Novembro 24, 2024
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Ministério do Trabalho embarga obra em agência do Santander em Vitória

Atendendo ao pedido do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego(SRTE-ES) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) esteve na quarta-feira, dia 17, na agência Costa Pereira do Santander, localizada na Rua 7, no Centro de Vitória, e lavrou um Termo de Embargo da obra devido à “situação de grave e iminente risco” para quem trabalha no local.

 

A unidade permanece fechada desde o dia 1º, num movimento organizado pelo Sindicato, em função das precárias condições de trabalho resultantes da reforma da unidade, que começou em julho. Os bancários estavam sendo obrigados a conviver com fios soltos pelo chão, poeira, luminárias penduradas, paredes e tetos quebrados.

 

A obra já tinha sido embargada pela Justiça, a pedido do proprietário do imóvel. A reforma foi interrompida, mas o ambiente continua insalubre.

 

“Já havíamos nos reunido com o banco pedindo providências e informando que a paralisação dos bancários é por tempo indeterminado. A agência precisa funcionar em condições adequadas para a saúde dos bancários e o bom atendimento aos clientes”, diz o diretor do Sindicato, Jonathas Corrêa.

 

Manifestação

Para protestar contra as péssimas condições de trabalho, que inclui também carência de empregados, sobrecarga e pressão pelo cumprimento de metas, houve paralisação em outra agência do Santander, a de Vila Velha. Na quarta-feira, dia 17, a unidade ficou fechada até o meio-dia.

 

Pesquisa

O descaso do banco com seus empregados foi apontado por uma pesquisa feita pelo Sindicato em agosto. Dos 251 bancários entrevistados, lotados em 26 agências, 80,88% reclamam da carência de pessoal; 84,46% costumam fazer horas extras; 64,14% gozam apenas 20 dias de férias, sendo que 51,55% desses afirmaram que vendem dez dias por pressão direta ou indireta dos gestores.

 

“O número reduzido de bancários é o principal problema, pois acarreta outros, como o excesso de trabalho, pressão e, consequentemente, adoecimento”, afirma Jonathas, coordenador da pesquisa.

 

Com base nos dados da pesquisa, o Sindicato pediu fiscalização da SRTE-ES.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb ES