Maio 03, 2024
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Manifestação em São Paulo denuncia demissões na Torre Santander

O Brasil é responsável por 26% do lucro global do Santander. No entanto, a instituição espanhola dispensou dezenas de funcionários da Torre, principal complexo administrativo do grupo.

 

Para dialogar com os trabalhadores do local, representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo chegaram bem cedo à concentração na quinta-feira 29. Aproveitando o treinamento de abandono de prédio marcado para essa data, dirigentes sindicais conseguiram conversar com muitos bancários para checar como está o clima no banco.

 

“Estamos preocupados com os funcionários dispensados, e ainda com a sobrecarga de trabalho, uma vez que não está prevista a contratação de novo pessoal. A perplexidade e o medo tomaram conta do complexo, os trabalhadores estão indignados com as demissões, o receio é que cheguem a outros departamentos”, relata o diretor do Sindicato e funcionário do Santander Ramilton Marcolino. “Exigimos respeito, somos responsáveis pela maior parte do lucro mundial”, continua o dirigente sindical.

 

Segundo Ramilton, “o turn over é uma prática pouco inteligente”. O diretor do Sindicato explica que a maioria dos demitidos é analista sênior ou tem cargo maior. “São pessoas que se qualificaram, investiram em suas carreiras. Quem perde é o banco, perde mão de obra qualificada, o que prejudica também os clientes. Não há justificativas para qualquer demissão no grupo Santander”, ressalta Ramilton.

 

40 a menos

As demissões ocorreram na quinta-feira 22 e atingiram 40 funcionários dos setores de Recursos Humanos, Jurídico, Organização e Eficiência e o de Gestão Integral e de Gastos.

 

O lucro líquido do banco no Brasil nos primeiros nove meses foi de R$ 4,731 bilhões, correspondendo a 26% do resultado global da instituição financeira.

 

“A prática adotada pela empresa vai na contramão do otimismo expresso nos informativos internos. Se o grupo está estruturado e com projeção de crescimento, por que seus trabalhadores estão vivendo esse momento de tensão diante das recentes demissões?”, questiona o dirigente sindical.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo