Na manhã desta sexta-feira (04) a CUT participou do ato de entrega do Manifesto pela Paz na Venezuela ao Cônsul-Geral da Venezuela em São Paulo, Robert Torrealba. No documento, assinado por dezenas de entidades do movimento social, além de partidos e meios de comunicação, os brasileiros expressam solidariedade ao processo constituinte e à luta do povo venezuelano pela paz. Torrealba afirmou que “a solidariedade é o caminho para a paz e a integração”.
O Secretário Adjunto de Relações Internacionais da CUT, Ariovaldo de Camargo, afirmou que a Central segue junto na luta pela democracia e pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores da Venezuela.
Leia abaixo o manifesto:
MANIFESTO PELA PAZ NA VENEZUELA
O povo venezuelano, livre e soberano, retomou em suas mãos o poder originário, elegendo massivamente representantes para a Assembleia Nacional Constituinte.
Mais de oito milhões compareceram às urnas, apesar do boicote e da sabotagem de grupos antidemocráticos, em um processo acompanhado por personalidades jurídicas e políticas internacionais que atestaram lisura e transparência.
Todas as cidades, classes e setores estão presentes, com seus delegados, na máxima instituição da democracia venezuelana.
A Constituinte é o caminho para a paz e a normalidade, para retomar o caminho do desenvolvimento e da prosperidade, para superar a crise institucional e construir um programa que reunifique a pátria vizinha.
De forma pacífica e democrática, milhões de cidadãos e cidadãs disseram não aos bandos terroristas, às elites mesquinhas, aos golpistas e à ingerência de outros governos.
Homens e mulheres de bem, no mundo todo, devem celebrar esse gesto histórico de autodeterminação da Venezuela, repudiando as ameaças intervencionistas e se somando a uma grande corrente de solidariedade.
Também no Brasil se farão ouvir as vozes que rechaçam a violência e a sabotagem contra o governo legítimo do presidente Nicolás Maduro.
Qual moral tem um usurpador como Michel Temer para falar em democracia, violando a própria Constituição de nosso país, ao adotar posições que ofendem a independência venezuelana?
O Brasil não pode passar pela infâmia de se aliar a governos que conspiram contra uma nação livre e se associam a facções dedicadas a tomar o poder de assalto, apelando para o caos e a coação.
Convocamos todos os brasileiros e brasileiras à defesa da democracia e da autodeterminação de nossos irmãos venezuelanos, ao seu direito de viver em paz e a definir o próprio destino.
Repudiamos as manobras de bloqueio e agressão que estão sendo tramadas nas sombras da Organização dos Estados Americanos (OEA), sob a batuta da Casa Branca e com a cumplicidade do governo golpista de nosso país.
Denunciamos o comportamento repulsivo dos meios de comunicação que manipulam informações e atropelam a verdade, para servir a um plano de desestabilização e isolamento.
Declaramos nossa solidariedade ao bravo povo de Bolívar. Sua luta pela paz também é nossa.
COMITÊ BRASILEIRO PELA PAZ NA VENEZUELA
São Paulo, 01 de agosto de 2017.
*PRIMEIRAS ADESÕES
Receberemos adesões individuais e de organizações somente por e-mail (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) até o dia 08 de agosto de 2017.
ORGANIZAÇÕES:
1. Articulação brasileira dos movimentos sociais da ALBA
2. Brigadas Populares
3. Campanha Brasil Justo para todos e para Lula
4. Central de Movimentos Populares – CMP
5. Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
6. Central Única dos Trabalhadores – CUT
7. Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz – Cebrapaz
8. Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
9. Centro de Estudos e Pesquisa Ruy Mauro Marini
10. Coletivo Poder Popular
11. Conselho Mundial da Paz – CMP
12. Consulta Popular
13. Coordenação Nacional de Entidades Negras – CONEN
14. Democracia no Ar
15. Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC
16. Fundação Perseu Abramo
17. Instituto Astrojildo Pereira
18. Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
19. Levante Popular da Juventude
20. Marcha Mundial de Mulheres – MMM
21. Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
22. Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA
23. Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
24. Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM
25. Partido Comunista do Brasil – PCdoB
26. Partido dos Trabalhadores – PT
27. Rede De Médicas e Médicos Populares
28. Sindicato dos Arquitetos
29. Sindicato dos Bancários de Santos
30. União Brasileira de Mulheres – UBM
31. União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES
32. União da Juventude Socialista – UJS
33. União Nacional dos Estudantes – UNE