Unidade. Esta é a palavrachave dos empregados da Caixa Econômica Federal para barrar o processo de desmonte imposto pelo governo Michel Temer ao banco. A abertura de capital da empresa para o setor privado é o primeiro passo para a privatização do banco. Apesar do Congresso Nacional ter rejeitado a proposta de abertura de capital, o governo quer passar por cima da decisão do parlamento e mudar o estatuto da empresa, para permitir a venda de ações do banco para o mercado privado.
Por isso, o Sindicato, junto com várias entidades representativas do funcionalismo, lança nesta quarta-feira, dia 18 de outubro, a campanha “vermelho de raiva” em defesa da Caixa 100% pública.
A atividade, que faz parte de uma campanha nacional, será realizada a partir das 17 horas, no Largo da Carioca, junto ao prédio da Almirante Barroso.
O capital internacional está de olho no patrimônio líquido da empresa, de mais de R$ 63,6 bilhões e ativos totais na ordem de R$ 1,277 trilhão. O governo já revelou o interesse de leiloar a Caixa, junto com outras empresas que estão no pacote de privatizações, como Eletrobras, Infraero e Casa da Moeda.
A ideia é anunciar até o final deste ano, a entrega do banco a grupos estrangeiros, possivelmente chineses.
Todos juntos
Além do Sindicato, participam da mobilização, a Apcef (Associação do Pessoal da Caixa), Agecef (Associação dos Gerentes), Advocef (Associação dos Advogados), Aneac (Associação Nacional dos Engenheiros), Unei (União Nacional dos Economiários Inativos) e Apacef (Associação dos Aposentados e Pensionistas), entre outras a entidades.
“Os mais antigos sabem que, com a nossa unidade e capacidade de organização, somos capazes de derrotar o projeto neoliberal que pretende vender tudo para entregar o país ao capital internacional. Na época do governo FHC, os tucanos fizeram de tudo para privatizar a Caixa, o Banco do Brasil e a Petrobras, mas a mobilização dos trabalhadores impediu a entrega destas instituições públicas. Agora temos que reagir novamente para impedir esta nova onda privatista”, explica o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti.
Papel social - Além de ameaçar os direitos e o emprego dos bancários, a privatização coloca em risco vários projetos e programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família, e o próprio desenvolvimento econômico e social do país.