Maio 06, 2024
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Bancários denunciam no TRT-RS demissões em massa do Santander

A Fetrafi-RS e o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre participaram, na manhã desta quarta-feira, dia 12, de uma audiência de conciliação com o Santander no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS). As entidades sindicais haviam entrado com pedido de antecipação de tutela na segunda-feira, dia 10, para impedir a onda de demissões em massa no banco espanhol.

 

Foi denunciado para a desembargadora Rosane Serafini Casa Nova que as dispensas ocorreram neste início de dezembro no Rio Grande do Sul e em todo país.

 

A Federação e o SindBancários também comunicaram a suspensão das homologações das rescisões de contrato de trabalho em todo Estado.

 

O Sindicato mostrou que as demissões não se justificam, apresentando os números recentes de demissões no banco espanhol na base territorial da entidade. Enquanto entre o período de dezembro de 2011 a novembro de 2012 foram 39 demissões sem justa causa, numa média mensal de 3,25 desligamentos, o mês de dezembro teve 44 até agora, o que é 14 vezes superior à média dos 12 meses anteriores.

 

O banco alegou que não se trata de demissão em massa, mas uma adequação de pessoal. A desembargadora solicitou ao Santander a apresentação dos dados sobre as demissões, com prazo até segunda-feira, dia 17, às 12h. Após essa manifestação, a magistrada se posicionará sobre o pedido de liminar feito pelas entidades sindicais.

 

Respeito ao Brasil e aos brasileiros

Os dirigentes sindicais salientaram que o banco espanhol é altamente lucrativo e que o Brasil participa com 26% do resultado mundial. Por isso, a instituição deveria atuar como na Espanha, onde busca superar a crise sem fazer demissões.

 

Os bancários exigem que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros.

 

Pelos bancários, participaram da audiência o presidente e o diretor de finanças do Sindicato, Mauro Salles e Paulo Stekel, respectivamente, o diretor da Fetrafi-RS, Luiz Carlos Barbosa, e os advogados Antônio Vicente Martins e Milton Fagundes.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Porto Alegre e Fetrafi-RS