Manifestantes lembraram o quanto as privatizações e o golpe serão prejudiciais
Para celebrar o mês Internacional da Juventude, jovens tomaram as ruas do centro de São Paulo nesta quinta-feira (24). O "Grito pelas Diretas Já e Contra as reformas" foi organizado pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo Osasco e Região (Seeb-SP) e teve participação da juventude da CUT São Paulo e de movimentos sociais e estudantis.
A secretária de Comunicão da CUT-SP, Adriana Oliveira Magalhães, destaca a importância de os sindicatos e da Central se aproximarem da juventude para fazer o debate contra as reformas do governo golpista de Michel Temer (PMDB).
"Essa foi uma juventude que sentiu os efeitos positivos das políticas públicas, que priorizou o acesso às universidades e o crescimento social. Com todo esse cenário de desmonte, esse governo está condenando o futuro de toda essa geração", apontou.
A dirigente do Seeb-SP, Lucimara Malaquias, também destacou a importância de a entidade organizar pela primeira vez um ato para a juventude trabalhadora. "Foi uma conquista importantíssima porque muitos sindicatos e movimentos acreditaram na ideia e fizeram esse ato tão bonito. Isso só fortalece a nossa luta".
Os manifestantes apontaram o quanto que os golpes, tanto do governo federal, quanto dos governos do PSDB de Geraldo Alckmin e João Doria em São Paulo serão prejudiciais.
A dirigente do SindSáude-SP, Renata Scaquetti, reforçou que 27,2% dos jovens de 14 a 24 anos, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estão desempregados.
"É bom a gente lembrar que a juventude tem os piores empregos, salários e o maior indíce de desemprego e informalidade. É ela que mais vai sofrer com as reformas trabalhistas e da previdência, porque a gente não vai ter nenhuma perspectiva de se aposentar", explicou.
Os cortes do prefeito tucano de São Paulo, João Doria, no Passe Livre dos estudantes da capital, que agora só poderão aproveitar a gratuidade no transporte pra ir e voltar da escola, também foram pautas do ato.
A militante do Levante Popular da Juventude, Mariana Lemos, lembrou da ocupação de jovens na Câmara Muncipal de São Paulo neste mês para protestar, além dos cortes do Passe Livre, contra a política de privatização na cidade.
"A gente vem num mês de muita luta, de construção da jornada da juventude por todo o país e dizendo que não aceitaremos nenhum direito a menos. Estamos nas ruas para defender a soberania nacional. E somos contra a privatização dos bancos públicos, que nos vai tirar direitos como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil)", concluiu.