O governo Temer aprovou na noite desta terça-feira, 11 de julho, no Senado, a reforma trabalhista, o maior ataque aos direitos dos trabalhadores na história de nosso país. A derrota não anula a resistência heroica de senadoras e demais parlamentares da oposição e da pressão dos sindicatos no Congresso Nacional, em Brasília, que lutaram até o fim com coragem e dignidade.
Temer e sua tropa aliada rasgaram a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), a mais importante rede de proteção social em séculos de nossa história.
Mas a guerra não acabou. O povo luta ainda para impedir que o projeto da reforma da Previdência também passe no Congresso e o PMDB, PSDB e DEM concluam o projeto neoliberal e privatizem empresas e bancos públicos. Eles querem o estado mínimo para os pobres para que toda a riqueza e o patrimônio público e natural estejam inteiramente nas mãos dos ricos.
Os trabalhadores têm a obrigação moral de derrubar Temer antes mesmo que ele sancione este projeto de Lei criado e aprovado para bajular banqueiros, empreiteiros, especuladores e empresários.
É preciso resistir e derrubar este governo golpista, moribundo, perverso e corrupto, sem um único voto popular, sem moral e sem legitimidade e que envergonha o Brasil diante de uma opinião pública internacional estarrecida e indignada.
Como o Sindicato desde o princípio tanto alertou, o golpe não foi apenas contra um governo democrático, mas principalmente contra nós, trabalhadores e trabalhadoras.
A democracia foi roubada por que este governo surrupiou o poder para atender, unicamente, à ganância de uma elite cruel e desumana que vê em nossas terras continentais apenas a colônia e uma massa de mão-de-obra para ser explorada, aviltada e desprezada.
Aprovaram um projeto que precariza ainda mais as condições de trabalho, oficializa o subemprego e traz ainda mais sofrimento ao já tão humilhado povo brasileiro. Entregam um país mais pobre, dependente e submisso aos interesses internacionais. Caminham com uma pressa desmedida para o desmonte absoluto do estado social brasileiro, conquistado há quase 90 anos por compatriotas que deram seu suor, sangue e até a vida pela democracia e pelos direitos de nosso povo.
Derrubar Temer sim, mas não para entregar a nação ao seu par similar Rodrigo Maia (DEM). Só há uma saída. Garantir eleições diretas e já a fim de que o poder possa emanar verdadeiramente da vontade popular, como prevê e garante a Constituição Federal.
Agora, mais do que em qualquer outra época da história, é necessário unificar a classe trabalhadora, fortalecer as representações sindicais e lutar por uma ruptura do atual modelo econômico e político que fecha um ciclo podre e vergonhoso. É hora de reconstruir ideais para passar esse país a limpo e tornar o Brasil uma nação justa e soberana. O sonho não acabou. Diretas, Já.