulheres eram maioria (50,9%) dos desempregados. Isso aconteceu em quase todas as regiões – a exceção foi o Nordeste (47,3%). A taxa de desemprego foi bem maior entre a mão de obra feminina (15%) do que para os homens (11,6%). Elas também compõem a maior parte da população fora da força de trabalho (65,2%).
De acordo com o instituto, o rendimento médio do trabalho manteve-se estável, sendo estimado em R$ 2.169. O valor ficou próximo ao do último trimestre de 2017 (R$ 2.173) e foi igual ao do primeiro período do ano passado.
FONTE: Rede Brasil Atual