O presidente da CUT, Vagner Freitas, considera acertada a decisão do governo federal que oficializou na véspera de Natal a isenção de Imposto de Renda (IR) sobre a Participação nos Lucros ou Resultados (PLR). Ele acredita que essa conquista dará impulso para que os trabalhadores lutem por outras demandas em 2013.
“Medidas como essas nos dão mais motivação para continuarmos a luta em defesa de outras pautas que estão em discussão no Legislativo e no Executivo, como a diminuição da jornada de trabalho para 40 horas sem redução de salário, fim do fator previdenciário, a questão da terceirização, as Convenções 158 e 151 da OIT, reforma agrária, reforma política, reforma tributária, entre outras demandas tão importantes para a classe trabalhadora e para o desenvolvimento do país”, disse Vagner.
Na segunda-feira (24), a presidenta Dilma Rousseff oficializou a isenção de IR sobre PLR no valor de até R$ 6 mil, conforme a Rede Brasil Atual havia antecipado na última sexta-feira (21), e a criação de quatro faixas de alíquota: 7,5% entre R$ 6.000,01 e R$ 9 mil; 15% de R$ 9.000,01 a R$ 12 mil, 22,5% entre R$ 12.000,01 e R$ 15 mil, e 27,5% para valores acima de R$ 15 mil.
Em nota emitida pelo Palácio do Planalto, Dilma destacou que a medida só pôde ser fechada graças ao entendimento entre governo e centrais sindicais. “Consultados sobre os termos da Medida Provisória que implementará a desoneração, os sindicalistas concordaram e pediram que a decisão fosse anunciada ainda neste ano”, diz a nota, que acrescenta o recebimento de uma carta assinada pelos presidentes das principais centrais sindicais na última sexta-feira.
Naquele dia, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou aos representantes dos trabalhadores que o governo aceitava fechar questão em torno do teto de isenção proposto inicialmente, de R$ 6 mil, e que para isso seria necessário que as centrais manifestassem acordo em ofício enviado ao Planalto, o que ocorreu na mesma tarde.
A isenção ocorre após intensa mobilização dos bancários, metalúrgicos, petroleiros, químicos e eletricitários, dentre outras categorias, que realizaram manifestações, abaixo-assinado e negociações com o governo e parlamentares.
Fonte: Rede Brasil Atual