O preço médio da cesta básica aumentou no primeiro trimestre em 18 das 20 capitais pesquisadas pelo Dieese, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (5). As principais altas foram apuradas em Curitiba (7,12%), Vitória (6,59%) e Brasília (6,54%). Em Aracaju e Goiânia, as variações ficaram próximas da estabilidade (-0,07%).
Apenas no mês passado, o preço caiu em 12 capitais e aumentou em oito. As principais quedas foram apuradas no Norte/Nordeste: Salvador ( Salvador (-4,07%), Recife (-3,82%) e Belém (-3,24%). As altas mais expressivas foram registradas em Campo Grande (2,60%) e Curitiba (2,22%). De acordo com o instituto, a cesta mais cara em março foi a do Rio de Janeiro (R$ 441,19), enquanto o menor valor médio foi o de Salvador (R$ 322,88).
Em 12 meses, os preços médios caíram em 16 capitais, com destaque para Salvador (-7,66%), Goiânia (-7,18%) e Belém (-6,89%). Das quatro altas, as principais foram registradas em Curitiba (3,11%) e no Rio de Janeiro (2,29%).
Com base na cesta mais cara, a do Rio, o Dieese calculou em R$ 3.706,44 o salário mínimo para as despesas básicas de um trabalhador e sua família. Esse valor corresponde a 3,89 vezes o mínimo oficial (R$ 954), proporção maior do que em fevereiro (3,86 vezes) e menor em relação a março de 2017 (3,92).
Ainda segundo a pesquisa, o tempo médio para adquirir os produtos da cesta básica, foi de 88 horas e sete minutos, praticamente igual ao de fevereiro e um pouco abaixo de março do ano passado (90 horas e 33 minutos). O trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu 43,54% de sua renda para comprar os produtos.
De fevereiro para março, mostra o Dieese, as quedas predominaram nos preços da batata (pesquisada na região Centro-Sul), açúcar refinado, feijão, café em pó e óleo de soja. Banana e leite integram tiveram tendência de alta.
FONTE: Rede Brasil Atual