Bancários se mobilizaram em todo o país contra o aumento abusivo anunciado pela Caixa no plano de saúde
Empregados da Caixa de todo o país participaram nesta terça 31 do Dia Nacional de Luta em reação ao aumento do Saúde Caixa. Na quinta-feira 26, o banco anunciou reajustes na mensalidade, desrespeitando o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
A mobilização surtiu resultado. A Justiça do Trabalho do Distrito Federal concedeu liminar, na noite desta terça-feira (31), anulando os novos valores a serem cobrados dos assistidos pelo Saúde Caixa, a partir de 1º de fevereiro. A ação foi impetrada pela Contraf-CUT, pela Fenae e por sindicatos de bancários de todo o Brasil após a Caixa anunciar o reajuste nas contribuições do Saúde Caixa.
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As mensalidades subiram para 3,46% da remuneração base, sendo que o percentual estipulado na cláusula 32ª do acordo aditivo à CCT era de 2%. Além disso, a Caixa informou a elevação do valor da coparticipação das despesas assistenciais para 30%, sendo o novo teto anual de coparticipação de R$ 4.200. O determinado pelo acordo era de 20%, limitado a um teto anual de R$ 2.400.
“A Caixa fez um reajuste absurdo no Saúde Caixa, passando por cima do acordo e passando por cima dos empregados. Isso é um golpe! Além do ato de hoje,pedimos uma liminar cancelando esse aumento absurdo e o cumprimento do nosso acordo coletivo, que tem o modelo de custeio de 30% por parte dos empregados e 70% para a empresa dos custos assistenciais. Qualquer alteração nas cobranças tem como obrigação ser discutida com os representantes dos empregados e, nesse caso, não foi. Não aceitaríamos esse aumento absurdo”, criticou Dionisio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.
O dirigente lembra que o não pagamento da parcela sob responsabilidade da Caixa levou a um superávit de cerca de R$ 700 milhões. “A Caixa pretende ter lucro com o nosso plano de saúde. Isso é um absurdo! O fórum em que os empregados discutem e defendem a sustentabilidade do nosso Saúde Caixa é o Conselho de Usuários”, protestou.
Apreensão – Uma bancária da filial de Gestão de Pessoas da Caixa em São Paulo relatou que há um clima de apreensão entre os colegas. “Nós achamos que não tem muita transparência. Recebemos as informações de surpresa, então fica essa angústia em relação ao que está acontecendo”, disse.
Para Ivanilde de Miranda, conselheira do Conselho de Usuários do Saúde Caixa, os bancários devem se mobilizar em defesa do plano de saúde, que ela considera uma das conquistas vitais para a categoria. “É muito importante que o trabalhador da Caixa participe e apoie esse movimento, porque o nosso plano de saúde é de fundamental importância para nós e, com certeza, um dos principais direitos conquistados na Caixa”, disse.
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Fonte: Seeb SP com edição da Contraf-CUT